22 - As flores da esperança

37 7 22
                                    

— Está na hora de irmos — falei para minha família

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Está na hora de irmos — falei para minha família.

Era um dia lindo. O sol estava radiante. Não havia nenhuma nuvem no céu. Não havia nenhuma pessoa na rua. Nem animais. Tudo estava silencioso. Isso por si só já me deixava cabreira. Nosso bairro não ficava em silêncio. Era o lugar mais barulhento da Terra.

O problema devia ser a coluna de fumaça e energia negra que subia para os céus. Estávamos parados em frente à minha casa. Meus pais, meus irmãos o Rod e eu. Todos olhando para aquilo.

— Acho que vem da escola — falou Rod.

— Faz sentido — disse meu pai. — Seja lá como vão fazer para abrir o portal, devem canalizar o éter do Lago de Lay.

Engoli em seco. Enfrentar aquilo parecia maluquice. Mas alguém tinha que ser louco, então que fosse eu.

Abracei minha irmã.

— Você promete que volta? — Carolzinha perguntou.

Fechei os olhos e torci para que não estivesse mentindo.

— Prometo, querida. A Deb volta para brincar com você.

Abracei o André. Ele devia estar emotivo, porque só resmungou e não tentou me impedir. Olhei para a Pri.

— Cuida deles, tá bom?

Ela negou com a cabeça.

— Não vai rolar — falou enquanto fechava o zíper da blusa vermelha. Tinha um desenho de dragão branco desenhado nela. — Vou junto com vocês. Nem adianta falar nada. Se você está indo para aquela loucura, precisa de sua melhor guerreira.

Eu ri. Não sabia de onde ela tinha tirado aquela ideia. Mas não ia retrucar. Eu sabia dos treinos dela com Apolo. Uma espada a mais viria bem a calhar. Principalmente quando eu não sabia o que ia fazer.

Rod se abaixou em frente à Carol, que o abraçou.

— Trate de trazer minhas irmãs de volta. É uma ordem.

Ele gargalhou e fez a promessa mais importante do mundo. Deu o dedo mindinho para ela e colocou a mão no coração.

— Juro que trarei suas irmãs de volta — então piscou para ela. — Também te trarei um presente.

Os olhos da baixinha se iluminaram.

Minha mãe abraçou a Pri e a mim.

— Confiamos em vocês, queridas — falou minha mãe. — Sei que conseguirão.

Meu pai deu tapinhas nos nossos ombros. Seus lábios estavam tremendo e seus olhos úmidos.

— Vamos cuidar de suas irmãs com nossas vidas. Ninguém vai passar por esses Grandes Mestres.

Eu sabia daquilo. Começamos a nos afastar, então me virei e sorri.

— Amo vocês — falei dando tchau.

A Filha do Tempo - Os Descendentes de Etherion (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora