Fui numa lanchonete tomar umas cervejas e relaxar, não estava trabalhando, dessa maneira não posso fazer nada.
Fiquei no balcão tomando, veio um cara.
- bom dia!
Não respondi, peguei minha cerveja e fui me sentar em um sofá e fiquei olhando a rua através da janela.
- posso me sentar?! Veio ele de novo.
Eu: o que você quer cara?, me deixe em paz.- disse furioso.
- desculpa, não queria te incomodar.
Não queria gritar com ele.
Eu: desculpa, não queria gritar com você, estou com a cabeça cheio de coisas.
- não te incomodo mais.
Ele queria ir embora.
Eu: espera. Podes sentar se você quiser.
Ele senta e nos apresentamos ficamos a conversar um pouco, ele se chama Ícaro, é advogado e estava ali porque estava tendo problemas com a sua namorada e também só queria conversar.
Eu: que história man.
Ícaro: todos temos problemas, mas um dia eu vou provar para ela que não fiz nada, que nunca a trai.
Eu: penso que deverias partir para outra, essa mulher é um problema para ti.
Ícaro: não é assim tão simples, e penso que o teu problema amoroso está bem resolvido.
Eu: não é isso cara.
Falei triste.
Ícaro: sinto muito.
Eu: não, ou não é nada disso, estou tendo uns problemas e não quero que o cara de quem eu gosto acabe saindo ferido dessa história.
Ícaro: tu não sabes como será o futuro com ele se você ainda não tentou.
Eu: eu sou gay.
Ícaro: ok. É uma novidade para mim. Penso que não. Mas o que tem haver uma coisa com a outra?! O cara é hétero?!
Eu: não, ele também é gay, mas...
Porque estava sendo tão difícil de dizer para ele sobre o meu trabalho?!
Eu: eu sou um garoto de programa, e não quero estar com ele, Kereme é decente, sem maldade, puro, honesto, carinhoso, não quero que ele entra na minha vida por isso.
Sua reação quando falei Kereme foi estranho.
Eu: o que foi?
Ícaro: espera!!! Estás a falar do Kereme Díaz?! Doutor Kereme Díaz, que tem uma clínica no centro.
Eu: esse mesmo. Como você conhece ele?!
Ícaro: sim. Agora ficou interessante. Não sabia que ele estava gostando de alguém.
Eu: não sei porque estou falando isso para você.
Ícaro: as vezes é bom conversar.
Eu: tenho que ir, deixei o meu irmão sozinho em casa.
Ícaro: também está na minha hora.
Saímos da lanchonete e ficamos de pé na rua olhando umas máquinas destruindo uns edifício.
Eu: já era a hora.
Ícaro: meu pai é um louco, não gostei muito da ideia, mas não posso fazer nada.
Eu: teu pai é o dono desses edifícios?!
Ícaro: ele comprou. Vem comigo.
Fomos até um camião. Ele bateu na porta e saiu um velho usando um casco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vidas contrárias
RomanceQuanto mais pensava que tinha todas as respostas, de repente mudaram todas as perguntas. Só queria que tudo terminasse. Não aguento mais. Parte 1 -: isso não pode estar acontecendo, só pode ser um pesadelo. --amor deverias vir abrir essa porta.- dis...