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 Depois do dia no restaurante Jiyu comentou consigo mesma que nunca mais iria comer lá, a comida era muito boa, mas o mesmo tanto que era gostosa era cara, sua sorte foi que tudo já estava pago e pensou se o diretor era realmente muito rico, e se ganharia essa quantidade se fosse trabalhar lá. Por mais que fosse dona de uma empresa de heróis, nunca teria dinheiro o suficiente para gastar assim.

Assim que chegou no hotel, que era sua casa temporariamente, ligou para Lanna e Raquel para contar que estava indo embora para o Japão. As duas ficaram contentes pela amiga, mas triste que não iriam se ver mais com tanta frequência, então marcaram de levar Jiyu até o aeroporto.

-Você promete que vai ligar pelo menos duas vezes por semana? - pergunta Raquel

-Prometo - responde Jiyu começando a se irritar com essas promessas que estão a obrigando a fazer.

-Se cuide, não precisa se preocupar com a gente, eu seguro a barra - diz Lanna abraçando Jiyu

-E nos avise se precisar de alguma coisa - Jiyu a abraça Raquel

-Vou sentir saudades - comenta sorrindo

-Nós também -as duas respondem

" Voo 174, Moscou para Musutafu, Japão, pronto para o embarque "

-Tchau meninas - Jiyu se despede uma última vez e entrega o passaporte para a aeromoça.

A albina caminha pelos corredores seguindo as pessoas para entrar no avião, dá uma última conferida na passagem, poltrona E-33. Ela entra e senta na poltrona indicada na passagem arrumando o espaço para suas asas.

-Com licença, esse ai é meu lugar - diz uma mulher ruiva se referindo a Jiyu

-Mas essa também é a minha poltrona - se defende

-O que houve? - pergunta a aeromoça

-Estamos com os acentos trocados - responde a mulher

-Posso ver as passagens?- pede

Jiyu e a ruiva entregam as passagens

-Essa daqui é na primeira classe senhora- diz para Jiyu - permita-me acompanha-lá

Jiyu se desculpa com a mulher ruiva pelo inconveniente e segue a aeromoça - Aqui está, fique a vontade e tenha uma boa viagem - ela volta para a classe econômica

A albina se ajeita no seu lugar verdadeiro e não deixa de reparar que é bem mais espaçoso do que a outra e mais charmosa.

A viagem foi tranquila, Jiyu passou as 6h de voo dormindo, a aeromoça a acordou para o desembarque.

A mulher saiu do avião e pegou suas malas, que eram duas. Ela liga o celular e olha a localização da escola. Caminha para fora do aeroporto, se espreguiça e voa a procura de um prédio com formato da letra H feito de vidro.

Jiyu posa em frente aos portões da U.A, pega o cartão de identificação que o diretor havia mandado pelo correio, e os portões se abrem.

-Seja bem vinda Iron Griffus - diz o sistema de segurança.

A escola era incrivelmente grande, composta por quatro prédios com uma ligação formando um H. Atrás dos prédios de vidro é possível ver uma enorme construção, o ginásio, ali é onde faziam seus treinamentos.

A mulher anda em direção a entrada do prédio. Há alguns alunos, e esses ficam encarando-a, o que é compreensível já que nunca teriam a visto. Ao contrário de muitos, Jiyu não estava desconfortável com a atenção, não, ela nem estava vendo os alunos realmente, afinal sua mente vagava por algumas cenas, cenas essas que tinham a mulher como protagonista, mas como seria possível se Sokolov nunca tivesse vindo para o Japão?

Amnesia - Shouta Aizawa (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora