Joker ♠

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Lorenzo POV

Entro na cave do armazém e vou até à sala onde sei que ele está à minha espera. 

Abro a porta e encontro-o como disse aos meus empregados para o colocarem. 

"Lorenzo! Lorenzo! Tens de me soltar.... Eles prenderam-me aqui!"- ele grita mexendo-se e  tentando libertar-se mas sem sucesso. 

"Porque faria eu isso se fui eu que dei a ordem de te colocarem assim?"- digo dirigindo-me até à mesa onde tinha o material que ia necessitar. 

"Isto é um erro! Apanharam o homem errado!"- grita ele. 

"Ai foi? Então não foste tu que matas-te a mãe do meu filho e tentas-te matar-me colocando gás na minha casa?"

"Não! Lorenzo, tu conheces-me! Crescemos praticamente juntos! Sabes que eu nunca faria isso!"- ele volta a remexer-se contra as correntes. 

Ele estava acorrentado ao teto, peso apenas pelos membros superiores. Estava apenas com calças, e os seus pés estavam também presos a ferros que saíam do chão. 

"Na verdade não te conheço, Ralphie! Não sei quem és desde que tinha 16 anos que foi a última vez que te vi, quando decidiste atacar o teu pai na festa de aniversário dele."- digo parado em frente a ele.

"Isso está no passado, Lorenzo!"

"Não me parece que esteja assim tanto no passo se foi o teu próprio pai que me disse que suspeitava que tu fosses  o homem de quem eu andava à procura."

"O meu pai não sabe do que está a falar... Ele elouqueceu há anos e ninguém fez nada para o contrariar..."

"Sabes, o Dante parece-me muito bem, assim como a tua mãe, a Antonella! Vi-os há uns meses nas bodas de casamento deles e estavam ótimos... Estranhei não apareceres e fazeres uma das tuas cenas, mas depois de alguma pesquisa, descobri que tu estavas lá sim... Estavas lá a vigiar toda a gente disfarçado de empregado!"

"Isso é uma loucura!"

"Deixa-te de desculpas, Ralphie e assume os teus erros... Eu não te vou soltar de qualquer das maneiras...."- digo e viro-me pegando no ferro que já estava em brasa. 

"Não! O que estás a fazer? Não!"- ele grita e eu toco levemente com o ferro no seu tronco. 

"Tenho a dizer-te que o ferro é a arma mais suave que tenho aqui e pretendo usar todas elas até que te irei matar, a não ser que poupes tempo a ambos e admitas os verdadeiros motivos por teres feito o que fizeste!"- digo brincando com o ferro e passando-o pela sua pele. 

"És louco! Tu e os meus pais! Como é que eles podiam pensar que a empresa devia ser vendida a um criminoso como tu?"- ele grita. 

"Ah! Aqui está o motivo... Foi isso? O facto de que os teus pais me iam vender a empresa deles e tu não ias herdar nada quando eles morressem?"

"Tu és um criminoso! Todo o sucesso do teu Casino e dos restaurantes e hoteis é só uma fachada para encobrir todos os esquemas ilegais em que estás metido..."

"Estás a recitar o meu currículo? É que eu já sei isso e não me engano a mim próprio pensando que ainda há salvação para a minha alma. Tu é que te andas a enganar a ti próprio a chamar-me criminoso quando tu fizeste coisas tão más ou piores que eu!"

"Não tens provas de nada!"

"Por acaso até tenho! Matas-te  uma mulher chamada Lindsay Baker depois de a enganares e atraíres para vir a uma convenção nos Estados Unidos, tentaste explodir com um dos meus hoteís, usaste gás na minha casa e mais recentemente tentaste matar a Jessica!"- grito pressionando o ferro com força na zona do coração. 

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