Pizza e amassos

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Jeon Jungkook era realmente um homem imprevisível. Fiquei alguns minutos encarando a tela do meu celular, completamente chocada com a sua ligação inesperada e suas palavras tão provocantes e dominadoras. Como ele tinha conseguido meu número? Respirei fundo e me levantei da cama depressa, certa do que queria naquela noite de sábado. Com facilidade tirei o babydoll que usava, jogando a peça para qualquer canto do cômodo, sem me importar para onde iria. Caminhei em direção ao banheiro e tomei um banho rápido, lavando cuidadosamente minha intimidade com sabonete líquido.

Eu já tinha tomado banho, porém me higienizar antes de uma transa era o passo número um. Depois do breve banho, abri minha gaveta de lingeries e escolhi uma vermelha, fio dental e transparente. Era linda e realçava o tom da minha pele, além disso, eu ficava incrivelmente sexy nela. Peguei apenas um sobretudo no closet e joguei por cima da lingerie, amarrando-o em minha cintura. Me olhei no espelho e suspirei pesadamente, sentindo a ansiedade percorrer cada parte do meu corpo. Borrifei bastante perfume em minha pele e antes de sair, escovei os dentes e coloquei um chiclete de menta na boca.

Eu era louca. Louca para transar novamente com Jeon Jungkook. Assim que entrei em meu carro, chequei a hora em meu celular e já tinham se passado exatamente quinze minutos, ou seja, eu estava cinco minutos atrasada. A verdade era que eu queria ser punida, caso fôssemos realmente para a cama naquela noite. Apertei o volante entre meus dedos e busquei regularizar minha respiração descompassada, só de pensar em estar com o amigo do meu pai mais uma vez, desfrutando do prazer a dois sentia-me incrivelmente quente. Consegui chegar em sua casa vinte e cinco minutos depois. 

— Deus me ajude… — Sussurrei sozinha e acabei soltando uma risadinha safada, ao passo em que mordiscava o lábio inferior.

Alcancei o gloss em minha bolsa e esparramei o líquido transparente em minha boca, deixando-a brilhante. Em seguida passei os dedos entre os fios do meu cabelo, olhando meu reflexo no pequeno espelho do automóvel. Peguei minha bolsa sobre o banco do passageiro e desci do automóvel, acionando o alarme. Enquanto caminhava em direção do interfone, senti minhas pernas tremerem. Jeongguk causava-me um misto de sensações e emoções, eu não sabia explicar o que sentia a cada vez em que pensava no moreno. Toquei a campainha e grunhi no momento em que escutei sua voz baixa e rouca.

— Está atrasada, baby. — Soou perverso, lascivo.

— Mas estou aqui, Jeon. — Falei em um fio de voz, desejando vê-lo e tocá-lo.

O homem liberou a minha passagem e assim que entrei, fechei o portão atrás de mim e me equilibrei no salto que usava, andando em passos arrastados e contados até a grande porta de madeira. Não demorou para Jeongguk surgir ali, trajando um roupão preto e chinelo nos pés. Seu olhar escuro cruzou cada parte do meu corpo e o vi sorrir sacana, como se imaginasse o que eu estava usando por baixo do sobretudo cinza. Mordisquei o lábio inferior e fitei o seu cabelo úmido, provavelmente ele também tinha tomado banho, assim como eu. Espertinho. Parei em sua frente e ajeitei a bolsa em meu ombro.

— Entre. — Ditou em uma rouquidão imensurável, movendo o corpo alto e forte para o lado, permitindo que eu entrasse em sua residência. — Tire os saltos. — Ordenou.

Girei sobre os meus calcanhares e encarei o amigo do meu pai minuciosamente, ao passo em que me desfazia dos sapatos que usava e da bolsa também. Gostoso. Jeongguk era a própria perdição. Delicioso da cabeça aos pés. Lancei um olhar sexy para o mais velho e dei dois passos para frente, medindo a distância que nos separava. Ele lambeu os lábios e mais uma vez encarou o meu sobretudo, analisando meu corpo ainda coberto pela peça de cor cinza. Dei mais um passo e agora estávamos próximos, com os corpos praticamente colados um no outro. O desejo, aos poucos, começou a incendiar minha pele.

𝐏𝐀𝐈𝐗Ã𝐎 𝐈𝐍𝐃𝐎𝐌Á𝐕𝐄𝐋, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora