Capítulo 08 - Michael

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Entro no escritório do meu pai e encontro Arthur recostado na parede com os braços cruzados

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Entro no escritório do meu pai e encontro Arthur recostado na parede com os braços cruzados. Meu pai, um homem alto, barbudo e cheio de tatuagens, aponta para que eu me sente na cadeira em frente à sua mesa.

Seus olhos escuros me avaliam com cautela. Sento-me e lanço um olhar em direção de Arthur, ele arqueia uma sobrancelha.

— Algum problema, pai? — Pergunto, estranhando o comportamento deles.

— Consegui a atenção dos Evil Angels.

Inclino sobre a mesa, curioso para saber como meu pai conseguiu, porque os Evil Angels são intocáveis, apesar da fama de violentos e sanguinários, ninguém sabe o que acontece lá dentro do Moto Clube.

— Como?

— A carga será vendida para eles. — Aperto os dentes e recosto no assento, evito olhar para Arthur. — Será recebida por Angel.

— Eles são perigosos demais, é arriscado. — Discordo da decisão, engolindo meu nervosismo.

— Eles já aceitaram. — Meu pai acende um charuto. — Assim que recebermos o dinheiro, passaremos a parte para Cortez.

Respiro fundo, abaixo a cabeça e ranjo os dentes. Porra...

— Eu sei que você perdeu a carga, moleque. — Ergo a cabeça, tentando disfarçar a surpresa. — Mas sei também que vai recuperá-la e honrar a irmandade The Sanches.

— Eu fiz tudo como combinado, mas... alguém me sacaneou. — Digo com raiva. Meu pai apenas assente, soltando a fumaça do charuto.

— Não quero desculpas e sim ação. Você tem até três dias e quando recuperar levará direto para Angel no local marcado por eles no dia da entrega.

— Feito. — Meu pai ergue a cabeça quando a porta abre abruptamente, fecho os olhos com um suspiro e sinto um tapa forte na nuca.

— Seu moleque estúpido. — Encaro minha mãe, ela está furiosa. — Você não fez isso, fez?

Olho para Arthur, ele dá de ombros sem se importar. Inspiro fundo e assinto. Minha mãe me dá outro tapa e me olha ainda mais furiosa. Seus cabelos azuis, corpo inteiramente tatuado e roupas de couro dá um ar assustador, acredito que de todos os integrantes do M.C, ela é a mais perigosa.

— Tive que fazer.

Tive que fazer! — Repete minhas palavras fazendo uma careta. — Viesse até nós, não fazendo uma coisa tão estúpida como essa.

— Desculpa. — Deixo meus ombros caírem, ela suspira e olha para meu pai.

— Sua aliança sumiu? — Ele assente e mordo meu lábio inferior. — Você pegou nossas alianças?

— Precisava para me casar. — Mamãe bagunça seus cabelos e aponta para Arthur.

— Você deixou seu irmão fazer uma idiotice dessa?

Uma noiva em meu caminho (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora