Laura é uma jovem de 20 anos que cursa a faculdade de psicologia junto com sua melhor amiga Gara. Ambas são amigas desde a infância, por isso dividem a paixão pela banda One Direction. Porém o ídolo amado é Harry Styles, e elas fazem de tudo pra não...
Só faltam 5 minutos para que o show comece e até agora não encontrei Paul junto de Laura no meio da multidão. Paul é o meu segurança e motorista, mas não fica atrás de um amigo. Ele sempre esteve ao meu lado. Assim que a banda se desfez eu o chamei pra trabalhar comigo. Por isso encarreguei a ele para que buscasse a Callahan.
Porra ... Essa pirralha me deu nos nervos quando não cedeu pra mim. Quem ela pensa que é pra dizer que não tá interessada em mim? Depois de ter o privilégio de ser chamada pro meu camarim, ela no mínimo me devia um beijo. Mas ficou ofendida por que eu disse que ela tava mostrando os peitão pra mim.. e que peitão. Eu não consigo parar de pensar nessa menina. Qualquer uma daria tudo pra ser uma convidada minha, mas ela parece nem ligar. O que essa garota fez comigo?
O show já vai começar então eu vou tomar uma água antes. Assim que as cortinas se abrem e as luzes se apagam, eu entro. A multidão fica enlouquecida. Eu vou ser sempre grato por tudo o que tenho hoje. Minhas fãs são muito importantes pra mim e eu amo a interação delas. Já cantei duas músicas com a plateia, e nada de Paul e Laura. Porra. Eu devia esquecer essa pirralha mimada.
Me policio em não pensar mais nela. A música agora é Carolina.. boa garota, uma coisa que a Callahan não é. Porra. Minha concentração se vai quando uma fã daquelas bem gostosas aperta os peitos pra mim. Elas não sabem o que fazer pra chamar minha atenção. Balanço a cabeça e olho pro chão. Quando levanto o olhar pra multidão avisto ela. Toda comportadinha no meio de tanta mulher louca. Ela tá lá olhando fixamente pra mim, enquanto eu me perco no seu rosto de anjo. Aaaah, esse rostinho ficaria perfeito me olhando enquanto ela está ajoelhada na minha frente. Ou acordando do meu lado... Porra! Desvio o olhar e me concentro na música.
Laura Callahan
Acabei de entrar no show do Harry e já o encontro com os olhos fixos em mim. Eu me perco nos seus olhos intensos e vejo quando o seu olhar muda de um verde calmo para um verde selvagem. Ele tem noção do quanto ele é sexy assim? Claro que tem. Todo mundo tem, por que esse olhar gera gritos de toda plateia.
Ele desvia o olhar e volta a cantar uma das minhas músicas favoritas. Provavelmente eu já perdi umas 2 ou 3 músicas, porque eu me atrasei.
Bem.. eu tinha me arrumado no horário certo, mas não sabia pra onde eu iria. Por isso coloquei uma roupa mais confortável. Quando desci e me direcionei ao carro parado na minha porta, Paul me disse que iríamos ao show e de graça! Harry sabe mesmo agradar.. Visto que iria pra um show pela terceira vez na semana, pedi licença ao Paul e subi novamente pra trocar de roupa.
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Não quis colocar nada muito vulgar porque da última vez, fui taxada de oferecida.
Agora que estou aqui no meio do show, me pergunto qual a intenção de Harry. Por que ele não ignora toda essa situação e segue sua famosa vida? Ele da tanta importância pra um autógrafo não entregue assim? Ou é só uma desculpa pra conseguir de mim o que ele não conseguiu ontem?
A aglomeração das pessoas me causa calor, por isso tiro a jaqueta jeans e fico apenas com o body preto pouco decotado. Durante o show percebi vários olhares de Harry. Eram olhares curtos, como se apenas quisesse confirmar que eu ainda estava aqui. No fim do show eu não sabia pra onde ir, por isso aguardei no mesmo lugar. Enquanto o ambiente se esvaziava eu decidi ligar pra minha mãe.
