ʜᴀɪʀꜱᴘʀᴀʏ ᴀɴᴅ ɢʀᴇᴀꜱᴇ • ʟᴀʀʀʏ

VII

• olá! eis o sétimo capítulo da fanfic!

• esse é o meu capítulo favorito da fanfic! provavelmente porque ele combina vários elementos que eu adoro, também gostei da sensação de escrevê-lo e da energia dos namoradinhos, com personalidades que passaram a simplesmente fluir enquanto preparava esse capítulo para vocês. 

• espero que você goste e, se esse for o caso, não se esqueça de comentar!

- Quem achar um dinheiro vai ter sorte o dia inteiro – o cacheado abre um sorrisinho ao deparar-se com uma moeda esquecida no canto da calçada, apanhando os dez centavos do chão e guardando no bolso da calça para então continuar o seu caminho tranquilamente.

Harry realmente precisaria da suposta sorte naquela tarde em específico, caminhando para a lanchonete mais frequentada pelos jovens de Baltimore e simplesmente desejando que pudesse aproveitar um ordinário sorvete assim como seus colegas costumavam fazer. Os almoços na arquibancada continuaram ocorrendo pelas semanas que seguiram o pedido de namoro e eles até arriscaram outros lugares pela cidade para encontros secretos, mas a primavera surgiu e com ela o desejo que seu relacionamento florescesse como as flores nos jardins, então o mais velho decidiu convidá-lo para um verdadeiro encontro e deu aquele passo arriscado no relacionamento.

O brilho de esperança nos olhos azuis do maior foi irresistível, assim o cacheado aceitou o convite hesitante, mas ainda ansioso para viver a aventura que sempre desejou, como nos romances que costumava admirar. Era um clichê típico que todas aquelas histórias de amor tivessem momentos arriscados, mas eram aqueles momentos que uniam o par romântico.

Além de querer sentir-se como um dos personagens daqueles romances, o cacheado queria ser como um dos adolescentes normais que frequentavam a lanchonete livremente.

O amor não era errado, logo ele não estava fazendo nada de errado para que o pudessem julgar.

Foi assim que ele terminou encaminhando-se para o famoso Palácio Gelado naquela bela tarde de primavera, com os pensamentos nas nuvens enquanto pensava nessas questões que não o deixavam descansar a mente em momento algum – batendo na mesma tecla que o deixava assustado pelas surpresas do futuro – e mantendo suas mãos nos bolsos laterais do leve cardigã bege que usava por cima da camisa branca e que combinava com suas calças marrons.

A lanchonete era relativamente próxima de sua casa, então não era uma caminhada exaustiva e permitia que fosse andando calmamente e distraído, portanto, ele apenas percebeu que havia algo de errado quando já era tarde demais para que tivesse uma reação mais inteligente que não envolvesse correr desesperadamente. Ele apenas apertou o passo no primeiro momento, notando por sua visão periférica que os dois rapazes com jaquetas de couro preto também começaram a caminhar mais depressa, perseguindo-o à distância. Harry descobriu da pior maneira que a tal moedinha não lhe trouxera sorte plena e fugiu assustado dos valentões durante alguns segundos – os quais mais pareceram horas ao seu coração acelerado, contendo inconscientemente um suspiro, o qual apenas escapou quando ele finalmente chega à lanchonete, aliviado por ainda estar ileso.

O Palácio Gelado era o tipo de ambiente clichê que todos gostavam de frequentar e o cacheado realmente adorava clichês, mas não teve realmente tempo para pensar naquilo quando chegou ao estabelecimento, pois entrou tão agitado quanto um furacão, querendo sair do campo de visão daqueles valentões que o seguiram nos últimos metros, então apenas respira fundo quando já está no ambiente seguro e atrai a maioria dos olhares.

Louis é um desses olhares, mas aquele é o único que não continha nenhuma maldade, ao contrário, aquele é o único olhar que alivia aquela sensação desagradável que tinha ao ser fitado por tantos colegas, tendo apenas calmaria e cuidado no oceano de bondade em suas írises.