Before The Dawn

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Boa leitura e desculpa os erros;

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As noites estavam ficando cada vez mais frias a medida que o inverno se aproximava.

Madrugadas escuras e quase sem nenhuma estrela no céu por conta da nebulosidade densa que assolava as altas horas, era o esconderijo perfeito para o jovem casal que se encobria pelo breu noturno, protegidos para seus encontros.

Distante dos olhos alheios, da atenção constante das pessoas ao redor, Chat continuava visitando Marinette todas as vezes que podia, isso é, sempre.

Já era um fato que não poderia deixar de vê-la, nem que fosse ao menos um momento, um segundo para trocar com os seus lábios um doce beijo antes de se jogar por dentro de Paris e se perder na escuridão.

Também não poderia mais negar que encontrou nos braços da mestiça o refugio perfeito para recuperar suas forças, sua coragem. Ela conseguia lhe transmitir essas sensações positivas, pois o amava e esse amor, era único, precioso. A ponto de colocar tudo em risco para continuar a vendo, sentindo essa sensação maravilhosa de ser tão querido por alguém.

Sim, era um risco enorme, porque se algum inimigo seu descobrisse, poderia ser a ruína dos dois.

Paralelamente, seu coração não conseguia ir contra a maré, dando razão a voz da consciência. Era tarde demais, já estava apaixonado. Preso nos braços daquela mulher envolvente, a única que fora capaz de fazê-lo baixar a guarda a ponto de lhe dar tudo o que pediu, sem pensar duas vezes.

Bastou que o olhasse com seus olhos azuis, deslumbrando sua alma em paixão ardente, arrebatando-o, o colocando suplicante diante dos seus pés por mais um beijo, mais um toque, mais uma carícia feita por suas mãos delicadas.

Era insólito para si mesmo encontrar-se dessa maneira, visto que nunca havia se apaixonado por alguém assim. Por muitos anos resolveu se fechar para o amor, até mesmo para casos corriqueiros. Escolha na qual havia feito com convicção, apesar da sua vida civil lhe proporcionar bastante facilidade em ter diversas mulheres em uma noite só, não conseguia, simplesmente, não dava.

Sexo, incomplexidade para se satisfizer em outros corpos, não preenchia devidamente sua alma que sempre buscou ter algo que fosse único, assim como era sua vida. 

Marientte então, era esse "algo", ela possuía tudo o que almejava com tal facilidade, que bastava apenas estar viva para ser capaz disso. Ser dona de toda a sua atenção, sua vontade, seu querer... era ela quem ele desejava.

Como naquela madrugada, de forma inexperada, na qual a procurou adentrando ao seu quarto escurecido. Estando em pé sobre o piso de madeira, seus olhos a buscaram com certa emergência, mas infelizmente não se depararam com a figura da mestiça. Ele pensou que deveria não se encontrar em casa. Como sempre fazia nesses casos, deixou uma rosa negra sobre o colchão de sua cama, para que assim quando voltasse, soubesse que esteve a procurá-la.

Mas de repente, ao se colocar com a coluna ereta de novo, sentiu uma presença atrás de si.

- Estava a sua espera...

Nesse mesmo momento, Chat se virou, deparando-se com a figura de Marinette em pé na entrada do quarto. Iluminada apenas com a fraca luz que adentrava o ambiente pela janela aberta, conseguiu ver sua silhueta modelada por um pano de cor negra translucida que lhe permitia ter uma visão do corpo feminino nu por baixo.

O herói arfou com o semblante sério ao passar os olhos por aquele corpo esbelto, desde seus olhos azuis que o observavam atentos e sublimes, indo pelos seus ombros, seios fartos, barriga, intimidade, pernas bem feitas.

A Rosa Negra [MariChat]Onde histórias criam vida. Descubra agora