Capítulo 4 - Sofia

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De volta à sala de espera, encaro minhas mãos trêmulas sem acreditar no que fiz, se é certo ou errado, não há mais volta, irei até o fim

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De volta à sala de espera, encaro minhas mãos trêmulas sem acreditar no que fiz, se é certo ou errado, não há mais volta, irei até o fim.

Eduardo entra na sala e se senta à minha frente, ele segura minhas mãos, fecho os olhos e permito chorar mais um pouco. Meu coração está doendo demais e tudo recai em meus ombros, a morte dos meus pais, a responsabilidade das empresas e a traição das duas pessoas que achei que me amavam.

— Vai ficar tudo bem! — Eduardo assegura, nego com a cabeça, porque sei que não vai ficar.

— Eles me esfaquearam, Edu. — Encaro meu primo, de toda a minha família, ele é o único que realmente se importa comigo, vejo seu amor em suas atitudes.

— Sinto muito. — Ele abaixa a cabeça, decepcionado por sua irmã ser a responsável por tudo. — Você tem certeza do que está fazendo?

— Não, mas não posso deixar David como presidente.

— Você tem a opção de não se casar.

— E deixar com que o juiz dite quem irá administrar meu dinheiro? — Edu comprime seus lábios. — É só por seis meses, vai ser rápido. — Asseguro, tentando convencer a mim mesma.

— Deveria ter me contando antes, Sof.

— Eu precisava fazer isso sozinha. — Digo, limpando as lágrimas. — Estou cansada de ser vista como menininha indefesa e inocente, não sou assim.

— Eu sei...

— Ele falou alguma coisa?

— Quem? — Edu franze a sobrancelha.

— David e Camila.

— Não, só estão preocupados com seu atraso. Leticia comunicou a todos que houve um problema com seu vestido. — Assinto, apertando suas mãos.

— Eu queria tanto que eles estivessem aqui. — Edu me puxa para seus braços.

— Eles estão, Sof, em seu coração. — Meu corpo estremece quando o choro intensifica. — Precisa se recuperar, entrar naquele altar e se casar com esse cara que nem me detalhou.

— Você não vai gostar dele. — Confesso, me afastando. — Ninguém vai.

— Todos olham para seu dinheiro, claro que não vão gostar. — Respiro fundo e enxugo meu rosto.

— Mas é sério, você não vai gostar dele. — Edu me olha desconfiado. — Preciso que me arranje dez mil dólares antes da festa acabar.

— Dez mil? — Assinto. — Não sei se consigo esse dinheiro agora.

— No cofre tem a quantia que precisa. — Edu suspira, meneando a cabeça.

— Você contratou um marido? — Abaixo a cabeça e acaricio sua mão com meus dedos.

Uma noiva em meu caminho (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora