29. Nós estamos conectados para sempre.

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Noah Urrea.

Ela não sabe as imensidões que sinto pelos seus olhos e corpo, me fazendo querer despir sua alma. Nada me faria triste nesse momento, eu consigo captar toda a felicidade que transita do meu corpo e vai de encontro ao dela, caído sob mim, tão entregue. Não é nenhum erro, é uma necessidade.

Consigo enxergar a cidade dos sonhos em suas bochechas ruborizadas, como se carregassem uma parte pequena e brilhante do sol junto do sorriso intenso que cresce quando eu quero que tudo dê certo.

Abandono os sapatos dos meus pés, num ritmo febril, como se nada mais, além daquele momento, importasse para mim... Para nós dois.

Sina é assim, incrivelmente bela e quente, feita para mim, e nada do que eu sinto por ela é em vão. Ela me deixa cair, mas me segura. Preciso de seu cheiro bom. Não se trata de um perfume de marca. É o que corre por sua pele banhada pelo sol, que nem mesmo um afago seria melhor.

Quando abro os olhos, esqueço de comandar meu corpo. Agora, ela já está íntima. Abaixa a própria manga do vestido e me deixa admirar o brilho que escapa de sua pele, seguindo às somas da parte. Eu digo que sempre me lembrarei dela com um vestido rosado e batom vermelho, além das bochechas inchadas, corando para mim. Ela me tem. Não sabe o poder que exerce sobre mim.

— Você tem certeza?

Basta um pensamento que tudo se aprofunda por inteiro.

— Eu tenho. — diz, bem baixinho, como se fôssemos os donos do mundo. Do nosso mundo.

E eu fico parado, olhando para ela e sentindo o fogo que Sina começou em mim... Como se o silêncio dissesse tudo. Levanto minhas demandas e um sorriso bobo aparece de dentro para fora.

Não estou fingindo nada. Ela é tudo que mais quero conhecer e tocar. Meus dedos deslizam com cuidado pelos cabelos, descendo até o pescoço. Está tão quente quanto a brasa de ansiedade que cresce dentro de mim. Não se trata de uma fantasia. Quando eu fechos os olhos, vejo ela. E eu nunca tento remover isso. Meu coração queima em um transe inteiro.

Prendo a respiração e começo a beijá-la. O gosto de champanhe ainda delicado em seu paladar, caindo até os lábios. Eu tremo. As ondas do mar por trás da sacada, ainda intensas, me faz gotejar como uma pia transbordando. Eu poderia lutar contra isso, mas quero segurá-la em meus dedos com calma, passando as mãos por trás das costas para encontrar o zíper do vestido. Ele desce num barulho engraçado e um "zup".

Eu esqueço toda a dor que já me causaram. E nada disso me queima mais do que o que sinto pela Sina.

Ela está se despindo, sentindo o calor da noite golpear seu corpo ainda em meus braços. É estranho olhar para o tempo e não notar nada a fim de me deter.

— Noah... — ela sussurra. Meu coração gela, quase saltando do peito — Eu estou com medo de você não me achar tão bonita quanto as outras.

Aí eu tento espantar a carinha chateada que ela faz. Meu dedos passa pelas bochechas de Sina e seguem até os lábios tão vermelhos quanto uma cereja mordida. Tudo em si treme por mim, eu posso ouvir as batidas rápidas e medonhas que seu coração dá, à espera de uma reação que demora chegar. Eu fico congelado, olhando para ela, para o fundo de sua alma.

Ela é mesmo a coisa mais linda desse mundo. Essa é a única certeza que tenho além daquela de que um dia jamais amei alguém como eu a amo.

Genesis - NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora