“Olá, heróis.”No meio da madrugada, Tomura andava pelas ruas desertas. Iria até aquele homem, outra vez.
Sua paciência não era eterna, muito pelo contrário. O nome ‘Tomura' não se encaixava na mesma frase, que a palavra ‘paciência’, simplesmente não combinava. Mas tentaria.
Bocejou pelo sono. A quanto tempo não dormia? Provavelmente, a uma semana. Se o irmão descobrisse, surtaria por horas seguidas, dando um sermão de como tinha que cuidar de si mesmo, de sua saúde e aparência.
Tsc. Nada que uma lata de energético, ou muito café, não resolvessem.
Avistou o prédio abandonado tão conhecido, entrando pela janela, isso devido a porta estar emperrada. Assim que pisou na parte de dentro, desviou de uma faca jogada em direção ao seu rosto.
- É assim que trata visitas, Stain? – Provocou, desintegrando a faca fincada na parede, enquanto olhava o homem sentado no chão, do outro lado da sala, cuidando de um ferimento no braço.
- Você vem tanto aqui, Tomura, que é de casa já. O que quer dessa vez? – Se levantou, apoiando-se na katana.
- Sabe muito bem..
- Eu não ‘tô afim de brincar de vilão com um pirralho mimado. Suma daqui, antes que eu resolva te matar.
Dito isso, o assassino de heróis colocou sua katana no pescoço do vilão, como se para confirmar que não estava brincando, realmente o mataria.
No entanto, Tomura apenas riu, levando a mão até a espada e a tirando do seu pescoço.
- Entre matar os heróis que você julga falsos e matar todos os heróis, já que todos são falsos, qual a diferença? No fim temos os mesmos objetivos, Stain. – Repetiu o que sempre dizia.
- Esse discurso pode enganar seu irmãozinho, Tomura, mas não a mim. Você é só um mimado que quer destruir tudo o que não gosta, sem nenhum objetivo. Você deseja apenas caos e destruição.
Antes que pudesse se defender, seu celular soou, anunciando uma nova mensagem. Shigaraki o pegou e viu ‘otouto' na tela, abrindo a notificação.
“Tomu, se não estiver fazendo nada, pode vir aqui em casa?”- Vou indo, meu irmãozinho precisa de mim. Pense na minha proposta, Stain.
Virou-se, indo para a janela. Não esperava que o outro fosse o responder, como sempre acontecia.
- Espere, pirralho. – Chamou, fazendo o vilão o encarar curioso. – Se realmente faz isso pelo seu irmão, por que continua mentindo pra ele?
Tomura sentiu vontade de rir, mas não o fez.
Desde a primeira vez que se encontraram, inventou uma pequena mentira para o assassino de heróis. Contou-lhe que Izuku concordava com seus ideias, falsos heróis, tudo aquilo. Quase o mesmo que o esverdeado dizia para os amigos.
- É simples. Porque não foram apenas os “falsos heróis”, que pisaram nele. Aquele que você tanto prega como o único verdadeiro, ele foi quem mais destruiu o Izu. – Dizia com amargura. Pela primeira vez, Tomura não odiava All Might por si mesmo, odiava-o pelo que fez a Izuku. Pela primeira vez, se importava mais com outra pessoa. - Não existe essa de “herói verdadeiro” que você tanto fala. Todos são lixos. E eu vou destrui-los.
Pelo Izu..
Saiu em seguida, com um sorriso contido, Aquela fora a conversa mais longa que tiveram. Talvez significasse meio caminho andado?
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Me chame de Vilão - BNHA, Villain Deku
FanfictionIzuku Midoriya foi um garoto sonhador e esperançoso. Mesmo sem portar uma individualidade, sonhava em ser um herói respeitado como All Might, o Hero No.1 e Símbolo da Paz, a pessoa que mais admirava. Mas, esse mesmo herói destruiu todas as suas es...