Could he be in love with me?

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Desculpa os erros!

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Marinette adormeceu ao lado da rosa em seu travesseiro, pensando que era Chat que lhe fazia companhia.

Mas aquilo, não era o bastante.

Não, não era. Nem de perto. Mesmo que fosse algo dado por ele, ainda sim, não era realmente o que desejava. Pois ansiava ter mais beijos, mais toques, mais presença... que ele viesse visitá-la das próximas vezes, vindo para ficar.

Encontrando-a novamente após o anoitecer, o abraçaria. Não queria nada além do que estivesse a sua frente, e através dos lábios dele, viajaria para tão longe, perdida no amor que sentia e que lhe daria a noite toda, até a aurora. 

Se apenas pudesse ter essa noite, mantê-lo preso por um instante em seus domínios, em seu corpo, o faria estremecer como homem, certificando-o de que nenhuma outra mulher seria capaz de fazê-lo se sentir assim, único, desejado.

Ah meu Deus, era errado almejar fazer amor com um homem no qual não sabia se quer o nome? Ser mulher dele??

Tarde demais.

Pensar se era errado ou não, já não fazia sentido! Porque já se encontrava muito apaixonada para poder resistir. Chat poderia lhe ver apenas como mais uma em sua cama. Sim, ele deveria ter várias e como o galante herói que deveria se apossar, mantendo a sua imagem de "mocinho" diante de todos e de todas, aquele momento no qual permitiu ser beijado por ela em "agradecimento" só fazia parte do pacote do protagonísmo.

De qualquer forma, mesmo que fosse triste, esses fatores pouco a importavam. Na verdade, não dava muita atenção a qualquer temor dentro de si ou qualquer insegurança que resultava do amor que sentia. Queria VIVER o momento, queria ter mais daquela euforia, sim, da graça de ser desejada, da paixão! Tudo de bom que a preenchia e que lhe devolvia a vontade de viver.

A afastando de pensamentos ruins, especialmente com relação a Nathaniel.

Por falar nisso, naquele mesmo dia, ele fora lhe procurar na hora do almoço, carregando um ramalhete de flores vermelhas como o sangue. Era o diabo. Marinette as recursou obviamente. De rosas e promessas falsas, ela já estava farta.

- Vai recusar rosas tão lindas como estas meu amor?

Não dava para acreditar ao olhar aquela face de cínico mirando seu rosto em plena calçada movimentada. Ele fazia de propósito, pois sabia que não poderia arrumar um escândalo na frente das pessoas e do prédio onde trabalhava. Ah, mas uma coisa, poderia fazer sim, sutilmente sem se rebaixar, olha-lo nos olhos.

- Irei recusar tudo o que venha de você seu merda, seu homem asqueroso, repulsivo, nojento!

- O que mais? Fala, eu adoro quando você fica assim brava, com esse olhar desafiador. Aaah Marinette, não sabe como me enche de tesão em te ver assim, doida pra correr de mim, porque eu quero mesmo correr atrás de você!

- Vai se fuder!

- Só se for na tua bunda. Lembra do quanto você gostava?

Era assim que ele queria atingi-la? Tão patético, precisaria descer muito mais para fazer algum dano, algum estrago. Sorriu o desdenhando completamente, com os olhos cerrados. 

- Eu adorava, mas não sabia que estava fazendo sexo com um idiota.

- Um idiota que te fazia muito bem gozar, até revirar os olhos.

Novamente, ela o desprezou. 

- Ah isso? Até meus dedos fazem.

Aquela insolência foi o bastante para Nathaniel se aproximar ficando próximo o bastante onde sua respiração fria tocou o rosto de Marinette que continuava o encarando intacta.

- O que foi? Da vez passada você saiu correndo de mim, só porque tem gente ao redor, não ta com medinho?

- Eu não tenho medo de você, mas sei que é covarde o suficiente para me machucar se estivéssemos sozinhos. Como já fez. Não é Nathaniel?

- Foi só um tapinha. Nada demais.

- Você não passa de um miserável que eu tive a infelicidade de conhecer e me apaixonar, mas eu jamais vou cair na sua lábia de novo, eu nunca mais vou ser sua!

Ficando praticamente com o corpo colado ao da mestiça que não recuou mesmo com os olhos marejados e vermelhos, o ruivo sorriu ameaçador.

- É o que veremos. Eu vou estar em cada lugar que você pensar ir, te vigiando, porque se você acha que pode se ver livre de mim e ir dar pra outro qualquer, eu acabo com os dois.

- Estou pagando pra ver!

Nathaniel debochou ao dar uma risada e jogar o bouquet de flores no chão com violência aos pés de Marinette que se manteve imóvel enquanto o via se afastar. Por mais que tentasse se demonstrar forte, a situação já estava saindo do controle. 

Precisava denunciar Nathaniel... mas como? Não tinha provas, não tinha como provar que ele andava ameaçando e havia sido estúpida o suficiente para não prestar queixa na noite que ele a esmurrou a face por conta dos ciúmes.

Uma fina lágrima escorreu dos seus olhos, sentia-se tão sufocada por tudo, que mesmo que tivesse que voltar para a empresa não dava. Pensou em pegar o ramalhete para jogá-lo fora mas seu dedo foi espetado por um dos espinhos, então, machucada e devastada pela dor que a consumia teve que sair para qualquer lugar onde passou a caminhar sem rumo pelas ruas, andando, esbarrando pelas pessoas sem rosto.

No meio da multidão sentia-se sozinha, indefesa, desesperada.

Caminhou tanto que seus saltos começaram a doer onde teve que parar em um dos becos que ligava duas ruas vazias naquele momento.

Recostou-se na parede, colocando a mão sobre a testa e de olhos fechados deixou as lágrimas escorrerem borrando sua maquiagem.

- Uma dama tão linda como você não deve chorar assim...

Na mesma hora, afastou-se rapidamente da parede para ver o dono da voz que havia aparecido de repente na sua frente.

Seus lábios temeram assim como sua voz, seu corpo, sua alma.

Era ele...

- Chat...?

O gato negro foi caminhando em sua direção. A pegou pela nuca após se colocar bem colado ao seu corpo. Marientte engoliu seco quando ele se aproximou dos seus lábios e lhe deu um beijo. Ela imediatamente o abraçou, retribuindo tudo o que recebia através daquela boca quente e amada. Os dois se afastaram. A mestiça mantinha seus olhos fechados, Chat então a fez virar o rosto para sussurrar em seu ouvido.

- Não paro de pensar em você, tive que vir atrás do seu rastro...

- Chat eu-

- Me espere hoje na sua casa, no início da madrugada, quero te ver de novo. Eu posso ir te encontrar?

"Ah com certeza meu amor..."

- Oh céus... - ele a beijou em seu pescoço. - Sim, por favor...!

- Olhe pra mim.

Segurando-a em seu queixo, fixou o olhar esverdeado sobre o azul. - Mantenha-se em segurança, eu irei te ajudar a resolver o seu problema.

- Esta falando de-

- Sim, exatamente. Agora eu preciso ir.

Então, antes de se afastar, deu-lhe mais um beijo na boca, saltando para cima de um dos prédio onde sumiu do olhar atento de Marinette que ficou parada, estarrecida olhando para o alto ainda.

Encontrava-se tão envolvida que não tinha percebido que em sua mão, fora deixado mais um presente.

Uma pétala negra. A marca do seu amor...

"Eu com certeza estarei lhe esperando... então venha, venha! Salve-me."

A Rosa Negra [MariChat]Onde histórias criam vida. Descubra agora