ʜᴀɪʀꜱᴘʀᴀʏ ᴀɴᴅ ɢʀᴇᴀꜱᴇ • ʟᴀʀʀʏ

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• olá! eis o décimo capítulo da fanfic!

• eu escrevi esse epílogo com muito carinho, pensando nos momentos mais legais da fanfic e tentando trazer uma conclusão relativamente 'perfeita' para essa emocionante história que acompanhamos. eu estava muito receosa em dar esse 'adeus' a eles nesse encerramento de ciclo, mas considerei um bom resultado que me fez feliz em meio às lágrimas sentimentais que acabei derramando na produção... 

• espero que você goste e, se esse for o caso, não se esqueça de comentar!

Junho de 1970.

Harry sentia-se especialmente nostálgico naquela tarde de primavera.

Assim sendo, buscou a jaqueta de couro guardada em seu armário, segurando-a com carinho e sentindo saudades daquela época pela primeira vez depois de sete anos. O tecido desgastado começava a pedir por uma renovação e estava precisando de alguns reparos simples na costura interna, mas ele cuidaria daqueles assuntos num outro momento, pois o perfume que emanava continuava a embriagá-lo de amores pelo bad boy ao qual a jaqueta pertencia.

Naturalmente o cacheado crescera desde que deixou o colegial, tornando-se mais alto, mas continuando sempre esbelto, de forma que a jaqueta ainda se encaixava bem em seu corpo e permitia-lhe a sensação reconfortante do abraço do mais velho quando a veste por cima do que usava para aquela noite de sábado. Harry suspira longamente e segue para a cozinha de seu confortável apartamento a fim de preparar um chá de camomila que o acalmasse, segurando a caneca quentinha com os dedos longos e analisando suas unhas delicadamente pintadas num esmalte rosa claro enquanto beberica daquela reconfortante bebida que sempre aquecia seu coração – além de ajudar a esquentar seus pés, que estavam constantemente gelados.

A cozinha era o seu lugar preferido no apartamento quando ignorava a tinta descascando no cantinho da parede, pois era naquele cômodo que ele passava os melhores momento e podia sempre dançar nos azulejos sortidos apenas com a luz da geladeira iluminando o ambiente. Era realmente aconchegante, mesmo quando a maioria dos móveis era de segunda mão e já começavam a empenar, mas ele pintara cada um deles com carinho e transformara o cômodo naquilo que sempre sonhou para uma cozinha, até mesmo com a grande janela que iluminava perfeitamente ao ambiente durante o dia inteiro. Harry também adorava o tapete bordô que mantinha imaculado na sala, assim como a cama com cabeceira de madeira entalhada que ele encontrara num mercado das pulgas, além das cortinas esvoaçantes que recebera como um presente de casa nova de sua prima.

A lembrança de sua prima deixa-o com um sorrisinho bobo e ainda mais nostálgico enquanto beberica o chá no balcão, sentia saudades de todas suas amigas, comunicando-se com elas principalmente por ligações semanalmente, embora também costumassem trocar cartas com fotografias recentes que eram guardadas com afeto.

Suas vidas estavam maravilhosas naquele momento da história, embora o sucesso mais aparente fosse o de Leigh-Anne, que finalmente conseguiu a sua oportunidade de dançar no programa de televisão e assim ascendeu como cantora por todo o país, mostrando seu talento e inspirando meninas com histórias de superação semelhantes à dela. Jade também estava feliz, trabalhando como engenheira numa grande empresa e desenvolvendo projetos como ativista, contando sua jornada para alcançar respeito em seu ambiente de trabalho, mesmo que ainda estivesse na constante luta para alcançar um salário igual aos dos seus colegas.

Jessica, assim como a amiga, também trabalhava propostas feministas com suas classes. Ela tornara-se professora de história e descobrira uma grande paixão por ensinar, tornando seus estudantes em pessoas social e culturalmente educadas, com uma sede por conhecimento que sempre a deixava orgulhosa da influência positiva que exercia naqueles jovens. E Perrie era a proprietária de um dos pontos mais frequentados da cidade, uma livraria em conjunto com cafeteria, que também era o lugar em que elas costumavam reunir-se nas sextas-feiras para conversarem sobre a vida – e a britânica também desenvolvera um projeto em que conseguia fornecer livros comumente inacessíveis para estudantes à margem da sociedade que lutavam diariamente para continuarem nos estudos, organizando uma comunidade de distribuição e de trocas de livros para permitir que mais pessoas tivessem acesso à educação.