Notícia

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Ayla

Um silêncio se instalou e eu mordi meu lábio tentando pensar em um plano b. Eu preciso avisar aos meninos. Preciso avisar onde estou.

- Queremos que fique aqui Ayla. Quero a você perto de mim. Quero recuperar o tempo perdido filha.

Minha mãe finalmente quebrou o silêncio e eu respirei fundo. Parte de mim adoraria ter eles de volta, mas a outra parte, que é a dominante, sentiu um ranço bem profundo.

- Eu já tenho casa. Eu acabei de adquirir. Ela é do meu jeito. Eu tenho uma vida, já sou adulta.

- Você não quer voltar pela casa, quer voltar por conta daquele seu namoradinho - meu pai disse e cruzou os braços me olhando. Ok, ele não gosta do Asher.

- Não tem nenhum "Inho" por aqui. Ele é meu namorado e ponto final. E sim, quero voltar por ele também. Mas não só por ele.

Respirei fundo e observei minha mãe por o suco em seu copo e tomar um gole. Logo faço isso no meu copo e bebo também, já que o perigo não existia, pelo menos no suco.

- A gente pode tentar um esclarecimento, uma reconciliação. Mas tem que ser com calma. Eu ainda estou muito confusa e mal com as coisas que aconteceram

Observo minha mãe começar a comer e pego as coisas que ela pegou, para ter certeza que estava tudo ok. Senti algumas sensações estranhas e imagino que seja o nervosismo misturado com fome.

- Tudo bem Ayla. Vou te deixar ir. Mas você terá que prometer que irá colaborar com a gente para tentar resolver nossa relação. Posso contar com você?

Respiro aliviada ouvindo meu pai e meu corpo relaxa um pouco. Sinto um incômodo no abdômen e dou de ombros deixando pra lá.

- Tem minha palavra.

[...]

Saio do carro e corro até a porta da minha casa sentindo as lágrimas rolarem em meu rosto. Depois do café da manhã, meu pai pediu para o motorista me trazer. Assim que o Asher abriu a porta, me joguei em seus braços e o abracei com toda força ignorando as dores que eu estava sentindo meu corpo.

Prendi minhas pernas em sua cintura e o mesmo Retribuo em silêncio. Estávamos um agarrado no outro e ele subiu as escadas indo para o nosso quarto. Me colocou na cama e se sentou de frente pra mim. Segurou meu rosto com a mão e acariciou meu rosto com o polegar. Levei minha mão até sua mão em meu rosto e fiz um carinho.

- Senti tanto medo de perder você

Escutei o mesmo dizer baixinho. Mordi meu lábio inferior e coloquei minha outra mão na sua perna. Umideci os lábios e me ajeitei na cama.

- Eu estou bem. Eu estou aqui. Você não vai me perder. Nunca

Aproximei meu rosto do dele e iniciei um beijo calmo. O mesmo Retribuiu e chegou mais perto. Finalizamos o beijo com alguns selinhos e senti as dores aumentarem. Resmunguei baixinho e me levantei.

Tirei minha roupa colocando no cesto de roupa para lavar e entrei no chuveiro molhando o cabelo junto. Tomei um banho um pouco demorado e sai enrolada na toalha. Passei pelo quarto vendo o Asher na ligação, provavelmente com o Chris e fui para o closet.

Vesti uma roupa confortável e tomei um remédio para ver se a dor melhorava. Segui para a cama e deitei na mesma. Peguei o controle do ar e o liguei, em seguida me enrolei e abracei o travesseiro fechando os olhos. Já tinha me alimentado e tomado um comprimido. Então resolvi dormir para esperar a dor passar.

Asher

Ryan, Harry e Chaz foram embora atrás de uma pista que tinham encontrado enquanto Chris e Mad foram providenciar os materiais. Fiquei jogado no sofá tentando me lembrar de alguma coisa.

Me levantei indo até o bar que tinha ali e peguei uma garrafa de uísque. Voltei para o sofá e comecei a beber enquanto torcia pra ela voltar viva.

Não muito tempo depois, escutei a campainha tocar. Olhei na câmera que tinha ali e sorri sentindo uma felicidade me invadir. Abri a porta e a agarrei forte, grudando seu corpo ao meu. Depois de um tempo assim, levei ela até o quarto e a coloquei na cama.

[...]

Liguei para o Chris avisando e passei algumas informações. Pedi pra ele avisar aos meninos e Desliguei colocando o celular de volta no criado mudo que tinha ao lado da minha cama.

Desviei o olhar para a Ayla ao meu lado, que dormia toda encolhida e fiz um carinho em seu rosto sorrindo fraco. Levantei indo ao banheiro e me olhei no espelho. Olhei para a minha barba e peguei a máquina na gaveta começando a fazer a mesma.

Assim que terminei, organizei as coisas e me olhei novamente no espelho gostando do resultado. Saí dali e olhei a Ayla se mexendo na cama, fui até a mesma e ela estava bastante quente e suando. Assim que tirei o lençol para enrolar ela corretamente, notei que a cama estava melada de sangue em grande quantidade.

Senti meu coração acelerar e tentei acordar a mesma, sem sucesso. Corri até a sacada e pedi para meu segurança chamar os meninos dizendo que era caso de vida ou morte.

Voltei para onde a Ayla estava e tentei novamente acordar ela. Peguei ela colocando do outro lado e passei um pano limpo na mesma limpando o suor. Fiquei sem saber o que fazer enquanto espera os meninos e a ambulância e assim que ela chegou, observei eles colocarem ela em uma maca e levar até a ambulância. Peguei os documentos e o que achava que iria precisar e fui com ela na ambulância. Os meninos chegaram e foram seguindo a mesma. Durante todo o percurso, fiquei de mãos dadas com ela e pedindo para que não seja nada grave de mais.

Desviei o olhar para os documentos e mordi o lábio inferior vendo o ótimo trabalho que o Chris tinha feito com os nossos documentos falsos. Assim que chegamos, eles levaram ela e ficamos esperando na recepção.

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