Ligação on:
Mãe: Oi filha! Que saudade. Onde você está? Tô ouvindo uma bagunça... Não está dando uma festa em casa em plena quarta feira não é?
Eu: não mãe, eu não tô dando uma festa. Eu vim no show do Harry, por que eu perdi o primeiro show. Se lembra?
Mãe:ah.. sim é claro. Você está indo pra escola? Tá comendo direito? Você não tá levando ninguém pra casa né,Laura?
Eu já estava sozinha na arena quando senti alguém sentar ao meu lado. Era Harry. Com suas roupas já trocadas. Ele estava com uma camisa branca e calças pretas.
Eu: ham... É..sim mãe, eu tô indo pra escola. Tô comendo direito e não tem ninguém indo lá pra casa. Falei baixo e desviando o olhar de Harry que me encarava.
Mãe: que bom filha..
Eu: como está o papai?
Mãe: ele está se recuperando lentamente. Mas ainda temos que continuar aqui. Você sabe né filha... Que sem a loja aberta nós teremos que vender pra não ficarmos sem nada. Não podemos contratar ninguém pra trabalhar lá assim.. do nada. Você acha que consegue um emprego? Apenas se puder e não for te atrapalhar, é claro..
Eu : um emprego? Olhei pro Harry e ele que estava de cabeça baixa também olhou pra mim. Desviei o olhar. Ham.. bem.. eu acho que sim. É claro.. eu vou ver o que posso fazer. Eu vou desligar agora, mãe. Eu te amo. O papai também. Beijo
Mãe: um beijo, filha. Eu te amo.
Ligação of.
Desliguei o celular e o guardei na bolsa. Olhei pra Harry e me virei em sua direção. Ele já me olhava.
- o que houve com sua família? Ele perguntou sério e interessado no assunto. Como se ele se preocupasse.
- o meu pai tá fazendo um tratamento em outra cidade. . eu tô morando sozinha agora.
- precisa de um emprego então?
- parece que sim. Respondi olhando para o grande lugar vazio.
Harry se levantou e me puxou com ele pela mão. Estávamos indo em direção ao corredor. Entramos no seu camarim e ele se jogou na sua poltrona colorida. Eu me sentei no sofá e o encarei.
- eu posso te ajudar se quiser.. com o emprego. Harry diz rodando na sua poltrona e me encarando. Eu respondi rapidamente.
- co- como assim? Não, eu não posso aceitar. Eu tenho a faculdade e eu também preciso de horários flexíveis.. não dá, eu acho . Soltei uma riso nasalado e recuperei o fôlego por ter falado tão rápido. Harry apenas me olhava com seus olhos fixos nos meus, me deixando constrangida.
- Nós podemos conversar, Lau. Eu quero ajudar. Ele se levantou e se sentou ao meu lado. Eu estava imóvel segurando minhas mãos em cima do colo. Harry segurou meu queixo com o polegar, me fazendo olhar pra ele. Nossos rostos estavam próximos novamente.
- Laura.. por favor. Eu te ajudo. Não quero que esteja sozinha nisso. Eu apenas o encarava intercalando o olhar entre seus olhos e sua boca que estava perto de mim. Tão perto que eu sentia sua respiração bater em mim.
- como vou trabalhar com você se você está constantemente viajando? Perguntei tão baixo que me perguntei se ele me ouviu claramente.
Ainda com uma mão em meu queixo e outra na minha cintura ele disse como quase um susurro.
- Eu quero você comigo, Lau. Eu te levo e te trago sempre que quiser. Só precisa deixar o orgulho de lado. Vamos .. não tenha medo. Ele se aproximou de mim e encostou seu nariz no meu, me fazendo automaticamente fechar os olhos, assim como ele. Só se ouvia nossas respirações. Tudo era silêncio quando de repente um estrondo nos fez levantarmos.