-𝓉𝒶𝓁𝓀𝒾𝓃𝑔 𝓉𝑜 𝓉𝒽𝑒 𝓂𝑜𝑜𝓃...⋆✧
JADE STUART BARRY, uma jovem garota que acabou perdendo seus pais em um acidente de navio. Mas depois de meses no meio de uma briga judicial pela sua guarda, ela finalmente consegue ir para a casa de sua mad...
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─✧𝗇𝗈𝗍𝗁𝗂𝗇𝗀 𝖼𝗁𝖺𝗇𝗀𝖾𝖽 ⚘ ˎ'-
𝘼 𝘼𝙐𝙇𝘼 𝙁𝙄𝙉𝘼𝙇𝙈𝙀𝙉𝙏𝙀 𝙏𝙄𝙉𝙃𝘼 𝘼𝘾𝘼𝘽𝘼𝘿𝙊. Jade tinha contado a Diana que iria a casa de Gilbert, e a mesma disse que avisaria a sua mãe que Jade voltaria para casa mais tarde.
Ela saiu do estabelecimento com Gilbert atrás dela, e então os dois se colocaram a andar em direção a casa dele. Um silêncio confortável tinha se estabelecido entre os dois, mas Jade percebeu o nervosismo de seu amigo.
—pode perguntar.—ela diz.
—o que?
—o tempo pode ter passado, mas eu ainda te conheço como a palma da minha mão.—ela riu soprado.
—você está bem?—ele pergunta receoso.
—estaria mentindo se dissesse que sim.—Jade encarou o chão.
—quer conversar sobre isso?
—tem certeza que não vai se entediar?
—claro que não.—Gilbert cruzou os braços olhando para ela.—sempre vou te escutar.
Jade respirou fundo, procurando as palavras certas pra começar.
—quando eu recebi a notícia do falecimento dos meus pais, eu fiquei completamente perdida, por que eu sabia que teria que assumir a nossa empresa, e isso é um extrema responsabilidade. Por mais que eles sempre estivessem abertos para conversar comigo, nunca falamos sobre finanças, ou sobre a administração da empresa, e tudo mais. Mas eu ainda me sinto perdida, por que não sei se é isso que eu quero. Não sei se quero ficar no comando de uma empresa de roupas gigantesca, isso não é a minha praia. Cheguei em Avonlea com esperança de recomeçar, e encontrar a minha vocação, mas o problema é que não paro de pensar nisso. As pessoas esperam isso de mim, e eu não quero decepciona-las.
—você é cheia de oportunidades, Jade. Olha quantas portas você pode abrir. Não fique presa a uma coisa que as pessoas dizem pra você fazer. Seja quem você quer ser. Não era isso que você sempre me dizia quando pequenos?
Jade riu com a fala do garoto, se lembrando das brincadeiras de infância.
—lembra de quando brincávamos com as outras crianças, e elas sempre diziam o que eu e você devíamos ser dentro da brincadeira?
—aquilo era muito chato.—Jade falou.
—e em mais um desses dias isso acabou acontecendo, e eu fiquei chateado por que iria ser o cavalo, enquanto o Billy que ia ser o cavaleiro.—Gilbert riu, com Jade acompanhando seu riso.—e então você se sentou do meu lado e disse que eu não deveria deixar aquelas crianças me dizerem que eu devia ser. Que era pra eu escolher, e não eles.
—eu me lembro disso.
—então, siga seu próprio conselho. As pessoas esperam isso de você, mas o que você quer ser?
Jade ficou em silêncio por alguns segundos. Realmente, ela tinha tantas profissões que admirava. Jade amava muito dançar. Dançava tão bem quanto cantava, e fazia os dois debaixo do chuveiro. Mas ela também tinha uma enorme paixão por conhecimento, ela definitivamente amava ler. Ou então, poderia ser médica. Ajudar e salvar vidas era um ato tão nobre, que derretia seu coração. Mas teria que pensar em todas essas possibilidades com muito cuidado.
—obrigada por me ouvir, Gilbert.
—sabe que te escutarei sempre que precisar.
Em poucos minutos eles já estavam em frente a casa de Gilbert. Jade ficou admirada em como aquela casa não tinha mudado nada desde que partiu. Tinha ótimas lembranças aqui.
—espero que não se importe com a bagunça.—Gilbert diz, pegando o casaco da menina e o pendurando.
—você sempre foi bagunceiro, Gilbert. Estou vendo que isso não mudou.
Gilbert ia responder a afronta, quando um homem entra na cozinha.
—oh, não sabia que tínhamos visitas.—ele diz.
—Bash, essa é Jade. Minha amiga de infância.
—então você que é a Jade.—o homem se aproximou dela, estendendo a mão.—Gilbert falou muito de você.
—espero que tenha falado bem.—ela riu apertando a mão dele.—é um prazer te conhecer, Sebastian.
—o prazer é todo meu, senhorita.
Bash era um homem muito bonito, na opinião de Jade. Os dois começaram a conversar, e a garota apenas observava como a casa continuava bonita e aconchegante. Lembranças vieram a sua mente de novo, fazendo um sorrisinho brotar em seu rosto.
—você está bem, Jade?—Gilbert pergunta.
—se lembra daquela vez que você roubou o meu biscoito e saiu correndo?—ela riu.
—não me lembre desse dia trágico.
—trágico? Por que?—Sebastian queria saber mais.
—eu saí correndo atrás dele, pra tentar recuperar. Minha mãe tinha feito pra nós, e eram incrivelmente deliciosos, só que aquele era o último. Eu corria atrás dele por toda essa cozinha, só que eu escorreguei em um dos tapetes e bati minha cabeça na mesa. Eu acabei desmaiando.
—eu achei que você fosse morrer naquele dia.
—eu vi, não era atoa que você estava chorando quando eu acordei.
—eu não estava chorando!
—Gilbert já era encapetado desde pequeno?—Bash perguntou, fazendo os dois adolescentes rirem.
—sim. Quase me matou naquele dia, mas eu o perdôo.
Sebastian queria saber mais sobre as peripécias de Gilbert Blythe, e Jade não se importou nem um pouco em contar. Resultou em boas e altas risadas da parte dos três.