Eu não queria que aquela conversa terminasse daquele jeito novamente, não queria de verdade, se fosse a 6 anos atrás provavelmente eu estaria pulando ou mesmo soltando de alegria pois ia ler meus livros em paz finalmente mas... não sinto isso, de jeito nenhum, sinto um peso muito grande, queria que as coisas voltassem ao normal, mais agora não... estou triste, muito triste pelo fato de Jack ter dito aquilo bem na minha cara, não era muito reconfortante ouvir aquilo pois, por uma parte aquilo era verdade, mas eu não sou mais uma criança que adorava ler livros de romance e que desejava que seu único primo saísse de sua vista. Aquilo estavghgva me atordoando desde a vinda para casa, nós chegamos em casa calados e mais uma vez minha tia havia me perguntado que tinha acontecido, e eu como sempre minto dizendo que estava tudo bem, mas sei que minha tia sabe e sempre soube que não estava nada bem.
- Anne, o detetive Carl quer conversar com você. - minha tia levanta retirando o seu prato da mesa e indo por na pia.
Balanço a cabeça em sinal de afirmação e faço o mesmo indo lavar o meu prato. Escuto minha tia chamar Jack para uma conversa, eu não gostava quando minha tia fazia isso, queria resolver meus problemas sozinha - coisa que nem sempre dava certo - mas eu precisava; e além do mais eu e Jackson precisamos resolver nossas diferenças, ele tinha que saber que fiquei a noite acordada esperando ele chegar e preocupada e que eu não era mais uma criança de 10 anos que queria que ele se afastasse de mim para ler meus livros de romance; mas depois do que ele disse hoje mais cedo só me convenci mais de que eu e ele nunca seremos aqueles primos "perfeitos". Estava tão confiante de falar com ele hoje mais cedo, de falar tudo que penso a respeito dele agora e não os mesmos pensamentos de seis anos atrás, e sim de uma menina madura que quer resolver suas diferenças com o primo e talvez se tornar os primos perfeitos, mas, depois de hoje mais cedo minha coragem foi em vão; então até que é melhor minha tia falar com ele, pode ser que talvez ele pelo menos volte a me dar um bom dia menos seco, ou pelo menos tirar uma dúvida comigo na aula, todas as horas que eu olho para ele, ele está com um semblante confuso, eu sei, escola nova, tudo novo, mas o orgulho dele fala mais alto - sempre fala mais alto - mais eu me acostumei com o orgulho dele mesmo o vendo quase nada.
já eram 15:15 era hora de ir até o detetive para saber o que era a tal conversa que vamos ter. Mesmo o detetive fazendo perguntas sem pé e sem cabeça, ele era um detetive, e é isso que os detetives fazem - eu acho - mas mesmo assim estava esperançosa , poderia ser uma notícia de que ele provavelmente possa ter descoberto quem é o assassino. Chego na sala dele e bato três vezes e escuto um "entra!" e assim faço.
- Boa tarde, senhorita Anne Louise. - vejo o sorriso que se formol em seus lábios, e sento em uma cadeira a sua frente, na mesma em que todos naquele dia foram interrogados, até mesmo eu.
- Bem... para que o senhor Carl me chamou ? - olho para o mais velho mexendo em um cubo mágico; que parecia ser extremamente divertido para o mesmo
- Como você sabe, estou no caso de descobrir quem foi que matou sua amiga. - reviro os olhos esperando uma conversa em que ele não esteja se alto bajulando - Então, como ela era sua melhor amiga, acho que você tem que ficar sabendo mais das situações que estamos a passar esses últimos dias.
- Então, você quer dizer que eu vou estar sendo atualizada de tudo? - olhei para o detetive Carl animadamente esperando um sim para minha pergunta. Então o vejo balançar a cabeça dizendo um sim.
Aquele "sim" melhorou meu dia de qualquer forma, sei que é esquisito eu querer saber sobre o assassino da minha amiga; mas acho melhor, assim quando eu souber de algo eu fico mais tranquila. Pelo menos o detetive Carl desistiu de me interrogar e partir para outra, assim fica mais fácil de esconder sobre o que aconteceu na cafeteria Etams. Mas agora o que eu tenho que me preocupar é com Jack, não quero ficar de mal com ele, sei que ele seria a última pessoa que eu quisesse isso mas, isso seria a uns seis anos atrás. Estava saindo da delegacia e encontro Maggie, esse dia já estava começando a me incomodar. Primeiro Jack e agora... Maggie! Tento andar mais rápido para não ser vista por ela e nem poder escutar ela me chamando para ter a desculpa que não a escutei mas foi em vão - sempre é -
VOCÊ ESTÁ LENDO
The truth behind the smile
Mystery / ThrillerAnne Louise Brooks perdeu a mãe e o seu pai lhe deixou, ela só tem a tia Sarah Brooks e tinha a melhor e única amiga Britney Morgan Jones. Mas em um dia Britney foi assassinada e em meio a esse tempo Anne vai descobrindo a verdade atrás do sorriso d...