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AMO VCS
Amber Mccall
Paramos em frente à casa dele. Ruel desligou o motor e saiu do carro antes que eu pudesse detê-lo. Quando parou do meu lado e abriu a porta, eu disse: - Desculpa. Eu devia ter avisado que precisava de carona para casa.
- Ah - ele olhou para os dois lados da rua, como se esperasse ver um carro parado em algum lugar. - Minha irmã foi te buscar
- Sim
- Ela é cheia de estratégia.
- Sim, ela é - continue sentado no carro, esperando que ele fechasse a porta e voltasse para o banco do motorista.
Mas Ruel continuou onde estava. E apontou para casa.
- Você precisa ir embora agora? A minha irmã vai querer um relatório. Acho que você pode contar tudo melhor que eu.
O relógio do painel marcava dez horas. Eu ainda tinha duas horas até o meu horário de voltar para casa.
- Tudo bem. Claro
Andamos até a porta da frente, e Ruel a abriu e entrou. Sentada no sofá da sala, Coco desligou a TV imediatamente e olhou para nós.
- E ai?
Ruel me abraçou
- Vocêvai gostar de saber que a noite foi de muitos joguinhos e muito ciúmes. Não sei bem quem jogou mais e quem sentiu mais ciúmes, mas a Amber fez tudo o que você a fez jurarque faria.
Coco olhou para mim.
- Tudo bem. Agora eu quero saber exatamente o que aconteceu. Nada dessa bobagem vaga.
Nesse momento uma mulher entrou meio agitada na sala. O cabelo formavaum coque frouxo preso por um lápis e várias mechas haviam enfrentado uma ventania.
- Ruel, eu sabia que tinha escutado sua voz. Preciso do seu rosto. - Diz
- Mãe, estou com uma amiga - ele afirmou Isa mim.
A mulher sorriu para mim.
- Não sei em que isso muda as coisas. Pode trazê-la
Coco se levantou e foi atrás da mãe, que ja saía da sala sem esperar por uma resposta.
- Não adianta discutir - disse Ruel - Ela sempre vence. - E me levou pelo corredor até uma sala grande com porta dupla e assoalho de madeira.
Dentro dela havia toneladas de pinturas, algumas concluídas e penduradas, outras pela metade, e também havia telas em branco. Uma delas repousava sobre o cavalete, e no chão embaixo dele havia uma folha grande coberta de manchas de tinta, como se alguém tivesse abandonado a pintura no meio. Todosnós estamos na sala.
- Mãe, essa é a Amber.
- Ai, desculpa, que falta de educação. - Ela estendeu a mão para mim - Eu sou a Kate. Peço desculpaspor roubar este garoto, mas preciso desse rosto lindo. Ah, me fala se este rosto não inspira criatividade.
Ruel e Coco reviraram os olhos.
- Ela diz isso sempre que traz a gente aqui, e depois cria coisas como aquela - Ruel indicou uma pintura que era meio inseto, meio zebra, um rosto que se abria para revelar uma flor desabrochando - Eu não inspirei aquilo
- Inspirou sim - a mãe confirmou.
- Ela se sente sozinha aqui - comentou Coco
- Os meus filhos debocham de mim, mas são as minhas musas - ela me estudou. - Acho qye você também pode ser uma musa. A estrutura óssea é incrível.
- Não acredite nisso - Coco interferiu - O que ela está dizendo é que quer pintar ossos, ossos de dinossauro, provavelmente, ou coisa parecida, enquanto olha para você.
Kate não parecia ofendida com a provocação. Só deu risada e começou a pintar, enquanto Ruel ficava sentado no banco diante dela. Pelo jeito como o analisava, ela parecia usá-lo como modelo, mas eu via a tela, e aquilo não era o Ruel, definitivamente.
Coco olhou para mim.
- Desembucha. Quero saber de tudo o que aconteceu hoje.
Olhei para a mãe deles sem saber se queria admitir a mintira na frente dela.
- Minha mãe ja sabe - Coco falou - Apesar de não concordar, ela entende por que o nosso cérebro imaturo pode achar que isso é necessário.
- Não foi isso wue eu disse, Coco. Falei que a vingança é produto de emoções mal direcionadas, mas eu tenho algumas emoções com relação a Mary também.
- Você não disse mal direcionadas - Coco argumentou, em vol alta - lembro nitidamente de você falando "imaturas"
- Talvez eu tenha dito " pouco desenvolvidas"
- É a mesma coisa - Coco e Ruel falaram ao mesmo tempo.
Kate deu uka pincelada larga de azul-marinho na tela, bem embaixo dos olhos roxos e tortos que já tinha pintado.
- O que eu quero dizer é que a vingança nunca é a resposta.
- Sei,sei. - Coco abanou a mão para a mãe e olhou para mim - Conta logo sobre a vingança.
Olhei para Kate e tentei descobrir se estava aborrecida com a discussão. Ela não parecia brava.
- Bom, a Mary estava lá com o Blake.
- Eu sabia! - Coco gritou - Eles ainda estão juntos, não estão?
Eu assenti.
- Mas você estava certa. Ela também queria o Ruel.
- Não queria - Ruel interferiu.
- Então por que o abraço? Por wue sentar tão perto e tocar na sua perna?
- Ela tocou sua perna? - A expressão da Coco endureceu.
- Tocou? - Ruel perguntou
- Ah, por favor - Disse Coco - Você sabe que sim. Não se faça de inocente, Ruel.E você deve ter gostado
Ele a encarou com uma expressão neutra, indecifrável.
- Quero saber se vocês deram o troco. - Coco falou, olhando para mim
- Ficamos de mãos dadas, trocamos abraços, dançamos...
- E a Amber pulou em cima de mim - Ruel contou.
Eu arfei, chocada, e Kate me encarou.
- Eu não... bom, mais ou menos. Foi um acidente. Eu não queria te derrubar.
- Espero que ela tenha visto - Coco falou sorrindo.
- Viu
Ela virou uma vez com os braços abertos, depois me segurou pelos ombros e me sacudiu.
-Você é incrível. A vingança é incrível.
Kate pigarreou.
- Porque eu tenho uma mentalidade muito, muito imatura - Coco acrescentou
- Amanhã tdoos nós vamos ser pessoas melhores - Disse Kate, e era quase a mesma coisa que Ruel dissera mais cedo. Olhei para ele, e Ruel assentiu uma vez.
Pessoas melhores. O jeito como eles falavam me fazia querer tentar.
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Boyfriend ;ruel van dijk
Teen FictionOnde o namorado de Amber termina o relacionamento no estacionamento do baile de formatura. Ela precisa pensar rápido, afinal, suas amigas ja achavam que ela estava inventando tudo isso. Para não ficar com fama de mentirosa Amber decidi arrumar um na...