Sem limites - Krist&Singto(Em Hiatos)

Epílogo

24 de Agosto de 2008
Phayathai, Tailândia.
10:00 PM

Barulhos de talheres batendo no fundo do prato é a única coisa que se ouve naquele apartamento. De repente, em meio ao quase silêncio um telefone toca e os dois adultos sentados à mesa se entreolham. A mulher, se levanta e sai do comodo. Logo, sua voz é ouvida pelo marido e pelo o filho de 9 anos.

_Sim, eu estarei aí em 20 minutos. Sim senhor.- O telefone é colocado de volta no gancho, encerrando a ligação.

_Não é seu turno!- Sr. Songpotirat já se antecipa dizendo algo antes mesmo de sua mulher abrir a boca.

_Mas o caso é. Parece que encontraram algo. Eu preciso ir.- Sra. Songpotirat se abaixa e dá um beijo na testa de seu filho.- Coma logo para a mamãe te colocar na cama.

O garoto apenas balança a cabeça e volta a comer. Minutos depois, já está de pijamas e debaixo das cobertas pois sabe que se não se arrumar logo sua mãe não teria tempo de coloca-lo para dormir e o garotinho não gostava que sua mãe fosse trabalhar sem se despedir.

_Já está pronto meu girassol?- Sra. Songpotirat entra no quarto vestida com o seu uniforme, colete e revólver na cintura.

_Sim, meu sol!-O menino sorri ao ver a mãe se abaixar para pegar em sua mão.

_Eu te amo mais que tudo...- Sua mãe começa o mantra que eles recitavam todos os dias.

_Mais que tudo eu te amo...- O menino entrelaça seus dedos nos de sua mãe.

_Mesmo que chegue o fim do mundo...

_Vou te amar até o último segundo!

Com um sorriso e uma lágrima solitária que insistiu em cair de seus olhos, Sra. Songpotirat abraça o filho, o mantendo em seus braços por um tempo que para ela pareçeu uma eternidade.

_Boa noite meu girassol.- Com um beijo na testa, ela se despede do filho e vai em direção à porta.

_Boa noite mamãe!- O menininho se vira para o outro lado da cama, já bocejando.- Mamãe?

A mulher para ao lado da porta. Lágrimas já estavam caindo de seu rosto, ela sentia que algo estava por vir.

_Sim?- Sem se virar ela pergunta.

_Volta pra mim.- Um ronco suave é ouvido e se une ao som de um coração se partindo.

Não podemos prever o destino mas as vezes podemos sentir o fim chegar. E quando notamos ele vindo, não podemos fazer nada além de aceitar.