✧ Capítulo 26: Cemitério Mercurial (1/2)

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Gente, me desculpem por estar dividindo tanto os capítulos, é que esses últimos ficaram realmente grandes e não quero cansar a leitura de vocês 😇

*Na mídia: plantas das tumbas KV43 e KV46, que serão citadas neste capítulo. Aqui só trabalhamos com ibagens, ok?
Bora de próximo!

(Música deste capítulo: Mystiqal – Vugh Gardens)
link da playlist oficial da fic no meu perfil

Boa leitura!

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Luxor, Egito
— Camila

No dia seguinte, elas acordaram por volta das 7h e não conseguiram mais dormir; Dinah passou a manhã no quarto da cubana e elas pediram o café por ali mesmo. Camila aproveitou para passar a limpo todas as anotações que havia feito na noite anterior e organizar sua papelada.

Às dez e meia elas deixaram o hotel em direção ao Vale dos Reis novamente. Como já era esperado, havia uma fila razoavelmente longa de turistas esperando para entrar no sítio, alguns por conta própria e outros que desciam dos ônibus de turismo e iam se posicionando por ali junto ao guia local.

Por sorte o mesmo rapaz do dia anterior estava trabalhando ali naquele momento, Camila assumiu a frente e se aproximou para falar com ele que as liberou alguns minutos depois junto com outros dois historiadores alemães que aguardavam para entrar também, sem que precisassem ficar esperando na fila que só aumentava.

Com o mapa do vale em mãos, elas decidiram que começariam pela tumba de Tutemés. Para dar acesso às tumbas nos níveis mais altos do vale, a equipe que administrava o sítio havia colocado escadas de ferro que passavam por entre as rochas.

A subida até a tumba KV43 não foi nem um pouco agradável, os termômetros batiam 33 graus àquele horário e a sensação térmica no deserto podia chegar até 39 graus. Já preparadas para isso, elas usavam um chapéu estilo floppy que protegia bem o rosto do sol, e um óculos escuro.

A subida levou cerca de vinte minutos, entre duas paradas para recuperar o fôlego e tomar alguns goles de água.

Meu Deus. Nunca me arrependi tanto de ser uma sedentária como agora. – Camila resmungou e Dinah só concordou, ainda estava tentando respirar normalmente.

– Ainda bem que na descida todo santo ajuda. – Ela disse alguns instantes depois.

Disso a cubana não poderia discordar, certamente descer seria muito mais fácil. Elas então chegaram à passagem para o interior da tumba. No interior havia um fio que passava pelo alto preso à parede com pequenas lâmpadas para iluminar o local, cuja energia vinha de um gerador independente que ficava do lado de fora da tumba.

A tumba fora construída em formato de J invertido, algo muito comum na arquitetura da décima oitava dinastia, e logo na entrada havia uma escadaria que levava à um corredor. Esse corredor levava a um novo lance de degraus que acabava em um segundo corredor, e no final deste havia um poço.

Adiante estava a primeira câmara com dois pilares centrais, atravessando-a havia o terceiro lance de degraus e o último corredor que as levava mais abaixo ainda do nível do solo, terminando na antecâmara. Atravessando a antecâmara elas chegaram então à câmara do sarcófago.

The Chosen [The Chosen: Season 1] ✧ CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora