- Deixa que eu te ajudo...
- A tomar banho? - Como ele não respondeu, ela provocou: - Seu safado. - E saiu da cozinha.
Assim que chegou ao banheiro, Adri não pôde deixar de rir, ao encarar sua imagem refletida no espelho. Vlad chegou logo atrás dela. Ambos estavam completamente melecados de bolo. De repente, ele vê um pouco de glacê em seu pescoço e a segura pelo cabelo, limpando o glacê com a boca... Adri não resiste e o beija... Um beijo depressa, cheio de desejo.
Após ajudá-la a tirar a blusa, Vlad tirou a camiseta e tornou a beijá-la. Eles estavam em perfeita sintonia. Seus sentidos pareciam estar mais aguçados e a cada pegada de Vlad, Adri delirava. Eles já estavam só com as roupas íntimas, quando Vlad a rodou, deixando-a de costas para ele, apoiada na pia de mármore do banheiro e de frente para o espelho. Então sussurrou em seu ouvido:
- Eu quero você.
Adri virou-se novamente de frente para ele e sentou-se sobre a beirada da pia, entrelaçando as pernas em sua cintura. Inesperadamente, ele a segurou no colo e caminhou em direção ao chuveiro. Quando a água quente caiu sobre os dois, eles já estavam totalmente entregues um ao outro. O mundo poderia acabar naquele momento. Não se ouvia nada além de suspiros de desejos.
Quando Vlad a prensou na parede gelada, Adri soltou um gemido e passou as unhas propositalmente em suas costas, buscando revidar. Ele mordeu seu lábio inferior e ela resolveu quebrar o silêncio:
- Eu quero ser sua, Vladimir!
Ao ouvir tal declaração, Vlad não pensou duas vezes e a puxou com força contra o seu corpo. Os suspiros pareciam cada vez mais altos e a água que caía sobre eles não parecia abaixar o fogo que os consumia. Pelo contrário, a vontade aumentava cada vez mais. Aquele instante era só deles.
Devagar, Vlad e Adri foram se acalmando. Depois de tudo, Adri lembrou-se de que eles haviam sido interrompidos por um telefonema, mas não conseguia lembrar exatamente de quem era.
- Caramba, o telefone tocou aquela hora e eu nem me lembro quem era... Deixa eu ver... - Adri pegou o telefone da base sobre o criado-mudo.
"Oi mãe, é o Felipe. Eu recebi um convite para uma festa na casa de um amigo da faculdade, então vou passar em casa para pegar uma roupa, ok? Se você sair, não esqueça de deixar a chave, por favor."
Por um instante, ela ficou paralisada, imersa em seus pensamentos. Mas não demorou muito para Vlad aparecer e a tirar daquele transe:
- Amor, antes que eu me esqueça... No próximo fim de semana, eu vou ficar em casa para receber os meus pais. Você podia ir pra lá na sexta-feira já, para prepararmos juntos o nosso jantar.
- Vlad, antes do nosso "banho", o Felipe me ligou e deixou um recado na secretária eletrônica...
- E como você sabe que ele ligou, se nós estávamos ocupados e nem ao menos ouvimos o telefone tocar? – Chegando mais perto e segurando em sua cintura.
- VOCÊ não ouviu. Eu ouvi, mas nem me preocupei em atender. Eu estava fazendo uma coisa bem mais interessante, sabe? – Abraçando-o também e dando um beijinho nele. - Mas agora o senhor fique aqui, que eu vou lá limpar aquela bagunça antes que ele chegue.
- Mas eu posso te ajudar.
- Nada disso. Não quero que ele nos encontre nessa situação aqui. Ainda não. - Emendou quando ele fez menção de retrucar. - E saiu, em seguida, tomando o cuidado de fechar a porta do quarto.
Mas bastou Adri pisar no corredor em direção à sala, para perceber que a porta do quarto de Felipe estava escancarada. Ela tinha certeza de que aquela porta estava fechada antes. Afinal, o filho vinha desenvolvendo o péssimo hábito de manter o quarto trancado.
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Sonhos de uma noite de verão
Любовные романыSonhos de uma noite de verão é uma história bastante alternativa de Adriana Esteves e Vladimir Brichta. O título é baseado na obra de Shakespeare, porém os rumos dessa história são total e completamente diferentes. Adriana é professora de Dramaturgi...