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— Onde vamos? — Perguntei quando saí do banho

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— Onde vamos? — Perguntei quando saí do banho.

Uma semana se passou e, acredite ou não, a mãe de Charles ainda está em Paris. Estamos tentando ficar a sós a semanas e aquela mulher não deixa, não sai de nossa cola. Felizmente, Charles tem família aqui e eles tiveram que ir visitá-los, mas ele se livrou porque já tinha ido enquanto eu estava trabalhando.

— Fazem três meses que chegou na França e você está só indo do trabalho para casa. — Ele falou nada mais que a verdade. — Então vamos para um tourzinho em Paris dos sonhos e dos filmes. — Bati palminhas adorando a ideia.

— Obrigada. — Eu falei antes que nada acontecesse.

— De nada, agora vai se trocar. — Ele falou me dando um empurrão de leve em direção do mini closet.

Me troquei e fomos direto para a torre Eiffel. Ele colocou uma toalha vermelha e branca na grama. Estávamos bem perto do ponto turístico. Ele tinha trago tudo, planejado sozinho. Charles é perfeito. Nos sentamos e ele pegou minha mão.

— Eu te amo. — Ele falou como se tivesse toda a certeza do mundo.

— Eu também te amo muito. — Eu falei e ele deixou um beijo em minha mão.

— Seu aniversário é daqui a três dias, você não disse o que quer ou o que quer fazer. — Ele falou reclamando e se sentando direito.

— Eu não quero nada e eu quero ficar com você todo o tempo que eu puder. — Eu falei sinceramente e ele revirou os olhos. — Eu estou falando sério, eu não quero nada. — Insisti e ele riu.

— Não espere que eu fique o dia todo de mãos vazias. — Suspirei, tentando pensar em algo divertido. — Não adianta insistir, porque você sabe que eu vou te dar algo. — Ele falou e eu neguei com a cabeça.

— Charles, eu estou falando sério. Você já me deu o colar. Isso tudo já é demais. — Peguei o pingente com o C em meu pescoço e ele tirou minha mão dali, pegando ela para si.

— Ki, eu não me importo. — Ele falou se aproximando. — Eu amo te dar presentes e te mimar. — Beijou minha mão.

— Imagine se a gente tiver uma filha, então... — Eu ia continuar, mas eu percebi o que eu falei.

— Você imagina nossos filhos, Kiara? — Ele perguntou com uma expressão confusa em seu rosto e me arrependi imediatamente de ter falado o que eu falei.

— Charles, não foi isso o que eu quis dizer... — Eu tentava arrumar desculpas e justificativas em minha mente.

— Você imagina? — Ele perguntou novamente, dessa vez parecia um pouco mais relaxado.

— Sim, quer dizer não agora, mas quem sabe no futuro? — Eu me embolei toda. — Não muito em breve, num futuro um pouco distante. Muito cedo para falar em pensar nisso em breve. — Tentava organizar meus pensamentos para um argumento, mas o olhar dele me pressionava, até que seu semblante mudou para um semblante rindo de mim.

— Ki, tá tudo bem! — Ele falou rindo de mim. — Eu imagino nosso casamento. Um lindo e elegante casamento. — Ele falou pegando minha mão.

— Charles, eu já disse que você é perfeito? — Eu perguntei e ele riu sem graça, dessa vez. — Você é lindo, charmoso, doce, gentil. Você me dá carinho e amor. Você poderia ter voado para Mônaco faz muito tempo, mas você está comigo. Sem pedir nada em troca. — Eu falei sorrindo e admirando tudo o que ele tinha feito por mim.

— Não vai ser fácil ir embora. — Ele falou e eu suspirei me sentando de frente pra ele.

— Quando der eu vou com você e você vem. — Eu falei tentando olhar pelo lado bom. – Não é perfeito, mas nós podemos fazer isso acontecer. — Eu falei mostrando meus pensamentos bons.

— Ás vezes, nesse momento, por exemplo, gostaria de ter um trabalho normal. — Eu neguei com a cabeça assim que ele falou.

— Não, nunca, deseje isso. — Eu falei encorajando o piloto. — Você nasceu para ser uma estrela, um campeão. O mundo precisa ver seu talento e, com certeza, o mundo não conseguiria ver isso se você tivesse um trabalho normal. Eu também não queria que fosse, mas você precisa ir trabalhar no carro e trazer um troféu pra mim. — Eu falei com humor e tirei um sorriso genuíno dele.

— E você vai ter. — Ele prometeu. — Todas as corridas que eu ganhar, todas, vão ser pelo menos uma parte pra você. — Ele falou e joguei meu cabelo pra trás com a mão vaga.

— Então, meu amor. — Falei a expressão em português. — O que tem de comida nessa cesta? — Eu perguntei me referindo a caixa marrom ao lado de nós dois.
—- Muitas coisas. — Ele trouxe mais para perto e abriu mostrando o quão grande a cesta era por dentro. — Croque Monsieur, croissant, crèpe, Madeleine, òpera, macarons. — Ele listou algumas coisas com seu sotaque francês.

— Eu amo seu sotaque. — Eu falei dando um beijo em sua bochecha.

— Você está me elogiando tanto hoje. — Ele falou rindo. — Te amo mais do que tudo. — Ele falou sorrindo.

— Te amo muito, muito mais. — Eu falei abrindo um sorriso maior. — Podemos apenas ficar aqui para sempre? — Eu perguntei olhando em seus olhos.

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⏰ Última atualização: Apr 09, 2023 ⏰

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