Naquele quarto de hotel - parte 2

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[Adaptada]

Epílogo

Três anos depois...

Aquele primeiro ano, foi de testes para nós duas, apesar de a insegurança ter tomado conta dela, quase todo o tempo, ficava insegura também, mas com paciência e dedicação de ambas as partes, seguíamos firmes. Quando o medo batia, o ciúmes vinha acompanhado, a desconfiança chegava, e o fato de nos vermos pouco durantes os meses, tudo indicava que nosso relacionamento, não iria sobreviver a distância.

Passamos pelo ano turbulento, ao final dele tivemos nossa primeira briga intensa, por termos brigado por telefone, isso se agravou mais. Passei longos dias sem falar com ela, apesar de saber que estava bem, minha sogra e meus cunhados eram meus aliados. A dor tomou conta de mim no início da segunda semana, peguei o carro e fui atrás dela.

Não queria me ver e nem conversar comigo, não sabia mais o que fazer, então tomei a atitude mais acertada da minha vida, com a ajuda de minha sogra, consegui que ela me escutasse por alguns minutos. Choramos, foi doído, o peito apertado com medo de ser o fim, mas tomei a decisão certa quando me ajoelhei na frente dela e de sua família, pedindo sua mão em casamento.

Agora a segurança de que iríamos casar e finalmente morarmos juntas, voltamos e esquecemos todo o resto. Ela não podia sair assim do trabalho, e como eu trabalhava por conta própria, abri mão de algumas coisas, sabia que por ela valeria a pena.

Alugamos uma casa maior e fomos morar juntas, ao final do segundo ano juntas, nos casamos. Foi uma cerimônia simples, com nossos amigos e familiares. Inesquecível era a palavra para definir aquele dia. Nossa lua de mel, foi naquele quarto de hotel a beira mar, onde tudo se iniciou de verdade.

Agora, terceiro ano juntas, estávamos as vésperas das festa de fim de ano, com muita dedicação, compramos a nossa casa, nela que estava sendo feita todos os preparativos, primeiro natal comemorado em nosso lar.

Terceira semana de dezembro, dois dias para o natal, estávamos reunidos em casa com alguns amigos. Músicas e bebidas à vontade para todos, Kara estava conversando com algumas amigas de trabalho dela do outro lado da sala, sentada em um sofá. Peguei o celular e mandei uma mensagem:

"Já disse o quanto está linda essa noite?"

Não demorou muito ela respondeu, me olhando lá do outro lado:

"Lee, meu amor, não faz cinco minutos que me mandou a mesma pergunta!"

Sorri:

"Não tenho culpa, se não canso de admirar a sua beleza!"

Ela me olhou e mandei um beijo, me distrai um pouco conversando com meu sogro a respeito de um projeto que estávamos fazendo juntos. Metade da noite tinha passado, como estávamos dando atenção aos convidados, pouco conversávamos, mas em um determinado momento cheguei perto dela e ao seu ouvido disse baixinho:

– Meu amor, queria falar uma coisa com você, pode ser agora? – virou passando a mão em meu rosto, pediu licença para as senhoras com quem estava conversando e disse:

– Tem que ser agora? – sorri, concordando e ela complementou: – Estou conversando.

– Desculpa mas não posso esperar, prometo que serei breve.

Estava com uma taça de vinho na mão, tomei o restante em um só gole, ela sorriu segurando em minha mão, seguimos pelo corredor, quando nos aproximamos do banheiro a puxei para dentro trancando a porta, me olhava sorrindo ao mesmo tempo em que perguntava:

– O que de tão importante tem a me dizer que não podia esperar?

Virou para o espelho retocando a maquiagem, vi o reflexo do seu olhar ainda interrogativo sem entender o porquê tinha feito aquilo. Me aproximei por trás colocando minhas mãos em sua cintura colando nossos corpos e nada disse, senti o calor do dela emanar junto ao meu.

One Shots - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora