shameless ♥︎ thiam.

#11 ♥︎: eu nunca vou sair do lado dele.

oi genteee, a partir desse cap, o nosso casal vai começar a ser desenvolvido de verdade, mas preparem os corações, não vai ser nada fácil ):
já posto a visão do liam, ainda tô escrevendo <3

♥︎ theo's pov ♥︎

Eu estava tão cansado na noite passada que acabei pegando no sono na cama do Liam mesmo. Quando acordei já era manhã, o Sol batia levemente em meu rosto. Infelizmente o cu doce, também conhecido como Liam, não dormiu do meu lado.

Quando voltamos pra casa, eu já iria ir tomar um banho e trocar de roupa, talvez provocaria Liam e apareceria só de toalha, um pouquinho. Todavia, tudo foi por água abaixo quando vi meu pai ali, parado no meio do corredor, encarando um quadro pendurado que tinha meu e da minha mãe. Ele deu uma cotovelada no mesmo, quebrando-o e sorrindo cínico pra mim.

— Oi, filho. — Falou, ainda com o sorriso nojento no rosto. Meus olhos já estavam marejados, eu estava me segurando pra não chorar. — Vejo que ainda não desgrudou desse garoto. — Ele olhou pra Liam, e eu me coloquei na frente dele ao ver que meu pai iria se aproximar. — Calma, Theo, não vou o machucar, pelo menos não agora. Só quero deixar ele à par do quão tóxico você é.

— Não fala assim dele! — Liam gritou, me fazendo olhar pra ele. Coloquei as mãos em seu ombro, o empurrando em direção a porta.

— Tem que ir embora. Agora! — Falei, agoniado. Uma lágrima escorreu por minha bochecha, e eu pude ver ele negar com a cabeça. — Liam, por favor, me obedeça só dessa vez...

Meu pai me puxou pelo cabelo, jogando-me no chão e rindo. Liam ameaçou se aproximar, mas meu pai tirou uma arma do bolso, apontando pra ele. Arregalei os olhos, negando com a cabeça, encarando o garoto, assustado.

— Ninguém vai a lugar nenhum. Você tem que ouvir o quão ele é um inútil, rapaz. — Meu pai colocou a mão em volta de meu pescoço, apertando o mesmo, me fazendo segurar em seu pulso, sem respirar direito. — Ele quase matou a mãe dele no parto. Eu perdi minha mulher por causa dele. Se soubesse o quão idiota e inútil esse garoto é, não ficaria próximo dele. E agora eu vou fazer o que deveria ter feito com ele assim que nasceu. Se você for esperto, vai cair fora. Você sabe o que é melhor.

— Eu sei que você é um pai escroto que não sabe assumir um filho e tratá-lo com carinho! Theo amava vocês dois, e tudo que soube foi odia-lo! Tudo que faz hoje, se virá contra você um dia. Eu nunca vou sair do lado dele, seu filho da puta. — Liam cuspiu as palavras, me fazendo ficar mais assustado ainda. Coragem pra me beijar não tem, agora pra enfrentar um cara armado, tem!?

— Liam, cala boca... — Sussurrei, com dificuldade. Meu pai soltou meu pescoço, se levantando. Ele estava olhando com raiva para Liam, indo em sua direção. Me levantei rapidamente, dando um soco em seu rosto e o chutando. Quando ele caiu no chão, fiquei por cima de si e o segurei pelo colarinho, irritado. — Você não tem o direito de vir na minha casa como se fosse um pai presente, e muito menos ameaçar o meu garoto. É melhor você correr daqui antes que eu chame a polícia.

— Eu avisei, Theo. Disse que tiraria de você tudo que ama e te faz bem. — Ele atirou duas vezes, e eu tremi. Fiquei com medo de olhar. Mas eu precisava... 

Quando eu olhei, desejei que Liam nunca tivesse me conhecido. Meu pai me jogou pra longe e saiu correndo do apartamento. Eu fiquei uns segundos estático, enquanto encarava aquilo. Peguei meu celular e liguei pra ambulância, mas demorariam pra chegar, pois tinha um engarrafamento aqui perto. Fui até Liam, pressionando os lugares onde as balas pegaram, enquanto chorava baixinho.

— Liam, fica acordado, por favor... não fecha os olhos. — Falei, segurando em seu rosto, acariciando sua bochecha, vendo ele respirar de forma fraca. Neguei com a cabeça, chorando ainda mais. — Olha pra mim, porra! Você vive me encarando, faça isso agora!

Eu estava desesperado. Meu coração doía tanto, e nem foi eu quem levei os tiros. Peguei ele no colo, grunhindo baixinho. Depois de descer pelo elevador, comecei a correr pelas ruas. Não poderia esperar o engarrafamento com meu carro, senão ele morreria. Se ele morrer, eu morro junto. Liam é tudo o que me resta.

— Theo, a culpa... não é sua... — Sussurrou, com um pouco de sangue escorrendo pela sua boca. Isso não é nada bom. Quando finalmente chegamos, e eu gritei por ajuda. Rapidamente o socorreram, e eu fiquei andando de um lado pro outro, sentindo Melissa me segurar.

— Se acalma. — Ela falou, me abraçando, não se importando com o tanto de sangue que tinha em mim. — Na época que Scott ainda estava no colégio, vocês se odiavam. O que houve?

— Melissa, me desculpa, mas não tô com cabeça pra isso. Ele tá bem? Algum órgãos foi perfurado? Se sim, eu posso doar, não estou nem aí se for letal. Ele não pode... não pode... — Digo, me sentando, ainda chorando de forma desesperada. Meu peito subia e descia rapidamente, Melissa me perguntava se eu estava bem, mas minha visão estava turva.

— Theo, tem que se acalmar! Olha pra mim! — Ela segurou meu rosto, enquanto eu ainda respirava ofegante. Tentava prender a mesma pro meu ataque de pânico parar, mas não conseguia. — O Liam vai ficar bem, ele é um menino forte, ok? Se você não se acalmar, irá ser mais problema ainda.

Assenti, fechando os olhos, tentando pensar nos nossos momentos bons; desde ele sorrindo pra mim, até minhas provocações. Com o passar dos minutos, eu fui me acalmando.

Horas depois, quando a cirurgia finalmente acabou, Melissa veio até mim, com um sorriso fraco. Assentiu e eu caí de joelhos, chorando de alívio e agradecendo aos deuses por isso. Se eu o perdesse, não sei o que faria.

Afinal, a culpa é toda minha. Se Dunbar não tivesse me conhecido, se eu não tivesse feito ele me odiar... nada disso teria acontecido. Ele seria feliz com Hayden hoje em dia, não passaria por todas as crises de raiva que já teve. Provavelmente teria algumas, mas não seria tão grave. Não teria sido baleado por minha causa.

— Por que eu existo? — Sussurrei. É notório que eu prejudico a todos. Estou disposto a deixar de ser egoísta, e pensar um pouco nele. Eu sei o que devo fazer por ele, apenas preciso me despedir.