ATO I - Capitulo 4 - Garoto Bolha

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Capitulo 4 — Garoto Bolha  

 

Dirigi com o carro até uma distancia segura daquela nuvem, desci do carro, deixando ele desligado, isso estava muito estranho, olhei para a nuvem, e fui andando mais perto dela, parecia na verdade uma bolha, sou treinado a sempre desconfiar de tudo, olho para o chão procurando algo que eu possa tacar nela, pego um galho, e tomo uma distancia, indo atrás de uma enorme pedra, taco o galho na nuvem e foi o que imaginei, o galho voou longe, esperei um momento e aquela nuvem estranha pareceu não se incomodar com o galho, andei até a nuvem dando a volta por ela, e vi Seven de costas, no carro, ele estava fazendo aquela menina Tabitha, entrar no carro, fez um gestos com as mãos, tinha uma nevoa branca que provavelmente ele não iria conseguir me ver, eu conseguia, mas estava tudo com cores um pouco trocada, como se eu fosse daltonico, e eu não era daltonico, senti o cheiro de Seven muito forte, e algo como um instinto, que iria acontecer algo muito ruim.

— Seven! — Coloquei a mão na boca para poder gritar e ele me ouvir melhor, porque vi que ele estava procurando. — Seven!

Vi ele andando na minha direção, tentando enchergar quem era, ele andou ficando mais perto, balancei a cabeça, pois as cores estavam me deixando confuso, voltei a olhar para Seven e as cores ficaram normais.

— Suuch? — Ele chegou perto me olhando.

— Não toque nessa coisa. — Eu o aviso, não sei como seria o efeito na parte de dentro, mas nunca se sabe, e é sempre melhor estar pronto e não ficar fuçando com a mão onde não deve, olho para trás dos ombros dele. — O que você está fazendo aqui, com essa menina? Você sabe que vai me pagar, por me deixar sem carro. — Aponto para ele irritado.

— Calma, cara, o carro quebrou. — Ele levanta as mãos, como se eu estivesse assaltando ele, e essa calma dele me irrita, porque eu fiquei a tarde inteira sem o carro.

— Quebrou? Desde meio dia? Caramba, Seven!

— Mas não é nem meio dia deve ser onze e olhe lá… — Ele olha ao redor. — Credo, que mau humor. — Resmunga baixinho.

— Seven, já são 20:30. Tá doido? — Olho para cima, e isso, que eu vou apelidar de nuvem não se mexe, não some, não acaba, e o mais estranho, porque Seven ainda achava que era cedo? Essa nuvem me lembra aquelas fotos tiradas de um avião, mostrando uma cidade chovendo, que é até bonito, mas aqui não é nada bonito.

— Doido ta você. — Ele olha para mim por um certo tempo e depois arregala os olhos como se descobrisse algo. — Sério? O que tá havendo?

— Eu não sei, mas vocês estão presos em um tipo de bolha… — Me afasto olhando até o topo da nuvem, olho em volta, meu nariz arde e tenho um tic, colocando o nariz para o lado junto com a cabeça, olho para Seven, que está olhando para cima, algo está errado, e o cheiro arde de um jeito como se meu nariz estivesse cheirando algo podre. Me viro e fico olhando em volta, não tivemos aulas de nuvem maluca que para o tempo. Já que Seven achava que ainda era cedo, pra ele não parou o tempo. Olhei para o carro, quando tudo terminar como vamos explicar para a garota que na verdade já era de noite? Não tem cono dizer: " você piscou e passou 10 horas." O Seven só apronta, mas quero ver a cara que ele vai fazer para explicar quem ele é, isso se ele explicaria.

Olhei para trás como se alguem estivesse me chamando, começo a mexer meu nariz, sentindo cheiro de enxofre, me viro completamente e olho para um lado, mas nada parecia estar ali, olho para o outro lado e nada parecia também estar ali, mas eu sentia alguém observando, talvez eu esteja paranóico, eu não conseguia lidar e ainda não entendi o que esta acontecendo comigo. Um cheiro de óleo velho e queimado vinha da bolha, na parte de dentro, onde Seven estava, soube que era do carro, mas esse cheiro de enxofre era do lado de fora, estava muito forte, eu tinha que inspirar forte para tirar isso do meu nariz.

Venatio - Suuch - Caçador MarcadoOnde histórias criam vida. Descubra agora