Descobertas e operação fragmentado

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N/A: TW: DEPRESSÃO / USO DE MEDICAMENTOS (SEM NUNCA CITAR QUALQUER NOME REAL);

TW: ANSIEDADE / CRISE DE ANSIEDADE / ATAQUE DE PÂNICO;

TW: CONTEÚDO PODE SER SENSÍVEL PARA ALGUNS.

Espero que não fique confuso as mudanças de ponto de vista, caso fique, me avisem e colocarei de uma forma que fique melhor. Vejo vcs nas notas finais.

Betado pela @_Cap1tu em 21/04/2021.

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V

Apartamento de Hatake Kakashi

Sexta-Feira, 7 de Abril, 19:57h

Esfrego as mãos em meu rosto pela quinquagésima vez nesta noite e puxo a máscara para baixo. O dia foi corrido e tenso, como vem sendo há semanas. Nem tanto pela carga de trabalho, mas sim pela carga emocional que venho carregando. Trago o ar pela boca. O jantar foi deixado em cima do balcão da cozinha, praticamente, intocado. Os papéis que leria agora à noite foram largados ainda na bolsa que trouxe do escritório. E eu? Estou sentado no telhado do prédio que moro, com o rosto enterrado em minhas mãos.

Ficar lá dentro me sufoca. Ficar sozinho me sufoca. Quer dizer, eu gosto de ficar sozinho, apreciando minha leitura ou uma música suave. Mas nem sempre isso consegue distrair meus pensamentos de coisas conturbadas, como os prazos dos projetos que tenho que analisar e apresentar; a pressão constante como líder de uma nação... Respiro pesadamente mais uma vez, a sensação de não conseguir levar ar suficiente aos meus pulmões me faz engasgar e tossir. O formigamento em meu corpo é crescente e levo minhas mãos ao meu couro cabeludo, massageando-o com a ponta dos dedos, tentando me livrar da enxaqueca que faz minha pele ficar sensível — acompanhado da dor de cabeça que faz minhas têmporas latejarem.

Executo os selos rapidamente, respirando rápido sem realmente sentir o ar. Mordo o dedão e bato a mão no telhado, invocando Pakkun à minha frente.

— Chefe...

— Chame alguém... — digo, apoiando minhas mãos no telhado e tento respirar outra vez, o que faz meus olhos marejarem pelo esforço e pela dor da respiração seca que entra — Gai ou a doutora... mas chame.

Ouço algo como uma concordância e ele se vai. Me deito no telhado, de barriga para cima, e jogo meu braço direito sobre meus olhos. Me concentro em respirar, somente nisso. Tento ignorar os sons ao meu redor. Acho que funciona por um tempo, pois sou puxado para me sentar por um Gai com feições preocupadas.

Oe, Kakashi...

— Gai... — passo a mão pelos meus cabelos até meu rosto e Pakkun se aproxima, sentando em minha coxa. Acaricio sua cabeça — Eu não conseguia respirar e acabei me desesperando, mas acho que agora estou melhor. Desculpe.

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