Running In The Night

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Oiieee! Então, voltamos com a fic pq eu quero fechar ela ♥

AVISO:  Ao longo desta fic existem alguns capítulos que terão cenas de violência. Sugiro cautela ao leitor antes de prosseguir com a leitura.

Ressaltando sempre, que sou contra a qualquer tipo de violência, apenas me utilizei da temática que condiz as atitudes de certas personagens! 

No mais agradeço, e boa leitura.

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Dois de outubro...

De fato, a noite estava fria, chuvosa. Aconchegante para uns, triste para outros.

Marinette havia se enrolado em uma jaqueta de pelica bege, saia marrom e botas nos pés. Se encontrava em um honda civic que chamara para ir ao encontro com Phillip, um colega de trabalho que estava conhecendo.

Não sabia ao certo o que pensar sobre aquele homem. Na verdade, dentro do seu coração, nada e nem ninguém era o certo, a não ser, Chat Noir.

O misterioso Chat Noir... a Sombra de Paris.

Era o herói nacional, mas ninguém o conhecia, pois realmente como uma sombra, um vulto, ele surgia nos lugares onde estavam acontecendo delitos, roubos, violência, resolvia tudo com sua força e destreza incomparáveis e sumia, regressando assim para escuridão na qual o camuflava.

Não sabia especificar quando, mas o fato é que se encontrava perdidamente apaixonada por ele, mesmo não tendo se quer conhecimento do seu nome.

Lógico que motivos não lhe faltavam, afinal de contas, mesmo por debaixo da mascara todos em Paris, na França, na Europa sabiam da incrível beleza que o herói possuía, ela não seria a única e haveria de ter outras mulheres apaixonadas também.

Por isso, era uma idiota.

Uma idiota apaixonada. Apaixonada e encantada por uma sombra negra que a consumia, entenebrando seu coração com paixão e desejo.

Eufórica, a fazendo correr atrás de qualquer coisa que contivesse o nome "Chat Noir" seja nas reportagens de jornais e fotos. Sim, ela deveria possuir para que pudesse ser dona, dona de ao menos um pouco daquele homem escondido pela mascara negra.

"Estou apaixonada por você Noir... quero te encontrar, quero conhecê-lo... saber muito mais do que os outros sabem, seu nome, sua verdadeira forma para que eu possa te amar por completo."

Sua alma clamava pela dele, tão ardilosamente, que seu coração doía.

Como se fosse o sol que atraía os planetas pela gravidade, a força na qual ele exercia somente por existir a puxava incondicionalmente.

Visto que qualquer outro olhar, qualquer outro homem não lhe enchia os olhos.

Phillip era encantador. Alto, moreno, com o sorriso tão claro como a aurora, mas se tratava apenas de mais uma bela imagem, uma voz bonita. Um outro qualquer.

O que teria com ele? Nada.

Se o acompanhasse para sua casa, fariam apenas sexo, onde depois, voltaria aos seus próprios aposentos, necessitada de calor, de paixão - suplicante por tudo isso de um único homem só, insubstituível.

Como era possível? Ele nunca a notaria, era mais uma mulher no meio da multidão zelada por seus olhos sempre atentos. Por que a encontraria no meio de tantos outros, tantas outras?

Quem sabe já não fosse um homem casado e até com filhos... Por Deus! Se confirmasse essa suspeita, iria definhar em dor por saber que nunca poderia lhe dar um beijo ou ser sua.

Um infortúnio no qual, sua vida já estava tomada por conta do amor fracassado.

Ao sair do restaurante, deixando Phillip com cara de poucos amigos para trás, deparou-se com Nathaniel saindo do seu Audi branco.

Uma pontada de frio cortante abalou sua estrutura no momento que viu o homem ruivo se aproximar, com os olhos verdes escuros cerrados e o maxilar trincado. Ele vinha direto na sua direção, já tinha ciência do que iria acontecer.

