ATO I - Capitulo 5 - Os dois porquinhos

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Capitulo 5 — Os dois porquinhos

 

Sabe o que não é legal? Seu tio começar a te ligar perguntando sobre você e seu primo, na verdade nas 30 primeiras ligações eram os empregados, Seven levou Tabitha até a casa dela, que era no topo da colina onde estavamos. E agora estamos voltando, infelizmente Seven dirigi muito lento, avisei meu tio que o encontrei e iriamos direto para o tal jantar.

Mas o que não me saia da cabeça era Tabitha, não de um jeito bom, ela tinha algo, estava escondendo algo, quem age naturalmente por uma tempestade super estranha acontecer e depois acabar como se fosse magica, fazendo o dia virar noite e ser gentil querendo ir embora? Humanos são curiosos de nascença, por isso me deixou intrigado essa garota, mas agora preciso focar e ir direto para a casa de Pear.

Estamos longe, e atrasados, meu tio liga e eu vejo que é diretamente do celular dele, aperto um botão colocando no viva voz.

— Oi, senhor… — Tenho até que prender a respiração, com certeza lá vem bomba.

— Onde é que vocês estão? — Ele parece sério, mais sério que o normal. — Quero vocês aqui em 5 minutos. — Com o Seven dirigindo no nosso carro iriamos demorar mais do que 5 minutos, talvez 20.

— Tudo bem, senhor, estamos chegando em 4 minutos. — Ouço o telefone desligar e suspiro. Abaixo o vidro do carro, colocando meu braço pra fora, assim como minha cabeça, e chamo a atenção de Seven, que está atrás de mim, me seguindo.

Tomo cuidado com a direção e olho para o lado, vendo já Seven abaixando a cabeça e dirigindo para poder me ver.

— O que foi? — Ouço ele gritar.

— Vamos ter que correr. — Eu grito pra ele poder me ouvir, e acho que ele ouviu, pois balançou a cabeça, mesmo não querendo, aposto que ele quer chegar atrasado, eu também não queria nem ir. Eu piso tão forte no acelerador, mudando de marcha, que vejo o letreiro do painel de velocidade ir em instantes para mais de 100. Sorte que está de noite e não há muitos carros nas ruas, como nossa Pajero a gente modificou o motor aos poucos, ela é bem resistente e anda muito, na verdade insisti para colocar um motor melhor, Seven não liga de chegar atrasado em nenhum lugar, mas não gosto de perder tempo para voltar para a escola de caçadores, me sinto no dever, para ser um bom sobrinho, e fingir que sou o filho do meu tio.

Conseguimos chegar inteiros, o carro derrapa na frente do portão, assim como na casa de David, eles tem um porteiro, onde temos que informar quem somos, não viemos muitas vezes aqui, apenas em festas ocasionais, as maiorias das festas sobre caçadores são na mansão onde moro. Após informar o portão abre e começo a dirigir, passando por um jardim e o caminho é de cascalho, logo a frente tem uma rotatória, estaciono o carro ali e desço fechando a porta.

— Senhor? — Ouço uma voz conhecida e levanto a cabeça. — Oh meu Deus, que tragédia! O senhor Chasseur não vai gostar nadinha disso. — Joshua coloca a mão no carro, onde tinha a marca que a adaga fez.

— Eu falo com ele, Joshua, não se preocupe, mas hoje talvez ouviremos ele brigar com o Seven de novo. — Dou uma risada e jogo a chave para ele. — Pode guardar pra mim? — Dou um tapinha no ombro dele, enquanto caminho para as escadas de entrada.

A casa é bonita, tem as paredes com aquelas folhas que grudam, que eu não faço idéia do nome, duas colunas na entrada, onde suporta uma varanda grande no andar de cima, as luzes são amareladas e dão um clima mais ameno, apesar de saber que quando entrassemos iria pegar fogo, ou talvez quando chegassemos em casa mesmo, olho para Seven, que está tão sujo quanto eu, ele está saindo do carro, olho para minha roupa, estou sujo de lama e provavelmente fedendo, nossos tenis estão cheio de lama, e fico um pouco preso, se devo entrar ou não, e sujar a casa, se fosse a Pear que limpasse, eu não pensaria duas vezes, até sambaria ali no Hall.

Venatio - Suuch - Caçador MarcadoOnde histórias criam vida. Descubra agora