11- Serviços sociais

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Fui numa lanchonete tomar umas cervejas e relaxar, não estava trabalhando, dessa maneira não posso fazer nada.

Fiquei no balcão tomando, veio um cara.

- bom dia!

Não respondi, peguei minha cerveja e fui me sentar em um sofá e fiquei olhando a rua através da janela.

- posso me sentar?! Veio ele de novo.

Eu: o que você quer cara?, me deixe em paz.- disse furioso.

- desculpa, não queria te incomodar.

Não queria gritar com ele.

Eu: desculpa, não queria gritar com você, estou com a cabeça cheio de coisas.

- não te incomodo mais.

Ele queria ir embora.

Eu: espera. Podes sentar se você quiser.

Ele senta e nos apresentamos ficamos a conversar um pouco, ele se chama Ícaro, é advogado e estava ali porque estava tendo problemas com a sua namorada e também só queria conversar.

Eu: que história man.

Ícaro: todos temos problemas, mas um dia eu vou provar para ela que não fiz nada, que nunca a trai.

Eu: penso que deverias partir para outra, essa mulher é um problema para ti.

Ícaro: não é assim tão simples, e penso que o teu problema amoroso está bem resolvido.

Eu: não é isso cara.

Falei triste.

Ícaro: sinto muito.

Eu: não, ou não é nada disso, estou tendo uns problemas e não quero que o cara de quem eu gosto acabe saindo ferido dessa história.

Ícaro: tu não sabes como será o futuro com ele se você ainda não tentou.

Eu: eu sou gay.

Ícaro: ok. É uma novidade para mim. Penso que não. Mas o que tem haver uma coisa com a outra?! O cara é hétero?!

Eu: não, ele também é gay, mas...

Porque estava sendo tão difícil de dizer para ele sobre o meu trabalho?!

Eu: eu sou um garoto de programa, e não quero estar com ele, Kereme é decente, sem maldade, puro, honesto, carinhoso, não quero que ele entra na minha vida por isso.

Sua reação quando falei Kereme foi estranho.

Eu: o que foi?

Ícaro: espera!!! Estás a falar do Kereme Díaz?! Doutor Kereme Díaz, que tem uma clínica no centro.

Eu: esse mesmo. Como você conhece ele?!

Ícaro: sim. Agora ficou interessante. Não sabia que ele estava gostando de alguém.

Eu: não sei porque estou falando isso para você.

Ícaro: as vezes é bom conversar.

Eu: tenho que ir, deixei o meu irmão sozinho em casa.

Ícaro: também está na minha hora.

Saímos da lanchonete e ficamos de pé na rua olhando umas máquinas destruindo uns edifício.

Eu: já era a hora.

Ícaro: meu pai é um louco, não gostei muito da ideia, mas não posso fazer nada.

Eu: teu pai é o dono desses edifícios?!

Ícaro: ele comprou. Vem comigo.

Fomos até um camião. Ele bateu na porta e saiu um velho usando um casco.

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