Um possível desastre.

- Saindo de novo pelas minhas costas não é Marinette?

- Nathaniel, fale baixo, estamos na frente de um restaurante. O que faz aqui?

As mandíbulas do mais alto vociferaram - Foda-se se estamos aqui, se eu arranjar algum problema, vai ser tudo culpa sua!!

- Minha??- os olhos azuis reluziram contra a luz em puro desgosto. - Eu não tenho mais nada com você! Quero saber o que faz aqui!! - insistiu, nervosa.

- O que eu faço aqui? - como resposta, ele riu cínico. - Eu vim atrás do que é meu.

- Seu?? Eu não acredito que ainda possa pensar assim de mim, eu já não te disse? Eu - não - tenho mais nada com você!!

- Ah é mesmo? - Nathaniel partiu para segurá-la no braço forçando que o olhasse nos olhos. - Eu to pouco me fudendo pra o que você acha, você é minha, eu te amo, não vou deixar você escapar!!

Nesse momento, o corpo da mestiça foi tomado por desespero.

Fazia muito tempo que Nathaniel vinha com ameaças, lhe dizendo que não permitiria que se apaixonasse por outro, ou se quer, se envolvesse com qualquer outra pessoa.

Através dos olhos dele, ela podia confirmar essa vontade e isso só fez com que seu coração se preenchesse por um impulso, a forçando dar um empurrão nele e correr na direção aposta pela rua. Desesperada, sem poder olhar para trás seguia em diante já podendo ouvir o barulho do carro vindo atrás de si.

Era tarde demais, ele a pegaria e a colocaria ali dentro, a levaria para o apartamento dele e sabe-se lá o que seria capaz de fazer.

Nathaniel era o verdadeiro lobo em pele de cordeiro. No começo do namoro era tão lindo, tão gentil, mas foi se demonstrando um monstro a partir do momento que colocou na sua cabeça que ela era sua. Não sua mulher, mas seu objeto, sua posse.

Não o deixaria tocar num fio de cabelo se quer da sua cabeça nem que para isso, tivesse que correr por toda Paris, lutar para preservar sua honra, seu coração, sua vontade. Mas suas pernas começaram a balançar, a falta se ar cortava seus lábios tornando-o rarefeito ao pulmão que doía por correr tanto.

Mesmo que seus olhos se mantivessem focados, sua visão aos poucos foi ficando turva e começou a fraquejar. Iria acabar caindo, sedendo com aquela pressão, aquele medo, merda! O carro já estava se aproximando...

"Eu não vou conseguir...!!!"

De repente, por sorte ou azar do destino, conseguiu virar uma rua onde se deparou com um beco sem saída. Olhou para os lados aflita buscando uma escada ou qualquer coisa.

Não havia nada!

- Parece que arranjou uma encrenca daquelas com aquele homem, não é minha dama?

Ao ouvir a voz grave atrás de si levou um susto. Quando se virou para ver quem era, seus olhos se depararam com a figura alta e negra de um homem parado na sua frente.

Os únicos pontos de luz que o diferenciavam de todo o ambiente escurecido eram seus cabelos loiros e lisos caídos pela testa, e os olhos incrivelmente verdes e vivos atrás da máscara.

Não pode lhe dizer nada pois toda a fala fora arrancada da garganta. Já a Sombra de Paris, com um sorriso ladino, a segurou pela cintura fazendo com que seus corpos se unissem em um só.

- Vamos embora antes que eu tenha que bater em alguém.

E assim, ele jogou o bastão negro contra o chão molhado do beco o expandindo para que levasse os dois até o alto do prédio, onde ajeitou a dama em apuros em seus braços fortes e correu pela noite com ela a salvo de qualquer perigo eminente.

Não sabendo tanto ele, quanto ela, que seria assim daquela madrugada em diante.

A Rosa Negra [MariChat]Onde histórias criam vida. Descubra agora