32 ✓ i'm here, ruel

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Ruel

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Ruel

Escutei meu nome sendo pronunciado de maneira frenética, do lado de fora da sala em que eu estava tomando aula, era a voz de América, e eu me levantei de imediato, mesmo achando que podia estar delirando, até ver a garota parada na porta da sala, esboçando um sorriso enorme.

Ela correu até a mim e se jogou em meu tórax, abraçando minha cintura, eu retribui ao gesto, claro, porém confuso e desacreditado, mas estava tão feliz em vê-la novamente.

─ Você não deveria estar em um avião agora? ─ Perguntei, e ela saiu de meus braços para olhar para o meu rosto.

─ Deveria, mas eu vou ficar, Ruel, eu vou ficar! ─ Ela aumentou mais o seu sorriso, enquanto eu a olhava, completamente feliz.

─ Eu não acredito. ─ Abracei-a tirando-a do chão e ela soltou uma gargalhada deliciosa de se ouvir. ─ Mas como assim? ─ A coloquei no chão. ─ Seus pais não vão mais embora?

─ Não, eles já foram, eu vou morar com meus tios.

─ Mas porque?

─ Eu insisti para que eles me deixassem ficar.

─ Por que?

─ Porque eu não queria me afastar dos meus amigos, e queria ficar com você, Ruel.

─ Você deixou seus pais por mim, América.

─ Eu não os deixei, vou terminar o ensino médio aqui e depois pensar se vou ou não morar com eles. Mas agora por favor, vamos pensar no presente, eu estou aqui, Ruel, estou com você.

Eu não conseguia acreditar, América resolveu ficar, por mim também, e aquilo me deixou explodindo de felicidade, e por isso não me importei com os olhares de todos os presentes na sala, sobre nós, e a beijei.

Beijei ela para tentar demonstrar o quanto estava feliz, o quanto estava grato e principalmente o quanto a amava.

Ao sairmos do beijo, trocamos sorrisos, sorrisos sinceros, e olhares apaixonados.

─ Queria poder te levar para a minha casa, para poder comemorar esse momento, mas você tem que estudar, e eu desfazer minhas malas. ─ Ela disse, enquanto passava a mão em meu cabelo.

E quem se importa? Cara, a garota que eu amo estava ali na minha frente, por mim. Então apenas peguei minha mochila e saí da sala, correndo e puxando a América que ria.

Eu sabia que levaria advertência por aquilo, mas não me importava, eu queria ficar com ela, aproveitar cada segundo daquele dia com ela.

Chegamos ao estacionamento, ainda rindo e entramos em meu carro. Olhei para a América e a puxei pela nuca para um beijo.

─ Vamos comemorar fazendo o que fazemos de melhor. ─ Sorri malicioso e ela também.

Liguei o carro e dei partida, enquanto América ligava o rádio.

Observei ela balançar a cabeça no ritmo da música que tocava, enquanto sussurrava a letra fingindo segurar um microfone, e então eu percebi que eu não consigo definir o tamanho da minha felicidade neste exato momento.

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