Tinha sido um dia extremamente cansativo no trabalho, aquele em que absolutamente tudo resolve sair do seu controle e fazer com que cada passo seja revisado milhões de vezes para ter certeza de que vai dar certo. O pior de tudo é ser a chefe, porque não é só com você que a preocupação é maior, e sim com todos os que a verão como exemplo. Nessas horas, dominar não era meu maior desejo, eu queria era ser dominada. Foi quando por habito passei os olhos de relance pelo relógio da parede do meu escritório, faltava pouco para que eu pudesse finalmente ir para casa e encontrar o alivio que estava a minha espera. Terminei de fazer o que era preciso, arrumei minhas coisas e sai me despedindo da equipe que por lá ainda ficara. Era uma noite muito fria em BradFord, fazia um frio tremendo nas ruas, um vento gelado sobrava por todos os lados, eu não ousei nem se quer querer saber a que temperatura as ruas estavam, eu apenas pensava em chegar em casa. Mesmo de botas, meia calça, sobretudo e touca, eu tremia de frio, sentia meu nariz gelar a cada inspiração, desejei ter braços a minha volta, calor humano, era do que eu precisava e isso me fez lembrar o que me aguardara em casa, eu sorri, imaginando o que Zayn poderia estar fazendo. Cheguei ao nosso apartamento e adentrei, fechando a porta rapidamente. O ar dentro do apartamento estava quente, reconfortante, aconchegante, respirei fundo, feliz por estar em casa.
– Zayn? – perguntei ao notar que ele não estava na sala assistindo, como de costume sempre que eu chegava, ou na cozinha. Tirei meu casaco e minha bolsa e os pendurei no cabide que havia no vão, ao lado da porta, andando em direção ao nosso quarto, tirei as botas e minha touca, as largando pelo caminho. Aproximando-me da porta, percebi o barulho do chuveiro ligado, ele estava no banho. – Zayn? – o chamei novamente.
– Amor, você demorou! – ele reclamou com voz de choro.
– Desculpa, dia cheio hoje, e com esse tempo as pessoas têm mais preguiça ainda de trabalhar! – zombei.
– Imagino, está muito frio lá fora? – eu o ouvi desligar o chuveiro e sair do boxe.
– Pior que está, quase congelei no caminho até aqui. – eu disse enquanto me livrava de partes da minha roupa de trabalho. Tirei a meia calça, a saia que usava, depois o blazer e os joguei próximo ao cesto de roupas que ficava no canto do quarto, fui em direção a minha penteadeira, tirei a presilha que prendia meu cabelo e o soltei, o bagunçando e me sentindo assim um pouco mais livre. Eu desabotoava a camisa, me preparando para ir tomar um banho quando Zayn abriu a porta do banheiro, saindo de lá vestido em seu roupão verde claro, fechado apenas pelo laço do cordão. Eu o observei vir em minha direção. Ele segurando uma toalha pequena, secava o cabelo ainda úmido do banho, ele mal se secara e já colocou o roupão, notei porque ainda lhe restavam gotas espalhadas pelo corpo. Chegando mais perto, ele pôs a toalha na cadeira ao lado da penteadeira, pôs uma mão de cada lado do meu corpo, as apoiando na penteadeira, me deixando assim entre seus braços.
– O meu banho estava bem quente, alias estou quente ainda – ele sorriu torto pra mim, depois mordendo os lábios, me olhando de cima a baixo – se quiser eu te esquento um pouco. – ele colou sua testa na minha, me olhou nos olhos e sustentou nosso olhar por um tempo, esperando uma reação minha. Arfei em resposta. Ele enlaçou minha cintura com um braço, com o outro, levou sua mão até minha blusa e a desabotoou, eu observei seus movimentos, me animado. Sua pele estava verdadeiramente quente, devido ao banho, e o toque dela sobre a minha pele fria, me causou arrepios em áreas, sensíveis, áreas bem sensíveis. Eu o ajudei a terminar de me despir, nós trocamos de posição, ele ficando encostado na penteadeira, comigo em sua frente. Ele me segurou com uma das mãos pela nuca, e com a outra em minha cintura, me trouxe para perto de si, e assim começamos um beijo. No inicio foi suave, ele ergue a mão que pairava sobre minha cintura até meu rosto, o acariciando, eu fechei os olhos e abri os lábios, o permitindo passagem. Ele depositou beijos em minhas bochechas, depois descendo até meu pescoço, sua boca por onde passava, deixava um rasto úmido e quente sobre a minha pele que estava fria devido ao tempo. Ele voltou a sua atenção a minha boca, entrelaçando agora suas mãos em meus cabelos. Ele me segurava firme, e seus beijos eram urgentes, intensos, quentes. Respondendo a seus beijos, passei minhas mãos por dentro de seu roupão, o arranho de leve, senti que ele se encolheu quando desci uma mão pelo roupão até ter seu membro em mãos. Ele gemeu entre meus lábios, e eu soltei uma risadinha de leve.