26 - O verão não é uma boa estação para ser esfaqueada

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Segundo minha irmã, se usarmos um tinta especial que o Rod sabe fazer, apenas descendentes de Etherion conseguem ler o que é escrito com ela

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Segundo minha irmã, se usarmos um tinta especial que o Rod sabe fazer, apenas descendentes de Etherion conseguem ler o que é escrito com ela. Decidi usar essa tinta para dar um recado para você, que teve a sorte (ou azar, dependendo de como recebeu a notícia) de ter nosso sangue correndo em suas veias.

Se você embarcar em uma aventura com deuses, semideuses e outras criaturas místicas, nunca entre correndo em um portal criado por energia maligna no momento em que ele explode. Não é algo que faz bem para a saúde.

Dica dada, agora vou continuar narrando. Só não conta isso para ninguém. Podem achar que você é uma filha de Ártemis. Ou seja, lelé da cuca.

A bruxa serpentaura nem tinha me visto ainda. Se não fosse a cauda de serpente da cintura para baixo eu não diria que era uma criatura mística. Reprimindo o nojo eu a agarrei e corri por outra abertura, mais próxima do que a que eu entrei. Sai dentro da escola.

Foi quando tudo fomos jogadas pela explosão. Nós saímos rolando até eu bater a cabeça em uma porta aberta. Tudo começou a girar. Tentei sacudir a cabeça e foi a pior coisa que eu fiz. Doeu, como doeu. Tive a impressão que minha cabeça ficou tão grande quanto a do meu irmão André. Aquilo me preocupou, já que meu irmão tem a cabeça do tamanho da do M.O.D.O.K. da IMA, o inimigo dos Vingadores nas HQs.

Me levantei devagar e vi a bruxa uns metros à frente. Me aproximei aos trancos e barrancos, apoiando na parede. A mulher tremia inteira.

— Hey, moça — falei quando me ajoelhei ao seu lado e sacudi seu ombro. — Moça cobra. Hey, acorde.

Ela abriu os olhos devagar.

— Onde...

— Você está dentro da escola — falei olhando em volta.

Tínhamos parado perto do refeitório. Resmungando muito eu me arrastei até a cantina. A porta da geladeira de refri estava aberta. Peguei uma garrafa de Coca Cola e virei de uma vez só. Não me orgulho dos sons que saíram da minha boca depois disso, mas faz parte da vida. Voltei até a mulher, que tinha se sentado encostada na parede. Era estranho, porque ela meio que fez um banquinho com a cauda. Dez vezes eca.

— Toma — falei entregando uma garrafa de água.

Ela bebeu toda atrapalhada, espalhando água para tudo que é lado. Quando terminou ela me olhou cerrando os olhos.

— Porque você está me ajudando? Somos inimigas.

Dei de ombros.

— Também não sei.

Ficamos em um silêncio desconfortável. Minhas pernas tremiam devido ao esforço de correr daquele jeito depois de dar quase toda a minha energia para minha irmã.

Tive um estalo e pisquei os olhos. Olhei na direção da explosão.

— Assim que encontrar alguém do seu povo, aviso onde você está.

A Filha do Tempo - Os Descendentes de Etherion (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora