Spin-off: A Pessoa Certa

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[Nota da Autora: Essa fanfic foi escrita inspirada na música acima. Ela não será tocada/citada no spin-off, mas se quiserem ouvir, estejam à vontade.]


- Você realmente não se importa? – perguntei preocupado e Cat deu de ombros, sem parar de comer a torta que estava no prato em suas mãos.

- Eu nunca tive esse sonho, sabe? De ter que casar dentro de uma igreja e celebrado por um líder religioso. – voltou a dar de ombros quando respondeu. – E eu achei que seu casamento tinha sido escondido em Las Vegas.

- Não. – dei uma risada. – Casamos em uma igreja bem pequena em Memmingen, então foi religioso.

- Eu não ligo. – Cat deu de ombros. – Podemos fazer algo ao ar livre, amor, ou sei lá, num salão bem bonito.

- Tudo bem. – respondi e coloquei a mão sobre a barriga, ainda pequena, de Cat.

Escolhemos não saber o sexo do bebê até o nascimento, mesmo que tenhamos palpites sobre: eu tenho total e absoluta certeza de que é uma menina, mas Cat, em alguns dias pensa que é menino e em outros que é menina.

- Já escolheu quando?

- Estou mentalmente pensando em alguns detalhes, porque ai posso decidir tudo. E na lista de convidados. Acho que poderia ser na primeira semana de março, o que acha?

- Acho ótimo, mas está bem em cima...

- Amor, somos famosos, as coisas tendem a ser muito fáceis pra gente. Então vou terminar de comer e começaremos nossa lista de convidados, madrinhas e padrinhos e decidir algumas outras coisas.

- Tudo bem. Eu acho que vou chamar Hugo e Bastian pra serem meus padrinhos. Niall, claro, porque ele é importante pra você, Ian, Harry e Shawn, também Mario e Thomas. E Davi.

- Você é o amor da minha vida inteira mesmo. – respondeu, dando um sorriso sem mostrar os dentes.


Cat continuou comendo por um tempo e depois sentamos com um bloco de papel – que não faço ideia de onde ela tirou! – e começamos a anotar os convidados. Uma cerimônia bem íntima e restrita, mas ainda sim muitas pessoas, e separamos padrinhos, madrinhas e nas disposições do salão, que envolveria dois ambientes: um para o casamento e outro para a recepção.

A mente de Cat funcionava rápido, tinha as ideias bem resolvidas e eu apenas concordava, porque as ideias eram realmente boas. Começaríamos a resolver tudo oficialmente na segunda-feira, até uma casa nova – mesmo que ainda não seja nossa maior preocupação, já que somos apenas três no momento – e ela ainda teria que convidar as madrinhas e resolver tudo depois de uma entrevista de rádio que teria em Munique.

Depois de um tempo, fui correr com Petros e ela ficou em casa, passei quase uma hora e meia fora de casa e quando voltei, encontrei Cat fazendo cara feia pra tela do celular e escrevendo alguma coisa.


- Aconteceu algo? – perguntei me aproximando e ela negou com um aceno de cabeça, mas não respondeu e nem desviou o olhar do celular. – Vou tomar banho, qualquer coisa é só me chamar.


Cat não respondeu, claro, então apenas tomei banho e a deixei na sala com Petros, que não demorou a se empoleirar no sofá e deitar com a cabeça sobre a barriga dela e os dois ficaram por lá. O banho foi rápido e quando voltei, ela ainda estava com o celular na orelha, conversando com alguém em inglês.

As poucas coisas que eu entendia de suas respostas davam a entender que ela estava brava com o que alguém tinha dito. Layla. O nome foi dito e só assim consegui identificar e entender o motivo da conversa ser em inglês. A conversa entre as duas durou mais uns dez minutos e logo que desligou, Cat fez a feição mais emburrada que podia. E a única coisa que consegui pensar era que queria muito que nossa filha faça a mesma cara quando estiver emburrada.

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