32- Quinhentas Libras.

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"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida."

Platão.


Talvez os sonhos sejam um dos atalhos da vida, aqueles espaços mágicos onde somos transportados para momentos que jamais viveríamos na realidade.

Essa noite, eu sonhei...

Sonhei que estava sentada em uma cadeira de balanço, imersa em uma paz tranquila, enquanto alguém, com mãos firmes e suaves, me balançava lentamente. Estávamos em um jardim deslumbrante, onde as flores dançavam ao vento e as gargalhadas de crianças preenchiam o ar, como uma melodia suave que aquecia a alma.

Então, a pessoa que balançava a cadeira parou. Uma mão se depositou suavemente sobre meu ombro esquerdo. Era uma mão enrugada, marcada pelo tempo, com uma aliança dourada refletindo a luz suave do entardecer. A visão daquele toque fez meu coração bater mais rápido, e, instintivamente, levantei minha própria mão para afastar a mão que me tocava. Mas, ao olhá-la, percebi que minha pele também estava envelhecida. O tempo, ali, não tinha pressa.

Nicholas estava atrás de mim. O rosto que eu reconhecia em cada linha, em cada ruga, era o mesmo, mas agora compartilhado com o meu próprio envelhecimento. Havíamos envelhecido lado a lado, e juntos, observávamos nossos netos correndo pelo jardim florido que ele, com tanto amor, havia preparado para nós. A visão era serena, e naquele momento, não havia mais dor, nem dúvidas.

Uma lágrima solitária desceu pela minha face, e eu soube, naquele instante, que eu poderia morrer ali, naquele jardim, com aquele sorriso nos lábios. Eu teria a paz que sempre busquei.

Mas, como tudo que é bom, esse sonho não durou. Quando despertei, a realidade me envolveu como um manto pesado, e a visão que eu tinha acabado de viver se desfez, se tornando apenas mais um dos muitos sonhos que eu havia tido — mas esse... esse tinha sido diferente. Tinha sido perfeito.

Ainda com os olhos fechados, pude sentir o calor do seu corpo colado ao meu. Seus braços me envolviam com uma ternura inesperada, como se quisesse me proteger do mundo ao nosso redor. O contato era reconfortante, uma presença suave que trazia calma e segurança, como se nada mais importasse naquele momento além de estarmos ali, juntos, em silêncio.

E logo senti seu membro duro roçar em minha bunda, então resolvi provocá-lo, e comecei a rebolar, para atiça-lo.

Mesmo que não pudéssemos ficar juntos, eu iria aproveitar os momentos que a vida estava nos proporcionado.

Quanto mais eu me mexia, mais endurecia feito pedra, sorri internamente ao saber que minha provocação estava dando certo.

E em uma fração de segundos Nicholas me puxou com brutalidade pela cintura deixando nossos corpos grudados.

Nossa! Nicholas estava diferente, geralmente ele era mais carinhoso.

Ele afastou os cabelos que cobriam meu pescoço e começou a depositar beijos molhados e imediatamente meu corpo se acendeu me fazendo soltar um gemido involuntário.

Era como se ele quisesse me devorar, a maneira que ele me apertava contra ele de um modo extremamente possessivo.

Era deliciosamente excitante aquela sensação que eu não me permitia abrir os olhos, pois eu não queria estragar aquele sonho maravilhoso.

Então colocou uma de suas mãos embaixo de minha roupa, precisamente em minha barriga e começou a acariciá-la, rebolei em seu membro outra vez, gemendo, e logo ele fez uma trilha de beijos, e logo começou a dar mordidinhas de leve.

REALIDADE PARALELAOnde histórias criam vida. Descubra agora