Rota de Colisão

Perca

N/A: Eu aqui de novo eeeeee. Falando sinceramente, eu achei forçado, não curti.  Minha irmã disse que tava bom, ent se tiver ruim não é minha culpa..
Ps: cheio de referência de novo (mas gnt, eu chorei demais).

N/A.2: Adicionando parágrafos aqui também, porque eu aparentemente desconhecia essa existência. E ah, talvez tenha uma terceira parte.

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Eu acordo todos os dias e penso...

B

az está sentado em uma cadeira na sala de aula. Só consigo ver sua nuca daqui e o cabelo preto escorrido. Quando o vi ao entrar, vestindo camisa social e calça, quase não o reconheci. Ele parece tão triste para mim. Mesmo que os outros não percebam. Mas continua tão bonito.

As vezes eu o observo. Tem andado por aí, prestando atenção nos lugares em que pisa, com alguns seguidores e garotas o chamando para ir a algum lugar. Ainda que nunca olhe para elas. 

Bom, ele não olha para mim também. Nunca. Ele odiava olhar nos meus olhos antes mesmo de tudo ter um fim.

Eu estava perdendo ele, juro. 
As coisas não estavam indo como deveriam. E Baz não me abraçava mais, nem mexia no meu cabelo e não conversava. Eu não tinha a mínima ideia do que tinha acontecido, porque nós estávamos tão bem, e achei que duraríamos para sempre. Nós fizemos planos, e não éramos tão jovens, mas também não éramos tão velhos. Então quando tudo começou a mudar? 

Meu bem, se afastou tão devagar que eu quase não percebi. E eu estava praticamente sozinho.

Ele queria terminar, eu sabia. Porém, ele tinha prometido continuar comigo pelo resto de nossas vidas, e era orgulhoso demais para acabar com tudo aquilo.

"Quando você deixou de me amar?" quis perguntar, "E o que eu fiz para que acabássemos nisso?" Mas não perguntei, porque não queria ouvir o que ele teria a dizer. O que eu faria se ele me deixasse? Como eu viveria sem ele?

Então, mesmo tão mal por fazê-lo sofrer, o mantive comigo. E eu deitava no chão, sem plano algum e eu não tinha nada a oferecer. Eu era aquilo. 

No fundo, esperava que um dia Baz se apaixonasse por mim de novo.

Lembro que sempre que ele não estava em casa, eu me sentia um nada. E tinha tanto tempo que ele não estava mais ficando em casa. Ele saía cedo, voltava tarde. Costumava perguntar se eu gostaria de algo da rua, mas nem isso ele fazia mais.

E isso não era bom. Eu dependia muito de você, meu bem. Inseguro sempre que não estava por perto. E não era saudável. Pois eu tinha que ser eu mesmo, e me sentir eu mesmo ainda que estivesse longe.

Quando saímos no dia em que nos deixamos, senti que tudo aquilo: os mimos, os risos... era como tapar algo porque não sabíamos como consertar. Eu quis chorar. 

Porque ele estava sendo tão carinhoso? Era uma mudança real? 

E mesmo que não me fizesse nenhum bem, só queria mais algumas noites disso, dele sendo meu ainda que pela metade. Porque eu o amei nos piores momentos, eu o amava desesperadamente. Então o que era mais um pouco de desespero? 

Ainda que eu me sentisse culpado, só queria prendê-lo mais um pouco comigo. Só mais um pouco, só para conseguir suportar.

Contudo, ele sempre me conheceu tão bem, meu amor.

Fomos para casa e ele soluçava como se algo doesse.

Agora, eu tenho florescido embora sem ele. A medida que Baz não parece ser o mesmo. 
E ele aparenta estar opaco. É uma confusão, sua pele está mais pálida, e seus olhos estão tristes, tristes. Mas ainda assim ele continua tão lindo.

E eu ainda o amo como amava na primeira vez que senti isso.

Entretanto, há muito tempo Baz Pitch não sente o mesmo por mim. E seu rosto quando me escuta nas aulas, é como se tivesse acabado de lembrar de algo horrível. Não o tenho mais.

Meu amor, eu estava pronto para estar ao seu lado para sempre

Então porque eu te perdi?