9 - Os Cavaleiros do Zodíaco da Távola Redonda

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Sempre gostei dos meus sonhos

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Sempre gostei dos meus sonhos. Adorava passear nos parques temáticos da Disney (embora a tal Ka tenha acabado com a diversão) ou voar com asas de morcego sobre povoados de homens formiga. Meus sonhos refletiam minha personalidade: criativos e maravilhosos.

Mas na noite em que as meninas morreram meu sonho foi complicado. Sim, complicado define.

Não é todo dia que você sonha com seu pai que julgava morto.

Demorou para eu pegar no sono. Eu me revirei na cama, alternando entre chorar, socar o travesseiro e gritar com a cara enfiada no edredom. Ambas são atividades relaxantes. Que não surtiram nenhum efeito.

A coisa estava tão feia que fui procurar minha irmã. Abri uma freta da porta dela e a vi dormindo. Parecia que estava em um sono agitado. Falava umas coisas sem nexo, perguntando coisas sobre dragões para o Rei Leão e a Frozen.

Deixei quieto. Ela estava pior que eu.

Depois de me revirar bastante, vencer a fase do Duende Verde umas cinco vezes no Marvel Avengers Alliance, e gravar o pior TikTok da história, consegui dormir. Para variar, eu sonhei.

***

Primeiro eu estava correndo. Na velocidade em que deveria ter corrido antes das minhas amigas se sacrificarem por mim. No sonho eu controlava minha velocidade.

Obrigado velocidade. Por ser tão inútil quanto eu.

Eu corria na escola. Era de noite e todos os corredores e salas estavam repletos de monstros. Monstros que usavam uniformes escolares.

Alguns não pareciam do mal. Tipo os curupiras, que estavam todos emburrados no laboratório de química. Seus cabelos não pegavam fogo e ficavam passando uma garrafa de dois litros de Pepsi uns para os outros. Deviam estar muito tristes para tomar Pepsi.

Ou o cara que suspirava com os pés na fonte do pátio. Sua forma mudava de humano para golfinho. Não, era um boto. E tanto sua roupa quanto sua pele era cor de rosa. Não queiram ver um Boto Cor de Rosa deprimido. É de cortar o coração.

Tinha alguns serpentauros desolados no pátio da entrada. Um deles, que parecia o líder, falava com alguém através de um espelho de cristal. Não consegui ver quem era, mas a presença que vinha do espelho arrepiou os pelos do meu braço. Aquilo era ruim. Muito ruim.

Eu virei em um corredor e parei. O que vi não fazia sentido. Certo, nada dessas coisas fazia sentido, mas depois de lutar ao lado de ninfas e ver seu amigo enfrentando curupiras, seu senso de normalidade acaba mudando. Faz parte da vida.

Mas o que vi na minha frente... eram minotauros. Homens enormes com cabeça de touro. E na frente deles estava algo entre um centauro e um minotauro. Eu sentia que aquilo era errado. Que não deveria existir.

O cavalo / minotauro me olhou com e vi tanta tristeza que quis ajudá-lo de alguma maneira. Então seu rosto se enfureceu e ele me atacou com o machado que segurava.

A Filha do Tempo - Os Descendentes de Etherion (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora