A sua mente gelou! O seu cérebro lhe deu um pop-up de decisão, algo que tinha de ser escolhido no momento: viver ou então morrer!
A menina não sentia compaixão por ninguém e sabia que ela já era um fantasma, mas o desejo de se encontrar com a água sempre foi maior. Então foi tomar um banho.
A água escorria tão suavemente e a pele dela começava a brilhar, com as bolhas de champô na superfície liquida. Mas a garota tinha um pesar na consciência. O único humano que ela sentia compaixão era o menos humano de todos. Thlípsi, amiga odiada mas entendida, ligadas por um desentendimento mutuo. A garota dos pensamentos em água sabia que a amiga ficaria em desinteresse e indiferente à sua morte já que eram duas gotas no mesmo balde. Sua mãe no entanto iria sentir tristeza mas ela achou moralmente errado sofrer anos de vida por sua mãe e que a lógica não batia certo de outra maneira.
Thlípsi e a menina se encontraram e a garota apenas fez esta pergunta:
-Achas que me devo matar?
-Não sei – responde Thlípsi chateada.
-Então sim!
-Posso ir contigo?
-Não
-Porque não? Posso fazer isso sozinha, não preciso da tua ajuda, mas acho que assim morreria acompanhada.
-Não quero estar com gente, que não entendo e que odeio.
-Vais morrer a só conseguir entender o ódio?
-Sim, é indiferente ás escolhas em pauta.
-Então força!
A garota, de maneira totalmente normal, caminha para casa só para ver as casas. Cada casa abrigava 4 pessoas por média, aquela aldeia maldita tinha 54 casas. Assumindo que elas tinham , cada uma, 4 pessoas a morar, 216 estão prestes a saber de um suicido de uma jovem, fingir tristeza e voltar para as suas pacatas e monótonas vidas, como se lhes tivessem contado a história de um fantasma!
A garota se sentia nervosa com uma pistola na sua mão, sozinha num quarto mal iluminado, cheio de lembranças sem qualquer sentimento agarrado. Ela, tremola com medo da dor eleva o seu braço e em seguida a sua mão, aponta para a sua cabeça e… sente um cheiro a água! Ouvi-o de seguida o som do chuveiro que tanto conhecia e correu até lá. O chuveiro estava ligado, a água corria livremente e a garota, especada, apenas olhava!
O ruido era enorme e ficava a cada segundo mais alto e mais alto e mais alto, como uma grande pancada perto do ouvido ou o som de um tremor de terra, algo assustador. A água era a garota, ela se materializou pois sem sentimentos não pode transformar a água em si mesma.
E, agarrada aos seus olhos, desatou a chorar ruidosamente e desabou na água, dropando a arma no chão e se lamentando, stressada e frustrada, a água tinha tomado conta!
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A garota dos pensamentos em água
Misterio / SuspensoUma garota que ainda não se encontrou, apenas se segura na água dos longos banhos que toma onde tudo faz. Ela embarca num mistério introspectivo e explora a natureza humana assim como as histórias da vila em que vive!