CAPÍTULO 75

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PDV. BLACK

- Ela sempre achou que ele mudaria ou dizia que esse não era o que ele já foi um dia - ela dava tantas desculpas pelas atitudes dele - Sempre disse que ele teve uma infância difícil e dura que era por isso que ele era assim comigo - ela tinha me contado a história.

- Como era a infância dele?- por que Binho quer saber disso?

- Quando o pai dele descobriu sobre a gravidez abandonou a mãe dele ainda grávida - mais essa não é a parte mais difícil. - Pouco tempo depois ela se casou com outro homem que assumiu ele como filho - não entrei porque disso agora - Minha mãe disse que ele apanhava muito desse homem e que sua mãe não fazia muito por ele - respiro fundo.

- Como era seu pai antes de você?- passo a mão no rosto.

- Minha mãe disse que ele era o homem mais sorridente que ela já tinha conhecido - ele balança a cabeça - Se casaram pouco tempo depois me tiveram, ele mudou totalmente chegava em casa bêbado gritava com ela - foi a porra de uma infância fodida. - Até que ele começou a bater nela e logo depois em mim, ele me obrigava a ver os dois fazendo sexo e assistir tudo todas as surras que dava nela - ela dizia que amava ele por isso não iria abandonar ele - Batia tanto nela que a mesma chegava a desmaiar de dor e quando isso acontecia ele se voltava pra mim - hoje coanguia lembrar de tudo sem sentir todo aquele ódio e rancor dela por aceitar passar por tudo aquilo.

- Sabe que poderia ter uma vida boa depois que foi pra um abrigo não é?- balanço a cabeça.

- Tem coisas Binho que não se podem mudar eu cresci em meio a violência nunca comecei outra coisa seria muito mais fácil continuar eu mesmo - sei que existe pessoas que se transformam depois de tudo que passa que viram pessoas boas mais isso não era pra mim.

- Como foi morar na rua?- eu estava me sentindo exposto.

- Difícil mais nada que uma boa conversa não resolva - ele sorrir.

- Então você já era bom de papo desde criança?- balanço a cabeça. - Como vendeu drogas?- eu não sei nem como comecei.

- Uma coisa leva a outra Binho - ele sabia muito bem disso.

- Aonde Isadora Trindade se encaixa nisso?- um sorriso surge no meu rosto.

- A primeira vez que vi Isadora foi como colocar os pés no paraíso - ela estava tão distraída naquele banco estudado - Nunca tinha visto nada tão incrível e bonito como ela - ele sorri. - Tinha vontade de está cada vez mais perto, tocar e falar queria ser melhor por ela - nunca vi uma pessoa difícil como Isadora.

- Foi logo depois disso que abandono os negócios?- nego com a cabeça.

- Ela foi impossível quase que desistir parei que dois anos sendo amigos, saindo e jantando até que finalmente começaram os beijos rápidos e o pedido de namoro - nunca lutei tanto pra ter uma mulher na minha vida como lutei pra ter Dora - Com três meses de namoro já estávamos morando juntos - não queria dar a ela tempo pra perceber que merecia coisa melhor.

- E depois ela engravidou?- concordo.

- Assumo não estava arrependido durante todo esse tempo que estava longe dela - ele balança a cabeça. - Mais depois que tudo aconteceu que ficamos sob o mesmo teto conseguia ver nos olhos dela a dor que era me ter no mesmo ambiente - o simples fato de estar na mesma casa que ela machucava ela.

Black - Série Bravos Onde histórias criam vida. Descubra agora