Casino

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Quando acordo estou sentada numa cadeira com as mãos e as pernas presas com cordas. A minha boca está tapada com fita cola e apenas consigo ouvir e ver onde estou. Não reconheço o lugar onde me encontro mas deve ser algum tipo de cave. 

Remexo-me um pouco mas todas as minhas tentativas de me soltar foram em vão. Para que é que andei eu tanto tempo a ver vídeos de como te soltares se te prenderem os pulsos com fita cola se da vez que sou raptada me prendem com cortas? 

Tenho fome, vontade de ir ao wc e gostava de saber que horas é que são. Não há janelas e a única luz é fornecida por uma lâmpada junto à porta. 

De repente a porta abre-se e entram dois homens que eu não reconheci.

"Então a bela adormecida, já acordou!"- um deles aproxima-se de mim. Este era loiro e fazia-me lembrar um ator que entrou no filme dos Mercenários, mas, no filme eu gostava do loiro, aqui nem por isso...

Com a sua mão ele arranca a fita cola da minha cara num movimento único. Autch! Obrigadinha, amigo! Já nem tenho de fazer o buço... Podias ser um pouco mais gentil para a próxima?

"Diz-nos onde é que o teu namoradinho tem o dinheiro da nossa coca!"- ele pergunta-me.

"Namoradinho?"- pergunto, confusa.

"O Lorenzo! Andaste com ele na noite passada, foram até lá dentro... Ele mostrou-te o cofre? Onde era?"

"O que? Eu não vi nada! Conheci-o ontem!"- respondo mas ele dá-me um estalo.

"Pensas que enganas quem?"

"É verdade! Eu sou uma simples educadora de infância! Mudei-me ontem para Las Vegas... Eu não sei em que esquemas é que o Lorenzo está metido... Nem sequer o conheço!"

"Então costumas enrolar-te com todos os homens que não conheces?"- ele pergunta.

Oh não... Ele deve ter visto aquele beijo que nós trocamos. Merda! Que belas ideias que tu tens, Jessica.

"Não..."- digo, cabisbaixa.

"Se calhar gostavas de partilhar o mesmo tipo de amor connosco, não? "- ele sorri e mostra os seus dentes amarelos.

O outro homem, que tinha ficado encostado à porta, riu-se. Oh não... Tenho de sair daqui o mais rápido possível.

O loiro espeta-me um soco no estômago e eu grito com dores.

"És uma grande cabra! Pensas que nos enganas ou que? Ninguém se aproxima do Lorenzo sem a sua permissão. Estás a tentar dizer que o conheceste ontem e conseguiste beijá-lo? És inocente? Raptamos a pessoa errada, queres ver?"- ele grita.

"Sim! Por favor, deixem-me sair! Eu prometo que não conto a ninguém o que se passou aqui!"- tento.

Desta vez quem se aproxima é o outro homem que era moreno. Juntamente com o loiro começam a dar-me pontapés no estômago e a puxar-me o cabelo. Sentia as maiores dores que já senti na vida e as lágrimas não paravam de escorrer no meu rosto.

"Tu só sais daqui quando o teu namoradinho nos der o dinheiro que nos deve, sua grande puta!"- o moreno grita e cospe para cima de mim.

Eu mal os vejo porque sinto a visão turva do soco que o loiro me deu na cabeça depois do moreno gritar.

"Por favor..."- digo sem forças e eles acabam por me tapar a boca novamente com fita cola.

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Eles voltam passado algum tempo e voltam a descolar a fita cola com brutalidade.

"Já estás mais faladora desta vez?"- pergunta o moreno desta vez, sendo o primeiro a abordar-me.