24 ✓ somebody help me, please

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Ruel

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Ruel

Eu estava a procura da América, não sabia onde ela estava, não fazia ideia, eu me distraí e ela simplesmente sumiu, isso me preocupou, ela estava muito bêbada.

Perguntei a algumas pessoas se a tinham visto, algumas disseram que não e outras apontaram para um corredor aqui no andar de baixo, dizendo que ela tinha entrado em um dos quartos com um cara.

Me apressei em tentar escutar atrás das portas de todos os quartos, eu não conseguia acreditar que a América havia me deixado para ir transar com outro.

Eu não conseguia ouvir muita coisa, todos os quartos pareciam silenciosos, até que escutei uma voz feminina dizer de maneira embolada: "eu não quero, me deixe ir, por favor".

Aproximei-me da porta de onde vinha a voz, e ouvi novamente dizer: "alguém me ajude, por favor", era a voz de América, então sem recear, eu abri a porta e me deparei com um cara se debruçando sobre América, enquanto ela se debatia e tentava empurrá-lo enquanto tentava gritar por ajuda.

Sem nem pensar, tirei o cara de cima dela e o joguei no chão, ele se levantou enfiando sua coisa nojenta dentro do short novamente.

Tentei pegar América e sair dali, mas o garoto me pegou de surpresa com um soco na maçã direita do meu rosto que me fez cair sentindo um dor imensa.

Me levantei cambaleante e apertando os olhos, porém conseguir revidar com um soco que pegou em seu queixo, ele apenas cambaleou.

O cara me derrubou novamente com um soco no nariz, claramente ele era mais forte que eu.

Gemi quando senti a ponta do seu sapado acertar meu estômago, quando ele me chutou. Não consegui levantar e ele chutou meu rosto, isso me fez me encolher e proteger minha cabeça com os braços enquanto ele continuava chutando minha região da barriga.

Entre meus gemidos eu ouvi ele dizer algumas coisas.

─ Ela transa com qualquer um, idiota, ela é uma vadia. ─ Escutei entre meus gemidos e os gritos desesperados de América pedindo por ajuda e para que ele parasse.

Eu tossi e cuspi sangue, tudo ficou meio embaçado e eu achei que iria morrer ali, apenas por ter tentado salvar a garota que eu gosto, mas os chutes pararam e eu ouvi algumas vozes, enquanto me contorcia e cuspia sangue.

O rosto de América tomou minha visão, ela havia se ajoelhado ao meu lado.

─ Vai ficar tudo bem, Ruel. ─ Ela disse com a voz embargada.

─ Ele me pegou em cheio, hein? ─ Falei baixo por conta da dor lancinante que sentia, e tentei rir, mas só o que consegui foi gemer.

América por sua vez sorriu com os olhos lacrimejados.

─ Consegue levantar?

─ Acho que sim. ─ Tentei erguer meu tronco mas foi como se meu estômago tivesse sido mutilado por dentro, então me larguei no chão novamente.

─ Ruel. ─ Ela me chamou preocupada.

Josh e Aruan vieram até a mim e me ajudaram a levantar do chão, e então eu pude ter uma visão melhor, algumas pessoas estavam me encarando, enquanto Kindy vinha em minha direção e América chorava ao meu lado e suas amigas se aproximavam.

Eu estava ferrado, mas ainda estava preocupado com a América, então me virei com dificuldade para ela.

─ Você tá bem? ─ Perguntei.

─ Estou, mas você não, precisa cuidar desses ferimentos. ─ Ela analisou meu rosto provavelmente sangrando.

─ Eu cuido disso, você não está em condições de nada agora. ─ Kindy disse, e então me conduziu até a cama para eu me sentar. 

Brohan entrou no quarto com uma maleta de primeiro socorros, e Edwan fez com que todas as pessoas que não fossem meus amigos e os dele, saíssem do quarto e então fechou a porta.

Kindy começou a limpar meus ferimentos com gaze e algum líquido que ao entrar em contato com a minha pelo ardeu como o inferno e eu me esquivei, porém ela continuou.

América tentava contar aos seus e aos meus amigos o que havia acontecido, mas ela ainda estava muito bêbada, então algumas coisas saíam emboladas, mas todos entenderam pelo menos o que levou a briga a acontecer.

─ Você vai denunciar. ─ Shivany disse autoritária.

─ Não vou não. ─ América respondeu amedrontada.

─ Vai sim. ─ Eu disse alto demais e me movi muito rápido para olhá-la, então senti uma imensa dor no estômago, o que me fez gemer.

─ Fica quieto. ─ Kindy ordenou.

─ Eu estava bêbada e... ─ Edwan a interrompeu.

─ Exatamente, você estava bêbada, ele não tinha nada que tentar fazer algo com você. ─ Ele disse aparentemente nervoso.

─ O problema, é que eu tanho dezessete anos e as autoridades vão se preocupar mais com o fato de eu beber aos dezessete anos e não com o fato de eu quase ter sido estuprada. ─ Ela explicou e todos ficaram em silêncio.

Estava óbvio que para todos nós presentes neste quarto, a festa havia acabado ali.

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