A Rosa Negra [MariChat]

Can you feel me?

Desculpa os erros!

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Era isso mesmo.

Incontestavelmente, Marinette se encontrava a poucos metros de distância.

Ao vê-la, teve que parar e manter os olhos fixos na sua figura, que não percebeu que havia capturado toda a atenção de um dos modelos mais cobiçados daquele evento.Mais do que isso, mais do que a atenção dele, ela também era dona do seu coração. Do modelo, do homem, do herói de Paris.

Adrien deu um pequeno sorriso quando a analisou por completo, estava linda.

A viu se mover junto com a mulher ao seu lado, ritmando sutilmente o quadril para os lados enquanto as duas se mantinham atentas para a banda que no momento, tocava uma música mais animada. Ambas trocavam sorrisos, sendo o de Marinette mais suave do que o da japonesa que a acompanhava e que tirava fotos.

Seria fácil ir até o seu encontro, bastaria apenas caminhar alguns passos e ir falar com ela, mas infelizmente, haviam muitas barreiras invisíveis das quais o impediam de ter tal atitude.

Os fotógrafos iriam encher o saco, pessoas iriam perguntas, sem contar que não sabia ao certo se era o momento ideal para que ela o conhecesse diretamente com sua forma civil.

Aaah... mas...  ela era tão maravilhosa! Que mulher linda a sua, e que o amava do mesmo jeito. O semblante da mestiça conseguia se destacar muito fácil dentre os demais. Aqueles olhos azuis meio puxados que ela tinha o deslumbrava de desejo. Sua pele... de longe podia sentir o toque, o cheiro... e isso o enlouquecia.

Marinette era de fato uma mulher única. Nenhuma outra foi capaz de enfeitiça-lo a ponto de querer jogar tudo para o alto e caminhar decididamente até sua direção, a pegá-la pela nuca e devorar sua boca em um beijo voraz na frente de todas aquelas pessoas que adorariam assistir o espetáculo.

E mesmo que ela se assustasse, iria lhe confidenciar em segredo, somente para seus lábios entenderem que aquele modelo no qual a beijara, era o mesmo homem que fazia amor com o seu corpo todas as noites.

Era o mesmo homem no qual estava apaixonada e que havia feito um pacto de sangue, um juramento de se amarem por todas as madrugadas duas vidas.

De longe, ela continuava com o olhar atento na banda, sorrindo por ver a apresentação tão atrativa, até que algo a fez querer olhar para frente.

"Isso mesmo meu amor... olhe para mim, foque seu olhar em mim..."

Foi então que se deparou com o belo par de olhos verdes atentos sobre si.

Sentiu um calafrio percorrer sua coluna, porque aquele olhar era inigualável, incomparável. Só havia uma pessoa que era capaz de fazer seu corpo se estremecer tanto apenas pelo contato visual e simplesmente era impossível que estivesse ali.

A não ser que ele fosse...

- Prima? Ta tudo bem?

Kyoko perguntou ao perceber que havia estagnado como se tivesse virado uma pedra. Marinette tinha o cenho franzido e a boca levemente aberta, não conseguindo responder da prima de primeiro momento.

A outra insistiu - Marinette!!! Ei, o que houve? Tá olhando pra onde mulher???

Foi quando a mestiça conseguiu acordar do seu transe, não vendo mais o olhar do homem sobre si que havia sumido dentre as pessoas. Ela engoliu seco, piscando duas vezes para recobrar a consciência.

- Não sei... acho que, vi alguém conhecido.

- Nossa, conhecido? Parece mais que viu um fantasma ou uma sombra...