CAPÍTULO 4

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PDV. ISADORA

O caminho até a nossa casa foi feito em silêncio Ícaro não teve coragem de falar uma palavra e muito menos eu.

Na minha cabeça eu só consigo imaginar milhares de formas e jeitos de William ter me achado e o motivo da sua volta.

Por que ele voltou agora?

William não tem motivos nenhum pra voltar e com toda certeza eu nunca iria procurar ele a frase dele ainda está  bem viva na minha cabeça.

"Quando tirar isso me procure"

Eu nunca iria procurar William e agora ele simplesmente apareceu em um hospital qualquer com meu número e endereço no bolso não quer dizer nada não é?

Mais é claro que quer dizer alguma coisa Isadora.

Insegurança era uma coisa que eu não sentia desdo tempo de faculdade e agora eu me sentia um garotinha amedrontada.

E se ele quisesse tirar Ícaro de mim?

Meu corpo fica tenso no banco do motorista aperto minha mãos no volante meus olhos enchiam de lágrimas.

- Mamãe?- sinto as mãos dele no meu braço.

- Ele não vai tirar você de mim - solto um soluço.

- Eu não vou a lugar nenhum mamãe - olho pra ele pelo retrovisor.

- Promete?- seco as lágrimas.

- Prometo - respiro fundo e começo a respirar com mais calma. - O que dizia naquela papel?- ele sempre foi curioso.

- Ele sofreu um acidente teve a perna perfurado, bateu a cabeça forte e queimaduras - não posso dizer tudo pra uma criança.

- E se ele ficar melhor o que vai acontecer?- não era isso que ele queria saber.

- Ele não vai voltar pras nossas vidas Ícaro disso eu tenho certeza - eu não viu deixar isso acontecer.

- Promete - não vou prometer o que eu não posso cumprir.

- Eu não sei querido não posso prometer isso - não quero dizer que ele não vai pra depois ele aparece com um lindo lacinho na porta da minha casa. - Chegamos - estaciona na porta de casa desligo o motor do carro.

- Mãe - tiro o sinto do motorista e olho pra trás.

Ícaro estava de cabeça baixo e parecia triste eu já sabia que vinha um pedido de desculpa pela frente.

- Me desculpa eu não odeio a senhora - balanço a cabeça - Eu odeio ele - nego com a cabeça.

- Ódio é uma coisa muito forte pra uma criança de 8 anos você deveria sentir só amor - ele nega com a cabeça.

- Eu não sou criança sou o homem da casa - concordo com a cabeça.

- Tá bom homem da casa que tal uma pizza?- ele tira o cinto e pega a mochila. - Toma a chave e escolhe o sabor - tiro a chaves da bolsa e entrego pra ele.

- Tá bom mãe - ele abre a porta do carro é caminha até a porta de casa.

Antes que eu começo a recolher as coisas as coisas de dentro do meu carro meu celular toca.

Black - Série Bravos Onde histórias criam vida. Descubra agora