Capítulo 07 - Sofia

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Preparo o café e coloco-o em uma caneca, meu celular toca pela quarta vez, não atendo, pois sei que é David e não estou no clima de escutar sua voz e suas desculpas

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Preparo o café e coloco-o em uma caneca, meu celular toca pela quarta vez, não atendo, pois sei que é David e não estou no clima de escutar sua voz e suas desculpas.

Com a caneca fumegante, sigo em direção do quarto do Michael, torcendo para que ele esteja dormindo ainda. Rodo a maçaneta e suspiro aliviada, ele não trancou a porta.

Me aproximo dele com passos silenciosos e me sento do seu lado. Ao sentir minha presença ele sobressalta e me olha assustado, sorrio para ele, Michael solta a respiração e relaxa na cama ao me reconhecer.

— Bom dia. — Ele assente, esfregando seu rosto.

— O que faz aqui? — Pergunta com a voz rouca, estendo a caneca.

— Eu te trouxe um café, eu que fiz. — Michael se senta e me olha desconfiado, seus cabelos estão desgrenhados.

— Café? — Ele pega a caneca, receoso. — Está envenenado?

— Para Michael. — Ele dá de ombros, bebericando o café.

— Por que disso? — Abaixo os olhos, sem coragem de dizer o real motivo.

— Uma promessa... — Sussurro, Michael remexe na cama.

— Que tipo de promessa? — Olho para ele e comprimo meus lábios.

— Uma bem besta.

— Eu gosto de promessas bestas. — Umedeço meus lábios e meus olhos descem por seu peito nu e coberto por tatuagens, sua barriga tem vários gomos e... merda, ele é muito lindo.

— Meu pai sempre acordava minha mãe com uma caneca de chá, porque ela não gostava de café. — Desvio meus olhos, sentindo-os queimar. — Era todos os dias desde que se casaram, mesmo brigados, meu pai levava seu chá. — Observo Michael tomar seu café, novamente com olhos fixos em mim. — Então quando eles morreram três anos atrás, eu prometi que iria continuar a fazer o que ele fazia. Levaria café todos os dias para meu esposo, para eu ser a primeira a lhe dar bom dia.

Michael fica me encarando pela borda da caneca, engulo em seco. Ele deve estar achando isso ridículo.

— Como é meu esposo agora, eu pensei... bom...

— Nada disso é real. — Michael murmura, assinto e me levanto.

— Sim, verdade. Desculpa vir aqui te acordar e contar essa coisa idiota, é que...

— Não é idiota. — Ele me corta, me devolvendo a caneca vazia. — Gosto muito de café. — Congelo, aperto a caneca enquanto fito seu rosto, então quer dizer que...

— Eu gosto de fazer vários tipos de café, com leite, creme de leite, capuccino e muitos outros... é muito legal, então vou fazer sempre um diferente e... bem... eu... vou te deixar arrumar e vou descer, Magali está preparando a mesa, ai te apresento a ela, vai gostar muito dela. Eu preciso te deixar e...

Uma noiva em meu caminho (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora