The Blade Dancer | Hyewon au!¡

007

Chaewon's POV;

Desde muito pequena sempre fui encantada pela graça e pela beleza da complexidade do movimento humano. Fui criada sobre os cuidados de minha avó, com ela aprendi a dança das sedas, danças estas as tradicionais de Iônia.

Mesmo que eu não acreditasse muito na conexão teórica e mística com o espírito das primeiras terras, dessa tradição, algo bem exotérico, minha paixão pela dança era tão complexa que eu decidi sair de casa para estudar com alguns dos dançarinos mais respeitados de Iônia, no Placídio de Navori.

Meu coração se apertou por eu ter deixado minha avó para trás, mas dominar a arte das danças Iônianas era meu maior sonho.

Iônia, também conhecido como primeiras terras, é o lugar mais mágico que se tem conhecimento no mundo. Aqui se vive magia todos os dias, se presencia magia na natureza de Iônia, com plantas luminescentes, animais mágicos e exóticos, e até jardins que se alimentam de memórias. Isso sem falar das lendas mitológicas e religiosas.

Por causa dessa conexão com a natureza, o povo de Iônia sempre foi muito pacífico, mesmo com escolas de artes marciais, a ideia era sempre prezar pela harmonia e equilíbrio de Iônia. A arte macial mesclada com a religião são métodos para se chegar a paz plena; mas essa paz é  frágil e logo ela seria quebrada.

Acontece que haviam boatos a respeito da presença de invasores estrangeiros. Queriam invadir Iônia pela costa, e assim aconteceu. 

Antes mesmo que qualquer um de nós pudéssemos nos preparar. Era uma invasão de Noxus em Iônia, causada pela feiticeira pálida Ha SooYoung.

Um tempo depois, quando eu retornei de meu treinamento para meu vilarejo, tudo estava ocupado pelos noxianos. Meu pai meus irmãos, e toda a minha família tentaram impedir a invasão, mas tudo o que sobrou para mim quando eu retornei foram covas anônimas, para eu sequer saber onde os corpos dos meus familiares foram enterrados.

Eu estava destruída. Meu coração havia se partido em pedaços, estava perdida.

Um dos líderes da invasão tomou a propriedade da minha família para acomodar meus guerreiros.

Coberta pelo luto, vi os soldados saqueando os bens de valor de dentro da casa. E entre os bens roubados havia um grande brasão de metal da família Park.

Deixando o ódio tomar conta de meu corpo, corri até os soldados afim de arrancar o objeto das mãos deles.

O líder que estava com brasão em mãos atirou-o ao chão e ordenou que sua tropa destruísse o mesmo com um martelo de guerra. Além disso o líder ainda mandou que os soldados preparassem mais uma cova, dessa vez para mim.

E no momento em que eu estava cercada por noxianos, prestes a encarar a morte, desviei o olhar, focando nos pedaços da insígnia Park,  quebrada toda estilhaçada e espalhada pelo chão.

Senti um ritmo estranho pulsar das profundezas de minha alma. Os fragmentos de metal começaram a se mexer e se retorcer, e então a voar por conta própria.

A serena paz das antigas danças de seda invadiu meu corpo, e com um único e singelo movimento de meu braço, fiz os pedaços da insígnia voarem lentamente em direção aos soldados noxianos.

O líder se acovardou em choque, então eu aproveitei o momento para recolher o resto dos pedaços do brasão de minha família, fugindo do vilarejo em seguida.

Foi isolada nas florestas silenciosas de Iônia que eu finalmente consegui chorar pela perda da minha família, e comecei a lembrar dos ensinamentos de minha avó.