Apaixonada por Jeongguk

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Eu estava apaixonada por Jeon Jungkook.

Logo eu que não podia me apaixonar por um homem como ele, justamente por nossa relação ser proibida, por ele ser um dos amigos mais próximos do meu pai. Contudo, percebi os beijos compartilhados e às noites em sua cama tornaram-se bem mais do que sexo e prazer carnal. Aos poucos consegui notar o quanto as minhas mãos começaram a suar, a forma em que o meu coração tropeçava em suas próprias batidas, o jeito que seus olhos redondos e atraentes buscavam sempre os meus, me deixando nervosa apenas com um olhar. Eu não podia mais negar. Não podia mentir para mim mesma, enquanto todo o meu corpo  tremia em seus braços, provando o contrário.

Não conseguia parar de pensar nele; em seu corpo colado ao meu, nas palavras obscenas que escapavam por seus lábios, dos beijos e principalmente, do seu lado possessivo em me ter somente para si, reinvidicando-me vigorosamente. A verdade era que nunca senti nada parecido com nenhum outro homem que me tocou. Jungkook era único. A forma em que me olhava, tão profundamente, tinha mudado. Jeongguk estava agindo carinhosamente depois do sexo e tal fato deixava-me confusa. Talvez o moreno sentisse o mesmo por mim. Talvez o amigo do meu pai tivesse criado sentimentos amorosos também, só talvez. Eu me sentia confusa, porém os meus sentimentos pelo Jeon estavam claros e evidentes.

Eu o amava.

Óbvio que me apaixonei.

Como não iria amá-lo, afinal?

Jungkook era perfeito em todos os sentidos. Cada pedacinho seu era um quebra-cabeça e me sentia tentada a desvendá-lo. Eu deveria ter encerrado o nosso “caso”, fui imprudente em deixar que a minha paixão pelo Jeon se tornasse em outro sentimento muito mais forte, em amor. Me sentia derrotada naquele momento. Derrotada pelos sentimentos que passei a nutrir por Jeon Jungkook. Lauren e Megan sempre tiveram razão. Elas estavam certas desde o início e eu acabei me deixando levar pela luxúria. Não, eu não estava arrependida de ter passado várias noites ao lado dele, mas sim me sentindo culpada por pensar que meu pai estava em Los Angeles, aéreo a tudo que estava acontecendo naquele momento. No entanto, já era tarde demais.

O que eu poderia fazer? Não podemos escolher por quem vamos nos apaixonar.

— O que foi? — A voz melodiosa interrompeu meus pensamentos, me arrepiando inteira.

Me recompus, analisando-o com cautela.

— Só estou pensando... — Sibilei rouca, suspirando ao final da frase.

Jeongguk e eu continuávamos naquele quarto do primeiro andar de sua casa, nus e agarrados um ao outro, desfrutando daquele momento. Ele me fazia tão bem. Era engraçado pensar que um desejo tão sujo, havia se transformado em um sentimento puro e único. Fui uma tola por ter negado várias e várias vezes que não estava apaixonada pelo coreano, quando na verdade, eu estava totalmente e verdadeiramente apaixonada por ele. Estive com Benjamin durante dez meses e nesses trezentos e quatro dias, sequer consegui amá-lo ou desenvolver algum sentimento parecido, a não ser agradecimento por ter tido um namorado tão carinhoso e romântico.

Com Jungkook, me apaixonei em um mês. Mas a verdade é que não é o tempo e sim a pessoa, a intensidade que ela nos transmite. Sintonia e conexão não é questão de tempo, nunca foi.

— Pensando em quê? — O homem de trinta e dois anos perguntou, ainda sobre o meu corpo e com os olhos presos aos meus, curiosamente. — Me diz, gatinha. — Continuou, sorrindo sem mostrar os dentes.

— Gosto quando me chama assim... — Deixei escapar, manhosa.

— Não mude de assunto, hm? — Estreitou o olhar, beijando-me os lábios brevemente apenas um encostar de bocas, mas que me fez estremecer debaixo de si.

𝐏𝐀𝐈𝐗Ã𝐎 𝐈𝐍𝐃𝐎𝐌Á𝐕𝐄𝐋, 𝘑𝘦𝘰𝘯 𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora