40.2- Organização e Decisão!

12 10 0
                                    


40.2- Organização e Decisão!

Quando eu finalmente entendi que eles estavam assustados eu sorri amargamente, eu estava passando tanto tempo com aquele idiota que estava me sentindo mais parecida com ele quando estava com raiva.

"Então, qual seu nome?" Eu encarava a menina armada, bom, ex armada, a arma estava no chão.

"Ataquem ela" O homem no chão finalmente gritou depois de se recuperar, 3 pessoas com facas pularam em cima de mim, mas o estranho era que elas pareciam estar em câmera lenta, o mundo inteiro parecia se mexer lentamente.

O mundo inteiro menos eu, eu andei entre eles e dobrei seus punhos, quando eles soltaram as facas eu as peguei e as coloquei todas em um mesmo canto, o homens no ar eu os empurrei para caírem em cima do cara chato e estérico, acho que Rafael o nome dele, eu estava tentando esquecer dele.

"Não vamos ser agressivos certo? Somos todos civilizados, vivemos numa sociedade, ninguém precisa ser excessivo certo?" quando eu penso nisso, talvez fosse até bom aquele idiota não estar aqui, ele teria matado essas pessoas... espera, será que ele realmente mataria essas pessoas? Tudo que minha intuição podia me dizer era 'com toda certeza' mas eu estava com medo de acreditar nisso.

"Senhorita, vai me dizer seu nome?" A garota pulou quando eu olhei para ela, acho que acabei me exibindo muito nessa luta, mas eu não sentia isso, talvez se fosse visto sem o meu 'câmera lenta' fosse realmente mais problemático.

"Bruna, o nome dela é Bruna" Algumas pessoas empurraram na para frente e falaram o nome dela.

"Posso levar você como a representante deles?" Eu perguntei para ter certeza, ela estava se destacando antes, então eu insisti em falar com ela, mas poderia ter sido um engano.

"Sim" a mesma pessoa de antes respondeu antes de se esconder na multidão.

Estendi minha mão pra ela e repeti minha apresentação "oi Bruna, eu sou a Thais, representante de uma resistência da humanidade que quer juntar forças para lutar contra os monstros invasores, o que acha de se juntar a nós com seu grupo? Temos formas de comer e lugares seguros para dormir, o que me diz?" Tentei ser o mais simpática possível para ver se ela reagia.

"Eu... é... como assim resistência? E porque eu devia confiar em você?" Ela parecia recuperar a confiança a cada palavra, isso era bom, não queria ninguém subjugado por poder, se ela fosse se juntar a nós, eu queria que fosse por livre e espontânea vontade. Apesar da situação agravante favorecer meu lado, eu ainda acredito que ela tem o direito de escolha.

"De fato por agora você só tem minha palavra."

"Porque você seria tão legal em nos dar comida e um lugar seguro? Não acha muito suspeito?" Ela trouxe um ponto importante, eu não poderia só cuidar de todo mundo no final do dia.

"Tem razão, não é de graça, primeiro, vou precisar de voluntários para treinar, com treinamento adequado, vocês poderam caçar monstros e ajudar a proteger pessoas. Aqueles que não podem caçar também tem formas de contribuir, mas isso eu vou explicar depois, já que até pra mim ainda é uma novidade."

Ela parecia pensativa com o que eu falei, ela estava considerando tudo antes de voltar a falar, ela parecia uma garota esperta, parece que não jogaram ela para frente por querer intimida-la no final das contas.

"Porque chegaram só agora? E desde quando essa organização existe? Onde vocês estão e qual a forma de treinamento para lutar com monstros você pode nos passar?..." ela tinha uma enxurrada de perguntas, eu as fui esclarecendo uma a uma, levou cerca de 15 minutos de conversa para ela se certificar de que eu tinha respostas o suficiente.

Ela estava chocada da 'organização' ter 2 pessoas e existir a menos de uma semana, mas quando ela descobriu que eu era a mais fraca, ela parecia mais convencida de que isso daria certo.

Depois levei eles a migrar uns 50 metros para dentro, afinal eles eram quase vizinhos, se você tirasse o muro.

Todos estavam muito chocados com as casas cheias de tecnologia e tudo mais, mas quando eu expliquei que teriam que caçar monstros para mantê-las eles ficaram assustados.

Bom, se a uma semana alguém tivesse me dizendo a mesma coisa eu choraria de medo, mas algumas pessoas já tinham superado isso até agora e estavam empolgadas com a ideia de lutar pela própria vida.

"Obrigada... Eu não sei se vou morrer lutando... mas é melhor que viver nesse 'The Walking Dead'." Bruna me agradecia com os olhos marejados, ainda segurando o choro de sentir que poderia sobreviver.

"Ajude todos a se instalar, lembre que vai ter custos, faça as pessoas ficarem em grupos, mas sem deixá-los muito desconfortáveis, temos bastante espaço apesar dos custos."

"Vamos pagar isso em dinheiro?"

"Pense que será algo como dinheiro do jogo, não dá para comprar cash nesse joguinho." eu pisquei para ela e me virei para sair.

"Eu tenho que dar suporte para meu amigo, então cuide de tudo por aqui tá bom?

"Pode deixar, já estou acostumada com eles."


"Volto com comida e com meu amigo, então se cuide até lá! A propósito, ele é um pouco estressado, então mantenha seus camaradas tranquilos quando ele chegar... " Eu lembrei do que ele fez com os goblins que o desafiaram, sejam crianças ou adultos ele queria esmagá-los.

"Ok, vou falar com todos que ele é mais agressivo que nossa princesa guerreira" Ela riu de mim, ei, que história é essa de princesa guerreira? Que absurdo, nem somos uma monarquia, e se fossemos, eu não sou filha do nosso tirano.

Eu não podia deixá-lo tratar essas pessoas como coisas, ele não podia ficar fora de controle, eu tinha que conversar com ele e esclarecer as coisas.

Ele estava avançando loucamente quase como se quisesse morrer... mas todas essas pessoas dependiam dele, e ele não podia simplesmente matar e morrer como se não fosse da conta de ninguém, agora dezenas logo talvez milhares... ele não podia só fazer o que quisesse sem levar nada em consideração como estava fazendo até agora.

Assim que nos encontrássemos eu teria uma conversa séria com ele, se ele não pudesse me ouvir e interagir direito comigo, eu teria que procurar um lugar para ir e levar essas pessoas.

Eu pedi que elas confiassem em mim, não podia só deixar o Sig fazer o que quisesse sem regra nenhuma, ele poderia se tornar perigoso.

Respirei fundo e segui até o clube, eu estava decidida a ter uma conversa séria com ele e se preciso, fazê-lo me ouvir a qualquer custo.

Correndo e contando com a sorte, parecia que não tinham monstros por perto por causa do sistema e da D.A.

Chegando a porta do Clube, meu celular tocou e eu olhei

* Raid em andamento.

Favor aguardar o final do período de estabilização para poder entrar ou sair*

"Espera... o que? Da outra vez não teve isso."

Masmorra Do AbismoOnde histórias criam vida. Descubra agora