Você?

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Asher

Quando chegamos, desci da ambulância com ela e observei fazerem seu trabalho. Ordenei que não poupassem gastos e que tudo do bom e do melhor fosse usado com ela. Nessas horas é bom ser bilionário.

Entrei com eles e segurei não mão dela novamente, mesmo sabendo que ela não estava sentindo. Falaram para ficar na recepção e assim fiquei. Logo os meninos chegaram e eu expliquei o que tinha acontecido. Mad veio até mim me dando um abraço e tentando me confortar, em seguida foi até o Chaz e ficou com mesmo.

- Ela é a nossa Ayla. Ela é nossa esperança. Todo dia quando vou trabalhar, ela sempre fala alguma coisa ou faz alguma coisa que me faz rir - Harry quebrou o silêncio e observei o Chris por a mão em seu ombro em sinal de conforto.

Todos estavam sentados. Ao meu lado estava Ryan e Harry. Chaz estava a minha frente ao lado de Mad e de Chris. O silêncio voltou e eu desviei o olhar para a porta onde ela tinha entrado e mordi meu lábio inferior.

- Ela faz parte nossa família, ela é minha família. Eu não posso perder mais alguém. Não posso perder um de vocês - Mad disse e ouvi Harry e Ryan concordarem.

Ali, o Ryan e o Chris não tinham mais ninguém da família viva, infelizmente. Harry e Mad só tinham um ao outro. Eu tenho a minha, meus pais e dois irmãos mais novos, e agora o Chaz tem a dele e ela estava dentro de uma sala de cirurgia entre a vida e a morte.

Nós somos uma família. Nos amamos como uma e nos protegemos como uma. Ayla agora faz parte dela, assim como a Vanessa fez um dia. E cuidamos da família. Elas são o que mais nos importa.

Começou uma movimentação e nós olhamos para o Chaz. Ele traduziu o que eles estavam falando e disse que uma pessoa importante aqui da região tinha sido baleada e veio para esse hospital já que esse era um dos melhores, talvez até o melhor, dessa cidade.

[...]

O dia já estava quase chegando ao fim e não tivemos nenhuma notícia. Mad obrigou a gente ir para a cantina e pediu alguma coisa pra gente comer. Ela estava tentando se manter forte para ajudar o Chaz e eu agradeci mentalmente por isso. Era a irmã do cara e acho que ninguém ali sabia muito bem como ajudar ele, já que todos estavam sem saber o que fazer também. Recebi algumas ligações de fornecedores, já que era quando iríamos repor estoque e resolvi o problema pelo celular marcando para daqui a uma semana, já que agora estava sem cabeça nenhuma.

Terminei de comer com a general Mad me olhando e como todos já tinham se alimentado, voltamos para a sala de espera. Senti um nervosismo passar pelo meu corpo assim que o cara que tinha levado a Ayla passar pela porta e vir na nossa direção.

- Parentes de Eduarda Santana?

Escutei ele dizer conferindo os papéis em sua mão e eu me levantei murmurando um "aqui". Os meninos vieram comigo e paramos em frente a ele. Ele começou a explicar e novamente tivemos que esperar o Chaz traduzir.

Chaz disse algumas coisas e o médico saiu. Olhei para o Chaz esperando ele falar e ele apontou para as cadeiras. Voltamos a nos sentar e ele estava visivelmente sem expressão. O que será que estava acontecendo?

Chaz

Assim que recebi a ligação, fui literalmente voando para a casa do Asher. Ainda não sabemos o que tinha acontecido com ela ou onde ela estava mais ela estava bem, até isso acontecer. Acompanhei ambulância até o hospital e entrei indo até o Asher.

Ver minha irmã naquele estado acabava comigo. Ela era a única pessoa desse mundo,que tinha meu sangue, que me restado. Eu não suportaria perdê-la.

Eu não considerava meus pais mais em nada. Eles nos abandonaram sem olhar pra trás. Eles nos deixaram com uma pessoa insuportável como a tia Julie. Se pelo menos eles tivessem usado o dinheiro que eles tem para nos deixar tento uma vida melhor na época, mas nem isso foram capazes.

Sei que eles ainda eram importantes para a minha irmã e por ela e só por ela, eu teria a bondade de aturar eles, ou até entrar nesse plano doido que tivemos. Não que eu não seja a favor de acabar com eles, eu super quero que eles paguem na mesma moeda, mas sei o quão isso vai mexer com a Ayla. E quero que ela fiquei bem.

Mad sempre foi a garotinha do grupo. Todos os meninos a tratavam como irmã, quer dizer menos o Chris. Ele além de irmã ainda a tratava como namorada, mas enfim. Assim que entramos ela veio até mim e segurou em minha mão. Entrelacei nossos dedos e dei um beijo no topo da sua cabeça.

- Vai ficar tudo bem. Tem que ficar - escutei ela sussurrar pra mim. Na verdade, parecia ser mais pra ela do que pra mim.

Nos sentamos e ficamos aguardando notícias. Era meio chato ser o único que falava português, já que eu tinha que ficar traduzindo tudo a eles. Nota mental : contratar professor de português ou um tradutor.

Peguei meu celular no bolso assim que o senti vibrar e retornei a ligação, já que era do meu interesse. Levantei indo atender a ligação, era um dos nossos fornecedores de armas. Logo voltei para o meu lugar e novamente segurei a mão da Mad.

Já se passavam das quatro da tarde e isso nos dizia que o dia inteiro passamos aqui, já que chegamos às nove da manhã. Olhei para a porta assim que vi o médico falar o nome falso da Ayla e fui até ele. Senti meu corpo paralisar ao escutar o que ele havia me dito e tento me manter calmo. Faço algumas perguntas e observo o mesmo ir embora sentindo olhares em mim.

Faço sinal para eles se sentarem e me jogo na cadeira. Mordo meu lábio forte e fico uns segundos em silêncio até ter coragem pra falar. Me viro para eles e desvio o olhar para atrás deles ao notar pessoas conhecidas virem até mim.

O que meus pais estavam fazendo aqui?

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