28 - O retorno (não tão triunfal) das princesas

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Uma esquina

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Uma esquina. O sol se punha, fazendo do céu um espetáculo. Um palco para um show de luzes alaranjadas e azuis.

Eles precisavam estar bem. Com certeza estavam são e salvos.

Duas esquinas. O contraste entre as luzes do sol, o azul do céu e as nuvens cinza era de tirar o fôlego.

Não tem como alguém ter feito algo contra eles. Meus pais são Grandes Mestres. Com certeza protegeram as crianças.

Cheguei à esquina de casa. O ar não entrava na quantidade suficiente. Mas o que importava era continuar correndo. Porque eu logo veria minha casa e...

Parei quando vi o que sobrou de onde morei nos últimos cinco anos. Escombros. Foi o que sobrou.

— Pai... mãe...

Fiquei parada olhando. Rod parou do meu lado e xingou.

— Pelas luas de Etherion — ele disse. — O que aconteceu aqui?

May estava parada na frente da casa com uma espada na mão, com a ponta apoiada no chão. Eu teria rido se não fosse em outra situação. A espada era do tamanho dela. Ao seu redor haviam inúmeros montes de poeira desaparecendo.

Seu olhar para mim era desolador.

— Desculpe — ela falou com os lábios tremendo. — Chegamos tarde.

Dei um passo na direção da casa e depois outro. Me forcei a andar. Quando cheguei em frente de casa, vi que uma parede impedia que víssemos o que aconteceu lá dentro. Uma minúscula chama queimou no meu peito.

— Eles podem estar embaixo disso tudo — falei olhando para o Rod.

Demoraram muitos minutos, que para mim foram horas. Rod, Apolo os semideuses... todos trabalhamos para remover os escombros. A prima de Rod chegou e fez um feitiço para confundir os vizinhos e policiais. Só veriam a destruição da casa quando estivéssemos longe dali. Com a Sam ali ficou mais fácil remover as coisas. A magia dela realmente fazia diferença.

Finalmente achamos meus pais. Estavam debaixo de dois blocos enormes de concreto. Fui até eles desesperada. Sacudi minha mãe. Primeiro devagar, depois com mais força, conforme o desespero aumentava.

— Mãe. Mãe. Mãe, acorda. Vamos mãe. Mãe!

Ninguém falava nada. Só meus gritos eram ouvidos. Virei para o meu pai.

— Vamos pai. Por favor, acorda!

Acho que eu ficaria lá por horas chorando, se o Rod não se aproximasse de mim e me forçasse a olhar para ele.

— Deb, eu sinto muito. Eles... eles não resistiram — ele falou.

Não me envergonho de dizer que eu chorei. Minha garganta doeu de tanto escândalo que fiz. Eu quase tinha perdido minhas amigas. Minha irmã estava desacordada depois de ser ferida, e ninguém sabia se ela acordaria. Quase perdi todos os amigos que fiz nos últimos dias. Meus irmãos não estavam em lugar nenhum. Varuna devia ter levado os dois para usar no ritual dela.

A Filha do Tempo - Os Descendentes de Etherion (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora