The truth behind the smile

Capítulo 9🤞

"Não tenha medo, tudo vai melhorar com um simples ato. Chore, grite e desabafe."

coraline_virtual

Eu não cria que iria finalmente, depois de tantas esperas, vou conhece-lo, finalmente. Desde a mensagem, fiquei curiosa para saber quem era esse tal de X mas agora finalmente vou saber quem ele é, ou o que realmente ele quer. Hoje já apareceu duas notícias que me veio, são do meu agrado; agora só falta Jack voltar a falar comigo e pronto! O que eu ainda não entendo é por que  X saberia sobre Maggie e Charlee. Mas amanhã é o dia de fazer todas as perguntas e talvez obter todas as respostas, e era o que eu mais desejava e almejava naquele momento era saber toda as verdades e tirar esse peso de mim.  Eu queria contar para detetive Carl sobre o número anonimo que me manda mensagens e que se denominava ser X, mas eu não poderia fazer esse desfecho, se eu contasse toda a verdade, ele não iria querer me encontrar ou, talvez me sequestrar; aquele cara parecia um ser onisciente, que sabe de tudo, ele até sabia que horário eu saia de meu expediente, então cheguei em uma conclusão, que talvez ele poderia estar me espionando, ou aquele era um chute no horário - ou talvez não - que era a opção mais viável naquele momento, que ele me observava. Tomei um susto quando ouvi passos vindo em minha direção que me tirou do transe em que estava. Estava tirando conclusões precipitadas e aquilo já estava a me deixar com medo. Olhei para o meu lado e vi quem eu menos - mais - esperava em ver... Jack, aquele garoto parecia mesmo que não iria sair do quarto - mas finalmente saiu - Eu precisava disfarçar bem, Jack me conhecia melhor do que ninguém; mas talvez ele nem vai perceber, ele está muito irritado comigo. Quando eu estava me levantando da cadeira, ouvi o som de sua voz soar sobre a cozinha. 

- O que é que você fez? - Paro na mesma posição que estava quando iria me levantar, arregalo os olhos por alguns minutos ouvindo o silencio naquela cozinha. Alguns minutos se passam, me recomponho e falo. 

- Nada. - Aquilo, talvez pode ter irritado Jack, dei uma resposta curta e rápida, mas não me importava. O mesmo ainda continuava em pé e enchendo sua garrafa de água. 

- Mentira. - Arregalei mais os meus olhos - Sua perna está mexendo de mais - Eu tenho vários sinais de que mentia, um deles era esse. Me recomponho mais uma vez e me viro. 

- Não, não estou mentindo. - Novamente, curta e rápida, aquilo realmente estava a ser não suportante para Jack. 

- Mentindo novamente... - escuto uma risada irônica vindo do mais alto - Por que você sempre mente? - Vejo ele virar-se e olhar para mim fixamente, e com um semblante sério. Meus olhos se em enchem de lágrimas. 

Fico decepcionada comigo mesma pelo comentário de Jackson; mas aquilo era um fato... um fato que jamais poderá ser negado - infelizmente - Eu não queria falar para ele que era verdade e muito menos chorar, eu odeio chorar, isso me torna mais fraca do que já sou; e mostrar mais fraqueza... não era para mim. Mas aquilo já estava a me machucar, sei que era um fato, mas não precisava ele falar com aquele tom e ainda mais não ter nenhuma emoção em seu rosto. Realmente, ele tinha mudado, e não sei se pra melhor ou pra pior. Nós nos encaramos por alguns minutos então ele quebra o silencio constrangedor.

- Tá, desculpa; eu vou subir. - Ele fala olhando para a garrafa que estava em sua mão quase cheia. 

- Por... por que você disse que eu sempre minto? - Eu sinto ele parar ao meu lado, e eu ainda olhando para frente. Escuto um suspiro vindo dele e ele voltando seus passos e olhando novamente para mim. 

- Você mente sim. Todo esse tempo você mentiu, todos nós perguntávamos se você estava bem, e você dizia que sim... Mas eu sei que não. E agora você tá mentindo de novo. - Seu olhar era de dar medo. Era tão ruim, pois Jack, mesmo nós não convivendo juntos, ele me conhecia muito bem - e bem até de mais - que não dava para esconder nada dele.

