× P U L S A T I N G ×

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04/04/20, finalmente uma pausa de 24h. Minha mente está meio confusa, sempre esteve. Estou lendo um livro maravilhoso que consome minha energia, de modo que minhas 50 páginas diárias são resumidas à 35. Um dos personagens principais me cativa, ele tem uma estranha obssessão por beleza. Você diria "um arrogante", claro. E teria total razão nisso.

Em dias comuns, eu te contaria tudo sobre o livro e você responderia "caramba, quanta coisa". Você nunca chegou aos meus pés na quantidade de diálogos. Acho que eu te confundia várias vezes, falava sobre assuntos variados e fazia perguntas bizarras.

Lembro de começar uma conversa sobre literatura, falar sobre pinguins e terminar com "esqueci de lavar o cabelo hoje". Eu sempre fui louca, meu QI batia com o do Coringa. Uma pitada sutil de psicopatia. Você costumava adorar isso.

Acho que eu te cansei. Te cerquei demais.

Mas, com honestidade, responda: alguém poderia te amar mais do que eu?

Vão te amar moderadamente. Vão te amar sem se entregar em 100%, sempre haverá um tanto que nunca será seu. Vão te amar te excluindo, te afastando. Vão te amar com mediocridade.

Você sabe bem, ninguém nunca irá te amar do mesmo jeito que eu. Ninguém vai te tratar como eu. Ninguém vai lamber suas feridas com tanto carinho quanto eu. Ninguém vai estar lá mesmo não estando, como eu. Ninguém vai dedicar tantos livros exclusivamente para você.

Mas, nada disso conta, não é? Seu coração não me escolheu. As vezes, eu quero mesmo encher seu coração de furinhos com um punhal.

Mas, eu te mataria. Vou esquecer essa vingança idiota.

Eu te quero bem vivaz. Eu te desejo bem quente. Eu te almejo pulsante.

Para meu Anjo tão Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora