8- A carta

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Não estava entendendo nada. O cheque tinha o mesmo valor e a data que eu assinei o contrato com ele.

Eu: venho já. Cuide dele para mim por favor.

Sai da sala e fui até a recepção, lá me mostraram a contabilidade.

Eu: quem está pagando esse hospital o paciente se chama Ash Evaristo.

Ela procura no seu computador.

- Ash Evaristo quem está assumindo as despesas é o Sr Kereme. Ele pediu para não cobrar nada, tudo grátis.

Eu: porque ele fez isso?!

- não sei, ele é o dono do hospital.

Sentia muita raiva, eu juro que mato aquele velho, ele mentiu para mim todo esse tempo.

Sai furioso do hospital e fui procurar o Sr Victor.

- não podes entrar.

Disse a secretária.

Eu: vou entrar, nem que tenha que derrumbar essa porta.

Entrei a secretaria tentava me segurar e só havia aquela mulher louca.

Clara: o que fazes aqui seu miserável!!?

Eu: o único miserável é o seu esposo.

- senhora, eu disse que não podia entrar.

Clara: sai daqui e nunca mais volte seu lixo, seu miserável, por tua culpa minha vida está destruída, eu juro que mato você.

Eu: a senhora já tentou uma vez, e quem vai matar alguém sou eu, vou fazer vocês pagarem por tudo que vocês fizeram.- disse furioso.

- o que está acontecendo aqui!?- disse Sr Victor entrando.

Eu: seu miserável.

Dei um soco nele.

- seguranças!- gritou a secretaria.

Senhora Clara pegou um vaso de flores e atirou em mim, eu esquivei.

Clara: eu mato você.

Vieram os seguranças me agarrando para me tirar daquela sala.

Eu: me soltem que eu consigo andar sozinho.

Me soltei.

Eu: eu juro. Sr Victor, se apareceres na minha frente, ou ires atrás do Ash, eu mato você, eu juro que mato você.

Sr Victor: não te esqueças que temos um contrato.

Clara: do que estão a falar?!

Sr Victor: quero todos fora daqui?!

Gritou, sua secretária e os seguranças saíram, eu também queria sair.

Clara: você não, quero saber tudo. De que contrato vocês estão a falar??

Sr Victor: não é assunto teu mulher, vai embora daqui Onur.

Eu: senhora, esse monstruo que você chama de marido, me fez assinar um contrato dizendo que eu seria seu objecto, seria dele para sempre, tudo em troca de salvar meu amigo, mas descobri que esse miserável não pagou a cirurgia, nunca necessitei do seu dinheiro, agora entendo a tua cara de espanto naquele dia. Depois da ligação que você fez.

Você sabia que já faziam me ajudado. Como podes ser tão miserável.

Clara: Victor, quero divórcio, vejo que tuas promessas foram em vão. Eu juro destruir vocês os dois. Vocês vão me pagar.

Ela foi embora nos deixando ali, ele nem teve a decência de ir atrás da sua esposa.

Sr Victor: até quando toda essa confusão, vocês são muito dramáticos.- disse ele tranquilo.

Eu: aqui está teu cheque, não necessito nada teu, nunca mais vem a minha procura.

Sr Victor: Onur, Onur, sabes que não podes fazer isso, é a tua assinatura nesse documento.- disse metendo encima da mesa.- será a tua palavra contra minha, ninguém vai acreditar em ti.

Eu: tu sabes porque eu assinei isso, era o contrato que a gente tinha, se eu não cumprir ias mandar na polícia me acusando de roubo.

Sr Victor: é isso ali, só nós dois sabemos que você não me roubou, que este documento é falso, e que não existe dinheiro algum. Mas a polícia não vai acreditar quando eu contar que me seduziste um velho indefeso que está se descobrindo agora. Um velho que foi oprimido todos esses anos sobre a sua sexualidade e conheceu um garoto de programa lindo que brincou com os seus sentimentos.

Eu: você é um miserável Victor, isso não vai ficar assim.

Sr Victor: tudo vai estar melhor meu favorito, hoje a noite vamos sair para comemorar. Não te esqueças de estar bem bonito para mim.

Eu: você me paga.

Sai da sua sala e entrei no elevador. Peguei meu celular e desliguei o gravador que gravou toda nossa conversa, e o miserável nem percebeu que gravei ele alto e claro.

Fui para o hospital e encontrei o Ash de mãos dada com o Fábio.

Eles me veem e se soltam.

Ash: está tudo bem?!

Eu: vai estar tudo bem.

Fábio: vou indo, mais tarde venho ver você.

Ash: mas já?!

Eu: podes ficar aqui com ele, tenho que resolver uma coisa com o Kereme.

Ash: falando no Kereme, ele é lindo não é? Não parava de perguntar por ti.

Eu: não começa moleque.

Sai da sua sala e sentei num sofá que estava ali.

Pela primeira vez respirei sossegado e me recostei no sofá.

- o que fazes aqui?!

Disse um cara parando na minha frente.

Eu: eu te conheço?!

- não me conheces, mas eu sim te conheço a ti.

Eu: de onde você me conhece?!

Kereme: Artur aqui está os análises que você me pediu.- disse se aproximando e entregar uns papéis nele.

Eu: você é o Artur, agora me lembro.

Artur: vou indo. Licença.

Ele foi embora.

Eu: ele está bem?!

Kereme: ele sempre foi assim. Como você está?? Quase um mês que não nos vemos desde o nosso almoço aquele dia.

Eu: eu estava muito ocupado, e muito obrigado por tudo.

Veio um moleque me entregando um envelope.

Eu: obrigado, quem mandou?!

Ele não disse nada, só foi embora.

Abri o envelope. E tinha uma carta.

TE ACHEI ONUR KEVINSKY IRMÃOZINHO, EU SABIA QUE IA ENCONTRAR VOCÊ, JÁ, JÁ RESOLVEREMOS NOSSOS ASSUNTOS INACABADOS, ABRAÇOS DO TEU QUERIDO IRMÃO.

                          Assindo: PERGARCI


__________ continua...
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