- Sim... por que você melhor do que ninguém devia saber que eu não gosto de perturbar ninguém com as minha paranoias, que eu não gosto que aumentem a voz para mim, e também que parem de falar comigo e esfregar na minha cara mesmo eu querendo isso a anos, mais saiba que eu era apenas uma criança de 10 anos! - Várias lágrimas escorrem sobre meu rosto sem minha permissão. Iria secá-las mas Jack pega meu pulso me impedindo de secar minhas lágrimas, não estava entendendo sua ação, ele sabia que eu odiava chorar na frente das pessoas. 

Ele me olha com um olhar diferente, meus olhos estavam presos sobre os deles, não conseguia parar de olhá-lo. Sem nenhuma hesitação ele me puxa para o seus braços, me dando um abraço acolhedor e quente... aquele era o momento que nunca queria que acabasse ou nunca mais saísse da minha mente. Aquele abraço mudou o meu dia para melhor, e ter desabafado também. Jack parecia também sentir o mesmo. Ele aperta mais o nosso abraço, e assim como todos dizem, me derramei em lágrimas sobre seus braços. Sentir aquele conforto e o calor no seu abraço era muito bom, era como você estar apreciando um quadro lindo e reparar em todos os seus traços e suas linhas e apreciar atenciosamente e guardar na sua mente. E isso estava acontecendo, estava guardando cada momento e cada detalhe naquele momento. Em meio ao choro crio coragem para perguntar. 

- Por... que você fez aquilo? - Enxugo as lágrimas e saio do seu abraço, por mais que eu não queria.

- Você nunca chorou na minha frente. Esse era o momento de te consolar. Eu queria que você me dissesse o que estava acontecendo, queria que você me dissesse que estava com vontade de chorar, de desabafar, queria que me dissesse sem eu perguntar. E chorar não faz ninguém fraco, faz com que nos sintamos melhor e para as pessoas saberem que está doendo. - Aquelas palavras de Jack me reconfortaram tanto, que não tinha palavras; só o abracei novamente. 

Por um momento esqueci da mensagem, na verdade nem queria lembrar. Não iria tocar naquele assunto, aquele momento era único, nenhum de nós dois saberíamos se ia acontecer novamente, então tínhamos que aproveitar ao máximo. E também Jack iria dizer que era perigoso ir sozinha ou que iria comigo. De verdade... não queria estragar o momento. Nos separamos do abraço e ele solta um sorriso.

- Nunca pensei que nós teríamos esse momento - Dou uma gargalhada divertida ainda enxugando as lágrimas.

Depois de muitas conversas e risadas baixas nós fomos dormir para irmos para a escola amanhã. Estava tão feliz que nós estávamos de bem, e que agora ele estava me dando boa noite ou bom dia, aquilo era tão bom. Não tinha entendido o que Jack tinha feito, sobre me abraçar de repente, ele mesmo sempre querendo conversar comigo, nunca o vi com tais atos. Mas aquilo não estava me preocupando, afinal estamos bem, e além do mais, aquele dia estava diferente. Queria que Bree tivesse aqui para ver eu e Jack nos abraçando e falando coisas que nem imaginávamos. Britney sempre vazia com que eu falasse com Jack, mas eu nunca dava importância, mas agora eu entendo o motivo. Britney odiava ver as pessoas  de mau-humor ou que parasse de falar com alguém, ela mesma ia la e convencia qualquer pessoa que seja a ter um belo dia, e aquilo era o que eu mais adorava nela, todo aquele carisma. Britney, depois de Deus, abençoava meus maus dias, sempre tirando um sorriso de orelha a orelha de qualquer um, principalmente de mim. Era da amizade dela que eu necessitava e almejava naquele momento de grande dor na minha vida. E agora de quem eu necessitava neste momento era Jack, ela não está  mais aqui e sei que ela está em um lugar melhor, mesmo eu não gostando dela ter ido. Então agora era Jack de quem eu precisava. Tenho minha tia, mas preciso de alguém que tenha a minha idade e já tenha passado isso na vida e que me ajude a superar, ou que tenha uma vida cheia de humor e que sempre arranca sorrisos de quem quer que seja. Jack perdeu a mãe, então só tinha o pai, tia Sarah e eu, mas então ganhou uma madrasta de presente, uma madrasta maravilhosa. Demorou séculos para que tio Tom arrumasse alguém que lhe fizesse feliz de verdade, e que não abusasse de seu querido filho, então, que bom que ele encontrou... Jack de primeira viajem não gostou de Marry, mas ela provou que seria uma mulher boa para o seu pai que deixaria um sorriso estampado na sua face todos os dias, e que nunca tomaria o lugar de sua mãe.